Capítulo 51 - Olhos

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Ketlyn

O meu desejo não se realizou, mas vou fazer questão, que o de outra pessoa seja realizado.

O saco de ossos e carne se remexe na cadeira, resmungando feito um porco prestes a morrer.

Puxo indelicadamente a fita de sua boca, e seus olhos se enchem de água.

- Vadiazinha, ME SOLTA! - Ele pestenejava.

Comecei a rir diante de sua provocação, ele acha mesmo que vou soltar?

Sua burrice não é tão surpreendente.

- Você é louca, retardada, uma sádica. - Dizia me olhando.

Tic. Tac. Tic. Tac. O tempo está correndo, preciso terminar isso logo, sem tempo para ofensas.

- Uma louca faria isso por diversão, eu tenho meus motivos. Mas me chame como preferir. - Digo me aproximando.

Aproximo a adaga de sua pele branca e retorcida pela idade, a lâmina desliza levemente, abrindo um filete fino e vermelho.

E na verdade, talvez eu sinta prazer em ver sangue.

A pele apresenta uma estrutura com duas camadas distintas, a epiderme e a derme.

Passo meu dedo coberto pela luva por seu sangue, observando o perfeito vermelho rubi.

São sete camadas que terei prazer em cortar.

Ele se remexe e chuto seu joelho em uma forma de ameaça.

A primeira é a derme, formada pelo tecido epitelial, que é constituída por cinco camadas: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato germinativo. Depois temos a derme, A derme também pode ser dividida em camadas: a camada papilar e a camada reticular.

Aperto a faca vendo o corte de estender até o osso, e um grito vindo do fundo da garganta se rompe.

- Bom, vamos começar. - Falo com um sorriso.

Arrasto lentamente a fina lâmina por seu rosto contorcido pela dor.

Isso vai ser divertido.

- Para! PARA! Quanto você quer? Eu posso pagar! - O idiota grita se remexendo.

Começo a rir de sua chantagem.

Ele acha que eu quero dinheiro? Pois se enganou, eu quero ver dor.

- Eu vou te matar de qualquer forma,mas eu posso diminuir a dor. Que tal uma brincadeira? - Proponho.

Seus olhos me analisam aterrorizados, suas orbes fitando minha mão e analisando cada movimento. As veias saltadas pelo desespero e angústia à flor da pele.

- Não, NÃO! - Ele esbraveja, se debatendo feito peixe fora da água.

Me estresso com sua gritaria, será que ele não percebeu que vai morrer de qualquer forma?

Seus gritos, sua voz, e tudo nele é insuportável. Sinceramente agora eu entendo o apelido dele, mas me parece que ele não é tão mal quando está amarrado usando apenas um calção, em uma cadeira e sendo torturado.

- Cada grito seu a partir de agora, é um dedo seu que eu vou arrancar enquanto você olha. - Falo vendo seu lábio tremer.

Pego um martelo e me aproximo de sua mão. Os dedos tremendo e se recolhendo, mas impossibilitados pelos nós da corda.

- Qual a raiz décima de 1024 ? - Pergunto com um tom sério.

Ele começa a tremer e faz uma careta zombeteira.

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