12.Lúcio

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🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹

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🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹

— Já tem alguma informação sobre aquela mulher? — Pergunto quando Luca entra no meu escritório.

— Sim. — Ele deixa uma pasta preta sobre a minha mesa. — Ainda estou em dúvida sobre uma coisa... — Eu o olho e puxo a pasta para mim.

— Fale. — Começo a folhear a pasta.

— Marina não disse que cuidaria disso? — Levanto meus olhos para Luca novamente.

— Aquela mulher me deu um tapa! Eu! Lúcio Caccini. O herdeiro da máfia Italiana. — Me lembro da cena e fecho os olhos com raiva.

— E você tentou transar com ela. — Luca começa, olhando para os lados. — Mesmo dizendo à anos que não se envolve com o produto. — Eu arqueio uma sobrancelha.

— Luca sabe que eu continuo sendo seu chefe, não sabe? — Ele assente. — Pensei que se esqueceu. — Ele abana a cabeça em negativa. Eu me recosto na cadeira e presto atenção a primeira página do dossiê. — Pode sair. — Luca saí fechando a porta em seguida.

Olho para a foto dela, é apenas uma garota, tem quase a mesma idade que Ana Lúcia. Mas algo me deixa inquieto. Não sei se é a sua teimosia em não me obedecer – o que nunca aconteceu, nem dentro e nem fora da máfia – ou seu rosto angelical. Ela é desobediente e parece não ter noção do perigo, mas não posso negar sua beleza e o quanto parece inocente e ingênua. O que não combina com o lugar que ela trabalha.

O que mais me intriga é o tapa que ela me deu, e o facto de não ter me obedecido. Todos me obedecem, principalmente as mulheres, elas até imploram que as dê ordens, por quê estão loucas para as cumprir, principalmente entre quatro paredes, mas essa garota...essa garota me desobedeceu e ainda teve a audácia de me bater!

Quantas mulheres não implorariam para eu as comer? Conheço milhares, mas ela me afastou como se eu fosse um leproso!

Ah como eu gostaria de lhe dar um castigo. Daqueles que não se esquecem tão rápido.

Me levanto e pego meu paletó, preciso ver ela. No caminho ligo para Marina, pergunto se Selene vai dançar hoje, ela reluta antes de dizer que sim e eu desligo sem dar explicações.

Dirijo o mais rápido possível para a boate. E quando chego, estaciono meu carro em qualquer lugar.

Entro pela porta que Marina nos levou da última vez e vou até a suíte VIP. Chego no exato instante que Selene sobe ao palco. Ela está radiante, diferente da primeira noite em que estive aqui. Ela dança e rebola mais que o habitual. Nem para mim na suíte ela fez isso! Franzo o cenho quando a vejo sorrir para um dos clientes e em seguida abanar aqueles caracóis.

Como ela tem coragem? Como se atreve a dançar tão livremente e alegremente como se não tivesse desafiado o herdeiro da Cosa Nostra?

Ela vai pagar, pode ter a certeza!

•••

Quinta-feira, 08:54 AM, pista privada dos Caccini.

— Ana Lúcia! — Júlia Caccini corre na direção do pequeno ponto vermelho. Meu pai tinha razão quando a chamou de afobada, nem dá para ver Ana Lúcia direito ainda.

Eu, meu pai, Marina, Luigi e Luca vemos de longe enquanto os dois pequenos pontos, azul e vermelho se abraçam e começam a caminhar na nossa direção.

Estamos perto dos carros. Não demora muito para que Analu e minha mãe estejam perto de nós.

— Mano! — Ela diz empolgada largando minha mãe e correndo para me abraçar. Relutantemente abro os braços e a recebo. Ana Lúcia é uma das poucas pessoas que abraço e não gosto que os outros saibam disso.

— Por quê não me disse que estaria aqui? — Ela pergunta com aquele sorriso lindo só dela.

— Era uma surpresa. — Ela assente e me dá mais um abraço.

— Como tem estado? — Pergunto.

— Muito bem! — Ela sorri. Realmente, minha irmã está bem, seus cabelos cresceram mais desde a última vez que a vi, sua pele está mais bronzeada e seu sorriso mais lindo.

Ela logo me deixa de lado e corre para cumprimentar meu pai e depois Marina, na mesma intensidade que me cumprimentou, com um abraço apertado, quase sufoca Marina, mas ela já está habituada. Ana Lúcia é intensa desde sempre.

Depois é a vez de Luigi que também é abraçado com força. Eu arqueio uma sobrancelha.

— Ih qual é? Sabe que Analu é uma irmã para mim. — Luigi diz quando vê minha cara feia.

Nem percebo quando os cumprimentos acabam. Mas Ana Lúcia já está conversando com Marina sobre tudo e nada. Essa garota parece uma pilha. Nós caminhamos para dentro dos carros.

É bom ter Ana Lúcia aqui.

É bom ter Ana Lúcia aqui

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