Selene Coppolo
🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹Já fazem duas semanas que Analu está em solo italiano, saímos muito, mas não deixo de pensar que mais duas semanas e ela vai embora. Meu coração afunda no peito.
— Selene? — Pisco olhando para a senhora Carton. Minha professora de primeiros socorros.
— Me desculpe. — Ela assente e continua a aula. Me sinto envergonhada por ter sido repreendida, quero me afundar em um buraco. Odeio essas situações pois toda a atenção se volta à mim, as pessoas prestam atenção em mim e ficam a saber que existo. Não gosto nem um pouco disso.
Assim que minhas aulas acabam, saí-o da faculdade com um pequeno grupo de pessoas com quem fiz amizade. É legal não ir para casa sozinha.
— E aí, Selene, vai fazer o que esse fim de semana? Tá afim de sair um pouco? — Jordan pergunta.
— Ah foi mal, esse fim de semana vou sair com minha melhor amiga. — Jordan parece decepcionado e Clara me olha abanando as sobrancelhas.
— Mas podemos marcar para outro dia. — Digo. Ele logo sorri e concorda. Clara faz um joinha com o dedo.
Enquanto caminhamos, Jordan se aproxima mais de mim e vamos conversando, ele é muito divertido e me conta sobre como foi crescer com uma mãe coreana e um pai italiano, eu lhe como não foi crescer com uma mãe sul africana e um pai italiano.
— Você é muito divertida. — Ele diz rindo-se.
— Obrigada, você também é. — Nesse momento uma corrente de ar frio passa por nós e eu imediatamente me encolho sentindo frio.
— Aqui toma. — Jordan coloca sobre meus ombros sua jaqueta de couro preto. Agradeço com um acenar de cabeça e continuamos a conversar.
Tudo está indo bem, estou gostando da conversa com Jordan e algumas vezes captava o assunto que o grupo maior estava falando.
Mas parei de andar quando um carro estacionou na nossa frente, quase nos atropelando. Meu coração ficou acelerado e respirei fundo tentando raciocinar. Jordan se pôs a minha frente.
Quando todos paramos para ver quem era o mau condutor que estava bloqueando nossa passagem, o vidro do banco traseiro desce.
Lúcio Caccini.
Ele olha para mim e depois para o pessoal. Mas para especificamente em Jordan que ainda está à frente de mim como se quisesse me defender.
— Entra no carro. — Ele manda autoritário.
Todos olham para mim quando bufo de irritação.
Arqueio uma sobrancelha.
— Saí da frente, a gente estava andando e você parou no meio da calçada. — Retruco, ao que ele me olha como se eu não tivesse acabado de dizer algo.
— Entra no carro, Selene. — Pela visão periférica vejo o pessoal me olhando. Meu coração volta a acelerar e minhas mãos suam. Não gosto deste tipo de situação.
Faço a última coisa que me resta. Abro a porta da SUV e entro no carro.
Lúcio sobe o vidro logo em seguida e o motorista arranca. Vejo todo mundo me olhando sem entender nada enquanto saímos dali.
— Espero que tenha um ótimo motivo para fazer isso. — Digo entredentes. Isto já está passando do profissional, sou dançarina sim, mas não quero que clientes envolvidos na minha vida. Isso é demais.
— Primeiro tira essa jaqueta. — Ele aponta com desdém para a jaqueta de Jordan que ainda afastava o frio de mim. Arquei a sobrancelha e o que fiz foi tirá-la dos ombros para a vestir normal.
Lúcio me olhou por alguns segundos e bufou.
— Fala logo porque queria que eu entrasse no carro.
— Quanto você quer para transar comigo?
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Nas mãos do Mafioso
RomanceSelene Coppolo, uma jovem e talentosa dançarina de 21 anos, brilha sob as luzes da boate mais exclusiva de Florença. O que poucos sabem é que a boate é propriedade de Lúcio Caccini, o implacável capo da máfia italiana. Com 33 anos, Lúcio é um homem...