Recomeços

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Day pov:

Um ano havia se passado desde tudo o que aconteceu.
Era estranho estar novamente no Dinner, sentados como quando adolescentes.
Carol parecia mais reluzente do que nunca. Eu observava a mulher que ela havia se tornado. Uma cicatriz minúscula quase imperceptível em seu rosto foi a marca que ficou de toda a guerra. Era estranho pensar naquilo tudo.
Ela olhava distraidamente para fora, o rosto apoiado nas mãos, dando um pequeno suspiro.

Day: - O que te aflige?
Carol: - ahn? - Ela olhou para mim, arrumando a postura. Seus olhos sérios me mediram delicadamente.
Day: - Você parece preocupada.
Carol: - É tudo. Faz um ano...
Day: - Que matamos o Dreicon e finalmente tudo acabou.
Carol: - Acabar é forma de dizer. Tem muito o que fazer ainda. - Sim. Realmente havia muito o que fazer. Cidades ainda estavam em reconstrução. O governo havia mudado, agora havia um novo conselho das espécies. As escolas foram reestruturadas e o sistema de ensino agora incluia programas para híbridos. Os hibridos estavam sendo reintroduzidos na sociedade, mas ainda havia muito preconceito. A luta era agora em passos de formiga, dia a dia. Mas, finalmente, a luz no fim do túnel estava a alcance e finalmente a democracia perdurava acima do poder bélico.
Day: - Ah, mas com você no conselho logo estará tudo alinhado. Nem parece que ficou cinco meses no hospital.
Carol: - Claro, vá reaprender andar depois de quebrar as pernas, literalmente! E olha, falou a pessoa que ficou quase oito meses internada.
Day: - nem me lembre daquelas reabilitações. E porra, eu quase morri, hein?
Carol riu com sarcasmo:
Carol: - Ah, vaso ruim não quebra. Quantas vidas ainda tem, gato preto?
Day: - Ah eu já perdi umas 6.
Carol: - Cala a boca! - gargalhou.
Day: - é sério - comecei a rir. - Agora fala sério, o que realmente te aflige, conselheira?
Caroline olhou novamente para fora.
Carol: - Primeiro dia do Ber na escolinha. Me pergunto como ele está.
Day: - Se ele for como eu, já conquistou a menina mais bonita de todas. - gabei estufando o peito.
Carol: - Como você? Haha! E quem é você na fila do pão, senhorita Limns?
Day: - Olha como você fala com a mãe do seu filho!
Carol: - Para né, você está bem longe disso.
Day: - O que está querendo dizer com isso, Biazin?
Seus olhos brilharam na minha direção, com uma doce acidez provocante:
Carol: - Que, se você não lembra, não somos um casal e... Se você quiser ser a mãe do Bernardo, você tem que me re-con-quis-tar. - sorriu malandra, dando uma risada baixa que arrepiou meus cabelos da nuca. - Se vai tentar, agouro, primeiro precisa me pegar. - ela se transformou naquele Jack Russel irritante e saltou pela janela. Sorri, umedecendo os lábios. Virei o gato e imediatamente saltei atrás dela.
Eu vou reconquistar o seu amor.

Fim...

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Bruno pov:

Chego na mesa, com os shakes, para ver imediatamente um cão ruivo e um gato preto correndo lá fora em direção a floresta.
Bruno: - Ah não gente. De novo? GALERA! A CONTA! EU NÃO ACREDITO... vou ter que pagar sozinho de novo?

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Fim!

metamorphosis - dayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora