Revenge

Capítulo 44 - Pudim de pão

30/07/23

Ketlyn

Eu preciso de leite condensado!

Vou fazer uma surpresa para Carlos, amanhã ele me contou que vamos visitar um lugar a tarde, e como ele vai viajar, vou levar um pudim de pão para ele.

Ele acabou se rendendo, me contou que vamos nadar. Eu estou extremamente ansiosa, parece que a fonte de rosas realmente realiza desejos.

Mas por enquanto eu preciso começar o pudim, e estou sem leite condensado. Vou precisar sair para comprar, o mercado não é longe então posso ir andando.

Já estou arrumada, meus cabelos estão meio presos por uma piranha pequena e dourada. Usando um jeans preto e uma botinha preta, e claro! Uma blusa de segunda pele vermelha e meu sobretudo preto que se estende até meu joelho por cima, me protegendo do frio.

Uma roupa bem discreta eu diria, quase um ALL Black.

Agarro minhas chaves e deixo o apartamento, trancando para que não corra riscos. Caminho até o elevador mas dessa vez ele não está vazio, lá está a síndica e dona desse lugar.

Eu já tentei conversar com ela, se ela conheceu a antiga dona do meu apartamento. Mas ela não se lembra, o antigo dono era seu pai que faleceu. A Senhora Feynnaam vivia atrás de compradores, mas nesse prédio cheio de moradias, só tinha eu, o porteiro, ela e a família e mais dois vizinhos, e todos moravam nos primeiros andares.

Eu nunca entendi, mas esse lugar não parece muito desejado.

Entro no elevador e estico minha mão para comprimentar.

- Senhora Feynnaam! Que bom ver você, está tudo bem? - Digo sorrindo mas sou respondida apenas pelo seu costumeiro sorriso seco.

Que merda, não dá nem pra ser gentil.

Recebo uma mensagem no meu celular, mas dessa vez é do meu chefe.

"Vem aqui, pegar algumas coisas que vai precisar"

Imagino que deva ser as lentes de contato, e roupas para o trabalho.

Mais tarde

Estou parada na fila do mercado há um bom tempo, simplesmente para pagar dois leites condensado e um chocolate.

A fila parece não andar nunca, eu costumo ter paciência, mas dessa vez já está até demais.

Foco em minhas botinhas, perfeitamente limpas. Elas refletem as luzes do teto, eu olho para cima procurando por elas e vejo as enormes lâmpadas indústrias de LED.

Ao me virar de lado, me dou conta de que todo esse tempo tinha uma menininha minúscula me encarando.

Ela está ao meu lado, e olho para cima fitando meu rosto. Seus olhos são verdes como esmeraldas e seu cabelo é repleto de cachinhos castanhos. Usa um vestidinho rosa e um casaquinho branco.

- Oiê, tudo bem? Qual seu nome? - Digo para a pequena.

Ela abre um pouco mais os olhos, surpresa.

- Meu nome é Cecília, e o seu tia?- Ela diz docemente.

Eu estava sorrindo feito uma boba, que menina linda!

- Meu nome é Ketlyn. - Respondo de forma suave.

- kelyn, que nome difícil. - Ela diz sorrindo.

A forma como disse meu nome foi tão fofo, e engraçado.

- Você é muito bonita, mas ter cara de bava. - Fala rindo para mim.

- Você parece uma princesa, e eu não sou brava. - Respondo rindo de volta.