Selene Coppolo, uma jovem e talentosa dançarina de 21 anos, brilha sob as luzes da boate mais exclusiva de Florença. O que poucos sabem é que a boate é propriedade de Lúcio Caccini, o implacável capo da máfia italiana. Com 33 anos, Lúcio é um homem...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
🇮🇹 Florença, Itália 🇮🇹
Eu sempre me apresentava tarde da noite, como eles diziam no anúncio quando eu estava prestes a entrar, o melhor sempre fica para o fim.
Hoje não foi diferente, fui recebida com aplausos que fariam qualquer um ficar surdo.
Quando eu estava no palco, não era a Selene frágil e que ligava para a opinião das pessoas. Eu era a Saturn. A que encantava todo mundo.
Minha música começa e eu me movo ao redor do pole de olhos fechados. Tenho que os manter fechados se ainda quiser continuar sã. Esses homens que acham que somos deles só por quê estamos aqui dentro me metem nojo. Eles tocam aonde bem entenderem, com a desculpa de que estão pagando. Só realmente não te tocam nas partes íntimas pois sabem que se fizessem isso, estariam mortos. Os capangas da Lumiere são bem eficientes quanto à isso, principalmente quando você não é uma das prostitutas.
Continuo me movendo. Ágil e rápida. A respiração acelera. Tento me lembrar do por quê faço isso todas as noites. E quando a música acaba, abro os olhos. Dou de cara com olhos castanhos olhando diretamente para mim. O dono deles é o próprio Adônis em pessoa.
Ele bebe do seu copo e seu olhar não vacila nem por um instante. Mesmo quando agradeço a atenção e caminho para sair do palco, seus olhos ainda estão em mim.
Quem é esse homem?
A questão continua martelando em minha cabeça quando caminho para o camarim.
Aqueles olhos...meu Deus! Não sabia que existiam homens tão bonitos como aquele. Tudo bem, tem Luigi, mas aquele homem é outro nível!
Encarro meu reflexo no grande espelho, minha respiração acelera quando lembro daquele homem. Queria sair daqui e procurar por ele, claro que não chegaria perto e nem iniciaria uma conversa, apenas o observaria de longe, mas as dançarinas não podem sair dos camarins, pela nossa própria segurança.
Melissa e Antonella estão aqui, elas riem de algo que se mostram no celular. Eu apenas dou de ombros. Elas não abrindo a boca para me encher está ótimo.
Puxo minha mochila e tiro meu celular de lá dentro. A apresentação de nós três será bem mais tarde. Quando a boate estiver quase fechando, então eu ainda tinha tempo.
Abro minhas redes sociais e rolo por elas. Tantas pessoas com vidas boas e diferentes da minha. Quase quero atirar meu celular na parede, mas não o faço. Paguei caro por ele.
Acabo decidindo tirar uma soneca. Coloco minha mochila em cima da penteadeira e deito minha cabeça em cima dela. Não demora muito para o sono me pegar.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Selene acorda, temos que ir apresentar em cinco minutos. — Levanto minha cabeça tentando entender aonde estou. Logo lembro que estou na Lumiere.
Me recomponho e me preparo para ir apresentar. Repasso a coreografia em minha cabeça enquanto mando a sonolência para longe.
Mais aplausos são dados quando entramos no palco, parece estar ainda mais cheio do que da última vez.
A música começa e nós também começamos a dançar. Dessa vez não fecho os olhos, numa tentativa de ver novamente aquele homem, mas ele não aparece nos três minutos inteiros da apresentação. Provavelmente foi embora.
Me concentro em dançar e não em procurar um certo par de olhos castanhos.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.