🇮🇹 Sicília, Itália 🇮🇹
Era uma tarde quente na Sicília, e todos estavam reunidos à beira da piscina. Ana Lúcia e Marina estavam descansando sob uma sombrinha, enquanto Lúcio conversava com Fillipo, Júlia, Luca e Luigi, distraídos com as novas preocupações nos negócios.
O cenário era quase perfeito, se não fosse pelo veneno que eu carregava em minhas intenções. Olhei de relance para Luce e o sentimento que senti quando descobri que ela estava aqui, na mesma casa que eu, voltou com tudo.
Me aproximei de dela, que estava sentada em uma espreguiçadeira, os óculos de sol protegendo seus olhos do sol ardente. Ela sorriu ao me ver, um gesto falso, ensaiado. Senti o nojo crescer em mim, mas controlei minha expressão. Eu precisava ser paciente. Precisava ser precisa.
— Podemos conversar? — Perguntei, minha voz baixa, para não chamar atenção.
Ela levantou o olhar, hesitando por um segundo, mas assentiu, se levantando devagar.
— Claro, Selene. Vamos andar um pouco. — Disse, tentando manter a normalidade.
A leve brisa do fim da tarde agitou os cabelos de Luce enquanto caminhávamos até um ponto mais afastado, perto do limite da piscina.
— Eu sei de tudo, Luce. Sei que você ajudou os franceses a me sequestrar. Sei que estava em contato com eles o tempo todo. Você se fingiu de amiga, mas me traiu. — Minhas palavras saíram frias, sem hesitação.
O rosto de Luce empalideceu. Seus olhos se arregalaram, e ela deu um passo para trás, surpresa, mas logo se recompôs.
— Você está louca, Selene! — Disse ela, tentando se controlar. — Eu nunca faria isso com você! Nós somos como irmãs!
Eu dei um passo à frente, me aproximando mais dela.
— Irmãs? — Sorri com desdém. — Você é uma víbora, Luce. Eu confiei em você, mas você estava disposta a me entregar para os franceses.
Luce respirou fundo, tentando manter a postura, mas estava claro que estava nervosa. Ela olhou em volta, talvez em busca de uma saída, mas estávamos sozinhas.
— Selene... Eu... Eu posso explicar. — Começou, mas eu a interrompi.
— Não há explicação para o que você fez. Eu vou acabar com você, Luce. Você nunca mais vai me machucar ou aos meus filhos. Vou garantir que Lúcio saiba o que você fez, e quando ele souber, você estará morta.
O desespero finalmente transpareceu nos olhos dela. Ela sabia que eu estava falando sério. Por um momento, pareceu que ela ia desmoronar, mas então, algo mudou em sua expressão. Seu rosto, antes pálido, agora exibia um sorriso amargo e cruel.
— Você acha que sabe tudo, não é, Selene? — Disse ela, sua voz gélida. — Mas eu tenho uma coisa que você não sabe. Algo que Lúcio nunca te contou.
Eu a encarei, mantendo minha postura firme, mas uma faísca de curiosidade se acendeu em meu peito. Ela se aproximou, a voz agora baixa, carregada de veneno.
— Antes de vocês se casarem, ele me tomou. Ele tirou a minha virgindade. Ele me queria. E ele me teve. — As palavras caíram como lâminas afiadas, cada uma cortando mais fundo do que a anterior.
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Nas mãos do Mafioso
RomanceSelene Coppolo, uma jovem e talentosa dançarina de 21 anos, brilha sob as luzes da boate mais exclusiva de Florença. O que poucos sabem é que a boate é propriedade de Lúcio Caccini, o implacável capo da máfia italiana. Com 33 anos, Lúcio é um homem...