🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹
Me remexo quando me sinto ser mexida, abro vagamente os olhos vendo Lúcio parado perto da cama com o celular na orelha.
— Como assim roubaram?...Porra, pra que vocês são pagos Marina?...Estou indo pra aí. — Ele parece bravo, mas quando se vira para mim e me vê sonolenta, sorri minimamente e se abaixa depositando um beijo em minha testa.
Os dias têm sido tranquilos, Lúcio me contou muita coisa, principalmente sobre sua infância e começo de adolescência, percebi que nós dois fomos vítimas de mães cruéis. Foi de embrulhar o estômago. Mas também pude enxergar um Lúcio que nunca havia visto, vi tanta dor nos seus olhos e parece que sentia tudo que ele sentia.
Confesso que fiquei com lágrimas nos olhos e o abracei apertado garantindo que tudo estava bem agora e que faríamos diferente agora com nossos filhos, tínhamos essa oportunidade e não a iríamos desperdiçar.
Eu não ia deixar.
— São três da manhã, volte a dormir. — Eu assinto quando Lúcio deposita um beijo em minha testa.
Volto a dormir rapidinho e só acordo as oito, com um aroma divino envolvendo a casa, tomo um banho às pressas ansiosa para descer e saber o que Angélica cozinhava.
— Bom dia! — Disse eu animada. Angélica sorriu para mim.
— Bom dia, senhora Caccini. — Ela disse, percebo a troca que ela fez, talvez Lúcio a tenha repreendido por me chamar pelo primeiro nome, mas não digo nada.
— Bolo de laranja? — Eu assinto freneticamente fazendo ela rir.
— Eu sabia que ia gostar. — Me sento em uma das banquetas da ilha enquanto ela deixa a bailarina onde o bolo quentinho estava sobre ela.
Corto uma fatia enquanto ela arruma as outras coisas do café, opto só por um suco e pelo bolo.
— Isso está divino! — Chego a gemer de tanta satisfação.
— Fico feliz que tenha gostado. — Eu assinto abanando os pés.
— Senta aqui comigo e prova um pouco. — Digo. Angélica arregala os olhos.
— Não posso, o senhor Caccini não vai gostar disso.
— Meu marido não está, então trate de se sentar aqui e comer comigo. — Ela dá um sorriso envergonhado.
— Mesmo assim, não posso. — Eu assinto compreendendo.
— Pelo menos corta algumas fatias para levar para casa. — Ela assente e começa a cortar uma fatia do bolo.
— A senhora parece mais feliz no último mês. Lembro-me de a ver toda chorosa. — Ela comenta.
— Talvez seja a gravidez. — Angélica assente. — Amanhã entro no terceiro mês! — Digo animada, vamos finalmente saber o sexo deles.
— Sua barriga parece que está mais avançada. — Nós rimos, realmente, minha barriga é maior do que a da maioria das mulheres nesse período da gravidez, mas entendo que é por estar carregando gêmeos. E também comer sem parar! Mas o que posso fazer? Angélica faz umas delícias.
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Nas mãos do Mafioso
RomanceSelene Coppolo, uma jovem e talentosa dançarina de 21 anos, brilha sob as luzes da boate mais exclusiva de Florença. O que poucos sabem é que a boate é propriedade de Lúcio Caccini, o implacável capo da máfia italiana. Com 33 anos, Lúcio é um homem...