Capítulo 34 - Semáforo

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Ketlyn

  Acordo com a sensação de que fui atropelada, me sinto moída e dolorida. Abrindo os olhos vagarosamente, e me adaptando à luz que invade meu quarto pela janela.

  Olho para o lado me deparando com o caos em que me encontro. Roupas espalhadas pelo chão, cheguei e apenas tirei e saí jogando pelos cantos do piso.

   No reflexo do espelho me deparo com meu cabelo todo bagunçado.

  Talvez eu tenha tomado um choque, e não fiquei sabendo.

  Me levanto pronta para me assustar com o relógio, que com certeza não está a meu favor ao julgar pela claridade.

  Sinto meu pé deslizar no chão ao pisar em mais uma roupa. Me abaixo para catar me deparando com um moletom preto.

  As lembranças da noite passada invadem minha memória, o autor secreto.

   Seguro a blusa e vou em busca das outras peças esparramadas. Assim uma por uma retornam ao seu lugar, com exceção do moletom que não sabia o que fazer e simplesmente apoiei na janela.

  Ouço batidas em sequência na porta, e noto que continuo apenas com uma regata e roupa íntima. Corro para o quadra roupas arrancando o primeiro shorts que vejo.

  Visto a roupa indo de encontro a porta, olho em direção ao relógio vendo que são onze e meia, eu realmente dormi demais.

  Nas pontas dos pés alcanço o olho mágico, me deparo com a única pessoa que apareceria aqui a qualquer hora do dia, sempre da forma mais casual do mundo.

  A chave gira e Carlos entra. Apressadamente caminha até a mesa da cozinha sem nem mesmo dizer um "oi".

  — Bom dia pra você também —  Digo em repreensão.

  A expressão de Carlos se suaviza em um sorriso leve e encantador. Posso reparar que usa uma blusa verde simples, é um verde musgo que fica perfeito nele, acompanhada de um short preto, afinal é julho, o mês mais quente por aqui

  — Bom dia Ketlyn Amber, você por acaso viu uma pequena chavinha? —  A voz era suave, mas ainda entregava sua preocupação.

  Me lembro de ter achado a pequena chave enquanto limpava o sofá semana passada.

  — Sim —  respondo indo em direção ao armário em que havia guardado a chave —  Aqui, imaginei que pudesse ser sua, mas pra que serve?

  Perguntei curiosa indo em direção à mesa.

   — É de uma caixinha que eu comprei, coloquei a chave no bolso mas eu perdi, agora achei — respondeu com um sorriso se sentando na mesa — Mas o que exatamente aconteceu com você?

  Me lembro de estar com o cabelo destruído, e provavelmente com uma cara amassada e inchada devido ao sono.

  — Eu perdi a hora. — Digo sem enrolação.

  Ouço o telefone tocar, mas não é o meu. Carlos leva o celular ao o ouvido dizendo apenas um "alô" e logo o abaixando novamente.

  Meu rosto entrega minha curiosidade a respeito da ligação.

  — Penteie seu cabelo Ketlyn, temos uma reunião, às seis da tarde. — Sua expressão era séria, e nem um pouquinho feliz.

  Reuniões de emergência nunca eram boa coisa.

  Mais tarde

Eu havia prometido isso a vocês, e irei cumprir. Portanto vocês só estão liberados quando Ketlyn cumprir o serviço dela — As palavras saiam automaticamente, tão robótico — Então se quer sua liberdade, garanta que ela vai fazer tudo corretamente.

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