Ketlyn
Passo a mão no meu cabelo tirando a mecha que estava no meu rosto e observo o dia nublado, o céu está manchado em tons de cinza, e brisas suaves e frias colidem contra mim.
As flores que trouxe comigo contrastam com o túmulo cinza, são rosas do mais leve tom de rosa, a cor preferida da minha mãe segundo Marianne.
Eu venho aqui sempre que posso, sempre que consigo escapar, mas hoje particularmente completam 17 anos que minha mãe faleceu, o pouco que sei sobre ela foi Marianne quem me contou, ela é a cozinheira e chegou em casa pouco depois da minha mãe.
Meu pai nunca me disse muito a respeito de minha mãe, apenas que ela foi assassinada seis meses após meu nascimento, por um cara a quem meu pai devia.
Me abaixo para deixar as flores e voltar para casa, mas antes cheiro as flores uma última vez, o cheiro delas me lembra minha mãe.
Começo a caminhar, tenho que chegar em casa antes que notem minha falta.
Após pegar um táxi finalmente cheguei aos grandes portões de casa, corro até meu quarto tentando fazer o mínimo barulho possível para que não notem a minha saída, fecho a porta gentilmente.
A casa está estranhamente silenciosa o que não é normal já que todos estão aqui. Mas o silêncio é quebrado, posso ouvir a voz alta e estridente de minha madrasta, junto do som de seus característicos saltos agulha batendo contra o chão das escadas.
- Ketlyn? Onde você esteve?
A porta foi aberta com força, e Monick entra em meu quarto usando hoje seu batom roxo de sempre, e um vestido curto azul que esmaga seu corpo, protegida do frio apenas por um casaco preto que deve custar uma fortuna.
- Não estive em lugar algum Monick - Menti descaradamente - Apenas fui ao jardim dos fundos.
- Nick procurou por você.
- Ele não procurou direito.
Isto não era mentira, meu irmão nunca me procuraria se fosse muito mais fácil dizer que saí.
Olho no rosto de Monick e vejo um sorriso se formando.
- Seu pai quer te ver, no escritório dele.
Ela saiu a passos largos descendo as escadas, deixando apenas suas palavras no ar. Era óbvio que havia um motivo para que me procurassem, mas esse com certeza eu preferiria evitar.
Ser chamado para ir ao escritório nunca era algo bom, aquele era um lugar ao qual eu era proibida de entrar, no entanto quando era chamada devia ir o mais rápido possível.
Respiro fundo antes de sair do quarto, o piso é escuro assim como os móveis desta casa, o branco se faz presente nas paredes e teto, mas não há espaço para nenhuma outra cor, essa casa é como um mundo paralelo em tons de madeira escura, cinza e branco.
Bato uma vez nas portas do escritório e elas rapidamente são abertas por um dos guarda costas de meu pai, eu começo a andar em direção a cadeira puxada em frente a escrivaninha, desviando das poltronas no meio da sala e seguindo até o final.
Quando estou prestes a me sentar, a cadeira é puxada de volta, me forçando a ficar de pé. Olho diretamente em meu pai vendo seus olhos verdes e cabelos loiros agora brancos.
NOTAS DA AUTORA
Oi gente tudo bem? Essa é minha primeira vez escrevendo por isso a opinião de cada um de vocês é muito importante 💓
Deixem aqui sua opinião sobre o capítulo.
E me perdoem por qualquer erro ortográfico kkkk.
Oi genteeeeeeeeee, atualizações do dia 30/04/24, eu recebi muitos comentários a respeito desses primeiros capítulos sobre o tamanho deles, quando comecei a escrever eu não tinha noção do tamanho, sabe? Por isso peço a compreensão de vcs, eu adaptei aos poucos meus capitulos de forma que quanto mais avance na história maior eles estão, peço perdão por esse erro. E por favor não desistam de ler por isso kkkk
Bjssss
Acesso a playlist no Spotify que serviu de "inspiração" da história:https://open.spotify.com/playlist/7v05vECOU7vkz6XOOcFYUz?si=oz6M66_lR7m_zASeG3VLJA&pi=u-zqkL4mAISje-
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Revenge
RomanceRevenge - As duas faces de uma lâmina "𝓟𝓻𝓲𝓷𝓬𝓮𝓼𝓪, 𝓞 𝓹𝓪𝓼𝓼𝓪𝓭𝓸 𝓿𝓮𝓲𝓸 𝓽𝓮 𝓬𝓸𝓫𝓻𝓪𝓻 𝓬𝓸𝓷𝓽𝓪𝓼, 𝓮𝓵𝓮𝓼 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓮𝓶 𝓿𝓸𝓬𝓮̂! 𝓠𝓾𝓮𝓻𝓮𝓶 𝓺𝓾𝓮 𝓹𝓪𝓰𝓾𝓮 𝓹𝓮𝓵𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓯𝓻𝔃, 𝓮 𝓮𝓾 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓿𝓸...