Capítulo 39 - Fonte de rosas

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Ketlyn

  De repente, ouço batidas, eram badaladas de um sino de um relógio, que eu não fazia ideia de onde estava.

  — As doze badaladas! — Alice disse animada — Encontre o Aaron, você precisa estar com sua dupla para entrar Adeline.

Ela dispara, puxando Carlos pelo braço, vejo eles atravessando pela porta que fica na parede dos fundos, assim como várias outras pessoas.

  Eu preciso achar o loirinho.

  Existem três portas no salão, eu sei que a dos fundos leva aos jogos, a porta ao lado da que leva aos quartos é o segundo salão, ele não estaria lá. A porta dos quartos é a única opção.

  Entro pela enorme porta evitando chamar atenção, não quero ser vista entrando aqui.
Os quartos parecem vazios, vejo pelo piso que nenhuma luz escapa pela porta,não há luz neles, então não há ninguém.

  O corredor continua, passei por oito quartos, quartos grandes. Vejo o caminho virar a direita, o corredor não havia terminado. Esse lugar com certeza, era uma mansão usada para eventos.

  Me viro dando de cara com escadas, as subo evitando fazer barulho, me deparo ao fim da escada, com uma enorme salão, com sofás e móveis escuros, parecia um universo diferente do salão claro que vi momentos antes.

  É uma sala grande, há portas escuras na parede oposta à minha, e um outro corredor, na parede ao lado.

  — O que faz aqui? — A voz me surpreendeu, me fazendo estremecer.

Ela surgiu por trás, indicando que eu fui seguida.

— Procurando por você. — Digo me recuperando do susto.

  — Loiro oxigenado filho da puta. — Murmuro baixo o suficiente para que ele não ouça.

Ele caminha suavemente até o sofá, e se escora em sua beirada.

  — São meia noite, não posso entrar no salão sem você. — Explico tentando não parecer rude.

  Ele se levanta e vem em minha direção.

  — Eu só estava esperando por uma pessoa, mas ela não apareceu até agora, então podemos ir. — Ele diz.

Penso se aqui existem banheiros, eu realmente gostaria de ir antes de descer.

  — Aqui tem banheiro? — Pergunto me virando para seu rosto.

  — Sim, segunda porta a esquerda no corredor, eu te espero. — Responde calmamente.

  Ando até o corredor, abrindo a segunda porta a esquerda. Era um banheiro mesmo, abri a porta certa. Entro e tranco a porta.

  Saio do banheiro devagar, quando escuto vozes.

  Me escoro a parede do corredor, observando tudo sem que vejam.

   — Eu recebi uma denúncia, e eu tenho certeza que foi você. — Acusa um homem baixinho com terno.

  O loirinho permanece firme, braços cruzados olhando o homem abaixo.

  — Sr. Richard, você compra mulheres de menor, abusa e usa delas como quer, e depois sai espalhando e se gabando disso com os amigos do meu pai —  ele rebateu — Eu sou o que menos sabe sobre você, o seu problema não é comigo é com eles.

  O argumento atingiu o baixinho que parecia uma batata de terno. Ele devia ter 1,60, porém perto do poste de quase 1,90 com o qual estava discutindo parecia uma pulguinha.

  — Eu vou dizer ao seu pai, quem é o responsável pela justiça estar no meu pé! — A batata de terno esbravejou.

  Em um movimento rápido com um pulinho, ele arrancou a pulseira do evento do pulso do loirinho. Ele reage tentando pegar a pulseira, porém a batata de terno está armada.

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