Revenge

Capítulo 40 - Herança

Ketlyn

Acordo sentindo o sol bater em meu rosto pela janela, me levanto sentindo meu corpo se firmar aos poucos.

Finalmente abro os olhos, me deparando com uma Ketlyn atropelada e eletrocutada. Meu cabelo estava bagunçado, meus olhos fundos e o rosto inchado.

O que aconteceu comigo?

Começo a assimilar, tendo flashes ouda noite passada. Eu fui à festa, fiz meu pedido, bebi champanhe, comi docinho, bebi um negócio colorido, bebi champanhe, mais champanhe, mais docinho e mais negócio colorido.

Eu devia estar cansada, apenas.

Visto meu blusão, que mais parece um vestido. Olho no relógio vendo que são uma da tarde, eu cheguei aqui às seis da manhã.

Abro a porta, ainda me adaptando a realidade.

- Ketlyn, não sabia que você lia romance gay, esse aqui é o do filme lá, né?- Olho na direção da voz, vendo Carlos deitado no sofá com um dos meus livros.

- Lembra o cara que eu fiquei? Ele era um personagem desse livro. - Vejo ele segurando "Vermelho, branco e sangue azul".

Levo minhas mãos as têmporas, pressionando levemente e tentando me focar no fato de estar acordada.

- Ok, eu estou acordada. Tem um gay recém assumido e apaixonado, deitado sem camisa no meu sofá, enquanto mexe nos meus livros e come meus cookies. - Falo para mim mesma enquanto dou um sorriso.

- Eu não estou apaixonado, e os cookies são gostosos. Eu fiz café pra você também, coisa chata. - Ele retruca, e me dirijo a cozinha.

Mais tarde

Apoio a vassoura a parede, vejo o chão brilhando. O cheiro de limpeza ocupando a casa, tudo lustroso e organizado.

Eu terminei meu trabalho, e agora posso ler meu livro, enquanto tomo café quentinho e cremoso.

Me jogo no sofá, alcançando o livro novinho na estante. Não há coisa melhor que isso. Porém sou interrompida pelo toque do meu telefone.

Pego o aparelho apoiado na cômoda e atendo.

" Ketlyn, eu queria conversar com você. " Carlos atende, no entanto sua voz era séria.

Carlos, atendendo ao telefone de forma séria, é preocupante.

- Aconteceu alguma coisa? - Pergunto-me preocupada.

" Não, está tudo bem. " Diz me tranquilizando.

" Eu queria conversar, a respeito dos seus direitos, Ketlyn. " Fala me deixando confusa.

- O quê? - Digo curiosa.

" Você é a irmã mais velha, tem direito a herança. Se você quiser, pode ficar com tudo, apresente seu caso, mostre o que passou durante a vida. " Dizia com a voz firme.

Eu não respondi, deixei que continuasse a falar.

"Sabe Ketlyn, tá na hora de sermos realistas, por mais que fiquemos supostamente livres, depois de você matar o herdeiro. Ainda vamos continuar correndo o risco de ser mortos, ninguém garante que o Sr. Brown, vai deixar nós com todos seus segredos sujos, e sabendo dos seus crimes, simplesmente sair pelo mundo. "

Ele para de falar, esperando por uma reação minha, mas me mantenho em silêncio.

"Se você aparecesse como a herdeira oficial, teria poder o suficiente para que ninguém desejasse ou fizesse mal contra você. Você não precisa dar continuidade a nada dele, não precisa usar o nome, não precisa voltar à mansão. Pode simplesmente pegar tudo e vender." Ele faz uma pausa, e continua.

"A herança tem mais de dois bilhões, não é pelo dinheiro, mas sim pelo poder. Eu vi como estava feliz ontem, sem as preocupações. Se você pegar o dinheiro, estará livre de ameaças vindas do Sr. Brown, e depois de um ou dois anos ninguém vai se lembrar de você, vai poder viver em paz e feliz."

- Carlos, eu não vou pegar nada, que foi dele. - Digo convicta de que a ideia era ridícula.

"Ketlyn, não é pelo dinheiro. Mas sim pela tranquilidade que ele vai te proporcionar. Considere isso, uma parcela, do que ele merece pagar pelo que fez contigo. Com esse dinheiro, você pode pagar pela sua paz, infelizmente você não tem muitas opções." Sua voz soa baixa.

- Eu não quero! Não quero o dinheiro dele, deixe que tudo apodreça, Nick pode ficar com tudo, gastar como preferir - Falo furiosa - Não quero fazer parte de uma família na qual nunca fui aceita. Por isso me recuso a receber um tostão dele!.

"Não seja infantil, eu não quero que faça parte da família ou que assuma o sobrenome. Eu estou te aconselhando a lutar pelo que é seu por direito! Esse dinheiro vai lhe garantir segurança, vai poder viver em paz de verdade!"

Posso ouvir sua voz que permanece séria, mas agora parece um pouco mais emotiva.

"Você está trabalhando nessa merda, por culpa dele! Se ele não fosse um chorume, que provavelmente ia te vender para algum velho depois da maioridade, você jamais teria passado a faca no desgraçado. E não seria o que é hoje, poderia eslptar feliz, em uma faculdade ou em um trabalho que você gostasse." Agora ele estava bravo.

"Mas não, o velho era o pão que o diabo amassou. Então se foi culpa dele, nada mais justo que você pegar o dinheiro, que é seu por direito, e usar para consertar a cagada que aquele sofá de zona fez na sua vida!" Ele estava eufórico.

- Como, eu vou conseguir pegar do meu irmão? - Falo frustrada - Eu sou uma Zé ninguém, se vista aos pés dele neste momento.

"Você já pensou em conversar?" Eu ri de sua pergunta, mas ele não estava sendo sarcástico.

- Carlos, eu não sei se é uma boa ideia, mexer com o que está quieto. - Tento suavizar a situação.

"Pequena, eu só estou pensando em você. Eu não quero que nada de ruim aconteça com você, eu não acredito que nosso chefe, simplesmente vai nos deixar livre. Eu temo pelo pior Ketlyn, e jamais poderia aguentar que algo acontecesse com você." Carlos diz com a voz chorosa.

Sinto as lágrimas se prenderem, a leve dor atrás dos meus olhos. Eu também não quero que algo de ruim aconteça com ele.

- Eu também não sei o que faria sem você, sinto medo de tudo isso também - Confesso para meu amigo - Eu prometo que vou olhar essa opção.

"Por favor pequena, espere essa semana passar, pois ela vai estar bem agitada devido a seu primeiro dia lá. Mas me jure, que vai ficar bem, me prometa que vai me ouvir. Eu só quero seu bem, você já sofreu demais." Ele diz com seu jeito carinhoso e responsável de me tratar.

- Eu juro e prometo. - Digo com certeza.

Eu não queria fazer, mas eu prometi. E acima de tudo, prometi a meu melhor amigo, então eu cumpriria.

"Boa noite Ketlyn." Fala suavemente.

- Boa noite Carlos. - Respondo e ouço ele desligar a ligação.

Notas da autora

Oi meus queridos leitoresss e leitorassss💕

Tô tentando postar os capítulos o mais rápido possível viu.

Bjjjs💓💓