Ketlyn
Duas câmeras na entrada, com visão do portão. Com certeza entrar pela porta não é uma opção. Todo lugar tem um ponto cego, eu preciso achar esse ponto.
Há câmeras e vigias por todo lugar, exceto no quarto principal, quarto do loirinho. Tem câmeras até mesmo nos banheiros! Vai ser mais difícil invadir a fortaleza do herdeiro do que eu pensei.
A princesa quase nunca sai do castelo, e sua agenda é extremamente protegida, não tenho acesso a ela.
Neste exato momento ele está sentado em seu escritório, não tem nem ideia de que está sendo observado atentamente por mim. Ele se levanta, caminha em direção ao sofá.
Não é tão fácil adivinhar o que ele está fazendo, a câmera sem microfone não colabora.
Parece estar falando com alguém por telefone, ele se dirige até a porta e sai. Começo a procurar por ele nas câmeras.
Está descendo as escadas, e mais escadas.
Meu telefone toca rompendo o silêncio pesado que se fazia no apartamento. Olho na tela brava, quem está me atrapalhando?
“ Carlos ( o seu melhor amigo para sempre)”
Dou um sorriso como sempre ao ver como ele salvou o próprio contato.
— Eu estou trabalhando sabia? — Digo com sarcasmo.
“ Deixa de palhaçada, eu sei que você prefere falar comigo do que trabalhar” Sua voz soa ao outro lado da linha.
— Por que ligou? Eu preciso vigiar e planejar a morte de um magnata americano lembra? — Minha risada debochada sai acompanhada da minha voz.
“ Nem parece que teve pesadelos igual uma criança ontem ” Disse rindo.
— Ei! Eu te amo ok? Agora fala do que precisa. — Falo esperando o pedido que obviamente vai fazer.
“ Você fala isso como se eu fosse um amigo interesseiro, assim eu fico ofendido ” Reviro os olhos com seu jeito dramático de ser.
“ Mas já que perguntou. Lembra do que me prometeu ontem? Te encontro no galpão em meia hora ” Desligou sem me dar a mínima satisfação.
Esqueci que havia prometido o ajudar com um serviço, mas não ia imaginar que era justo hoje!
Mais tarde
Adentro ao galpão velho ao qual memorizei de tanto ver, sempre que precisávamos cumprir exigências sangrentas era aqui que devíamos fazer.
Um homem está desacordado e amarrado ao canto, Carlos permanece em pé me olhando caminhar.
— Trouxe o necessário? Não quero me lambuzar de sangue ou ficar meia hora cortando a cabeça de alguém. — Digo analisando o senhor feio e magro amarrado ao chão.
— Guilhotinas não são usadas há um bom tempo, infelizmente não consegui uma. — Falou com um sorriso debochado preenchendo seu rosto.
— O que ele fez pra merecer isso? — Uma tristeza toma conta de mim, é esse meu trabalho, mas é impossível não se importar com esse tipo de coisa.
Olho de relance para Carlos.
— Nós nunca sabemos. — Isso era uma regra, podíamos estar matando um pedófilo, ou um pai de família que respeita sua mulher, cuida bem dos seus filhos e é honesto. Mas nunca saberíamos a verdade.
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Revenge
RomanceRevenge - As duas faces de uma lâmina "𝓟𝓻𝓲𝓷𝓬𝓮𝓼𝓪, 𝓞 𝓹𝓪𝓼𝓼𝓪𝓭𝓸 𝓿𝓮𝓲𝓸 𝓽𝓮 𝓬𝓸𝓫𝓻𝓪𝓻 𝓬𝓸𝓷𝓽𝓪𝓼, 𝓮𝓵𝓮𝓼 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓮𝓶 𝓿𝓸𝓬𝓮̂! 𝓠𝓾𝓮𝓻𝓮𝓶 𝓺𝓾𝓮 𝓹𝓪𝓰𝓾𝓮 𝓹𝓮𝓵𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓯𝓻𝔃, 𝓮 𝓮𝓾 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓿𝓸...