Capítulo 5 - " o suicídio"

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Ketlyn

Nick escondeu seu rosto em suas mãos e suspirou fundo, levantou a cabeça olhando diretamente em meus olhos.

- Ela estava dopada, ele me disse que ela havia tentado se suicidar com os remédios que tomava. - Seus olhos estavam vermelhos e marejados.

Meu meio-irmão e eu não tínhamos uma relação forte, mas tanto ele como Monick também sofriam com meu pai.

Fui em sua direção, estiquei as chaves e dei um olhar com um breve sorriso carinhoso. Saí de lá indo em direção a cozinha.

Monick jamais se suicidaria. Isso era um fato, e tendo em vista que meu pai estava furioso não me restava dúvidas. Ela estava em um tratamento para depressão e tomava alguns remédios, e isso só tornava a mentira mais fácil.

Não foi uma tentativa de suicídio, foi uma tentativa de assasinato que talvez tenha dado certo. Mas é claro que ninguém saberia disso, talvez se houver um pouco de esforço mental Nick suspeite, mas acho improvável. Enquanto ao resto da casa e a mídia, meu pai já sabia como enganar a todos.

Eu e Monick não nos falamos muito, e não temos afeto entre nós. Ela chegou a casa dois meses após meu nascimento, minha mãe ainda estava aqui, ela veio após descobrir estar grávida de um menino que era filho do meu pai.

Porém sinto pena dela, independente do fato de me tratar mal e extorquir meu pai, ela também sofria nessa casa. Aqui está um claro exemplo.

Horas depois...

O dia passou lentamente, agora são 23:15 da noite, a morte de Monick foi confirmada.

Não houve velório, o enterro foi ao meio-dia junto com o anúncio de seu falecimento. Nesse momento colegas de trabalho, e mais algumas pessoas importantes estão junto de meu pai lá embaixo.

Não fui ao enterro, na verdade estou presa no quarto o dia todo para que ninguém me veja.

Parece que todos engoliram essa história de suicídio, e meu pai está bancando o coitadinho.

Ele enganou a todos sobre minha mãe e sobre minha existência, e agora sobre Monick.

Eu não posso sair mas realmente estou com fome, não tem como trazerem nada aqui. Minha única opção é sair do quarto, andar pelo corredor, atravessar a sala e acessar o elevador de serviço. É só colocar um bilhete nele e descer, assim com sorte Marianne pode ler.

Escrevo em um papel pedindo por qualquer comida que conseguirem mandar.

"Marianne, sei que não devia sair mas estou com fome, podem me mandar algo por favor?"

Agora é a parte complicada, tenho que torcer para não ser vista. Principalmente por meu pai.

Abro a porta lentamente e não tem ninguém lá fora, perfeito.

Notas da autora

Oi gente, eu ia perguntar se está tudo bem, mas me lembrei que estão lendo isso, então a saúde mental de vocês é igual a minha (não existe).

Kkkkkk bjssss



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