Epílogo

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🇫🇷 Nice, França 🇫🇷

Quatro anos depois...

— Bom dia! — Frederic disse assim que entramos na sala de jantar, o sorriso em seu rosto iluminava o ambiente. Ele se abaixou e abriu os braços para os gêmeos, e eles, radiantes, correram para seu abraço.

Frederic, o capo da máfia francesa, se agachando para receber Max e Celine com todo o carinho, ainda era uma visão inusitada, quase surreal. Mas ali estava ele, um homem com o peso de um império nas costas, rindo como se o mundo se limitasse àquele momento.

— Saudades do tio Fedd? — Ele perguntou, e sua voz, tão suave e acolhedora, quase me fez rir. Às vezes era difícil associar esse Frederic ao capo que ele era.

— Muitaaaaa. — Max respondeu, estendendo os bracinhos para enfatizar o quanto sentiu a falta do tio.

Frederic os apertou em seus braços, depositando um beijo na bochecha de cada um. A felicidade dele irradiava de um jeito contagiante, me fazendo sorrir também. Era bom vê-lo assim, tão diferente do homem sério e calculista que conheci. A mudança era palpável desde que Giulia entrou na vida dele, transformando aquele capo impenetrável em alguém mais leve, mais humano.

Frederic parecia até mais jovem, mesmo agora, aos recém-completados 31 anos. O amor realmente fazia milagres. Ele havia se apaixonado por Giulia, uma mulher que, ironicamente, começou como babá dos meus filhos. Frederic sempre foi alguém que impunha respeito à força, mas Giulia... ela nunca cedeu à autoridade dele, e isso foi exatamente o que o conquistou.

— Bom dia. — Giulia apareceu no topo da escada, descendo com seu típico sorriso radiante. Ela carregava uma leveza impressionante que iluminava o ambiente por onde passava, e não era surpresa que Frederic tivesse se derretido por ela.

Seu olhar para ele era cheio de amor e confiança.

— Bom dia. — Respondi, mas rapidamente fui ignorada quando ela foi direto até os gêmeos, enchendo-os de beijos e abraços.

— Estou sendo trocada? — Brinquei, fingindo indignação, mas, claro, fui ignorada novamente.

Nós nos acomodamos à mesa para finalmente desfrutar do café da manhã, e Giulia, sempre atenta, olhou para mim com curiosidade.

— Como foi a viagem?

— Tranquila. Eles dormiram praticamente o caminho todo. — Respondi, lançando um olhar carinhoso para Max e Celine, que agora estavam entretidos com seus pratos.

— Eles estão enormes! — Giulia exclamou, surpresa.

— Foi a mesma coisa que eu disse a Selene. — Frederic concordou, sorrindo para mim com um brilho nos olhos.

— Vocês estavam na Itália há dois meses! — Protestei, rindo.

— Dois meses é tempo suficiente para eles crescerem bastante. — Giulia comentou, e eu apenas balancei a cabeça, sorrindo.

— Vocês deveriam encomendar o próprio bebê. — Brinquei, rindo, mas a brincadeira morreu nos meus lábios quando notei os olhares cúmplices entre Frederic e Giulia.

Soltei os talheres com um barulho surdo no prato e levei a mão à boca.

— Oh, meu Deus! Vocês...? — Deixei a frase inacabada, mas Giulia assentiu, já com lágrimas de emoção nos olhos.

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