38.Lúcio

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🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹

— Não quero aborrecer Lúcio com isso, Angélica. — Ouço Selene dizer enquanto desço as escadas. Ela rapidamente se ajeita na banqueta e a empregada se vira mexendo a panela no fogo.

— Com o que não quer me aborrecer, meu anjo? — Pergunto indo ao seu encontro.

Selene se levanta e me recebe com um beijo. Adoro seu lado dominada.
Ela vêm se comportando bem nos últimos três meses. Me dá prazer na cama e não me desobedece. Minha gostosa e maravilhosa esposa.

— Ah nada demais. — Percebo que parece mais alegre esses dias e sorrio. Gosto disso, gosto de a ver se habituando a vida nova.

— Pode falar. — É uma ordem.

— Angélica comentou que tem uma praia aqui perto, queria ir lá, andar por lá um pouco, faz tempo que não saí-o...

— Pode ir.

— Sério? — Ela pergunta desacreditada.

— Estou de bom humor e você vêm se comportando bem, cuidando do seu marido e da casa, então poderá ir, com os seguranças.

— Sem problemas. — Ela diz. — Obrigada. — Assinto.

Selene sobe para se preparar e eu saí-o de casa para uma reunião com Luigi e Marina.

•••

Selene Coppolo
🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹

Eu nunca me daria por vencida, fiquei meses planejando uma fuga, qual seria a melhor maneira e essa saída à praia veio logo a calhar. Quando Angélica comentou sobre essa praia, tive a ideia de ser lá o lugar em que finalmente me veria livre de Lúcio.

Achei que a parte mais difícil seria convencê-lo a me deixar sair, mas foi tão fácil que quase não acreditei.

Lúcio anda mais ou menos, ele é bipolar, então nunca se sabe.

Hoje mesmo vou embora.

Limpo uma lágrima que rola e arrumo minha bolsa de praia colocando uma muda de roupa no fundo e os demais utensílios por cima. Usei uma saída de praia cumprida e que cobria meu corpo por não ser transparente, caso perguntassem da roupa, diria que era para trocar na volta.

Entrei no carro sendo escoltada por mais um atrás do que eu estava. Eu estava nervosa, mas não poderia deixar transparecer.

O motorista estacionou no calçadão da praia e abriu a porta para mim. Coloquei meus óculos de sol e inspirei ar livre, finalmente.

Senti falta.

Caminhei até a orla da praia com um segurança na minha cola, esse seria problema.

A praia estava minimamente cheia, parece que havia um evento ou coisa parecida.

Escolhi um canto para estender minha toalha e me deitei.

Peguei um livro que peguei da biblioteca e comecei a ler, eu parecia tranquila, mas estava atenta à tudo.

Depois de um tempo soube que era momento de agir, já devia estar na praia à uma hora mais ou menos. Os seguranças não esperam que eu faça nada, afinal, pareço tranquila aproveitando a praia.

Me levantei e comecei a caminhar para a praia, o segurança estava na minha cola e parou bem perto, evitando se molhar.

Fui até ele com minha saída de praia toda molhada.

— Poderia pegar uma água de coco pra mim? — Perguntei. Ele só olhava para meu rosto.

— Pedirei para alguém trazer. — Ele diz sem se mover.

— Ah, você poderia pegar para mim. Tem aquele senhorzinho ali com o carinho. — Aponto para um senhorzinho com um carinho verde que está vendendo as águas de coco.

Ele olha para o carinho e depois para mim.

— Vou ter que dizer à Lúcio que a esposa dele morreu de sede porquê alguém não quis levar o que ela pediu. — Virei-me de costas começando a caminhar de volta para a água.

— Calma senhora, eu vou. — Sorrio ainda de costas para ele.

— Estarei aqui. — Ele assente e me dá as costas indo até o senhorzinho.

Espero ele se afastar e estar distraído com o senhorzinho e começo a caminhar distraidamente pela orla. Sei que Lúcio não mandou só esse homem para me vigiar.

Aos pouco me aproximo da multidão que estava entretida com uma espécie de show. Me misturei. Sei que era impossível me verem. Queria trocar de roupa mas lembrei que seria suspeito demais levar minha bolsa para dar um mergulho no mar, acabei a abandonando na minha toalha.

Aos poucos fui seguindo algumas pessoas ficando atrás delas, quando vi estava no calçadão novamente.

Comecei a correr, vi um táxi vago e entrei imediatamente. O homem me olhou assustado.

— Para o mais longe daqui. — Digo sem fôlego. O homem não me perguntou mais nada e acelerou.

Meu coração começava a desacelerar e lágrimas encheram meus olhos, as limpei. Eu estava aliviada, foram meses, meses vivendo como a porcaria de uma prisioneira, controlada e domesticada.

Sinto o ódio ferver dentro de mim.

— Meu Deus, o que é isso!? — O motorista grita travando com o carro bruscamente.

Minha cabeça bate no vidro e gemo com a dor.

Olho para frente para ver o que está acontecendo e vejo um carro preto bloqueando a nossa passagem, dois homens descem de lá.

— Não, não, não! — Digo para mim mesma.

Enquanto os homens se aproximam, abro a porta do carro e saí-o. Mas paro quando ouço um barulho de tiro.

Olho para trás e o motorista do carro em que subi está com a cabeça ensangüentada, sem vida.

Começo a chorar sem forças, coloco as mãos em frente à boca pela cena de terror.

— Peguem a senhora Caccini. — Ouço-os dizer.

Logo meus braços são agarrados.

Estou perdida.

Falar que a Selene não lutou é mentiraaa!Esqueci de colocar meta no outro então vou colocar nesse: 14 votos para o próximo capítulo

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Falar que a Selene não lutou é mentiraaa!
Esqueci de colocar meta no outro então vou colocar nesse: 14 votos para o próximo capítulo.
Preparem os corações para o próximo capítulo.🫣

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