Carol POV
O ar tornou a inflar meus pulmões e abri os olhos. Minhas costas ardiam um pouco, mas eu sabia que não havia quebrado nada. Os cabelos de minha nuca se eriçaram, mas não senti ameaça. Do contrário. Um cheiro envolvente me possuiu.
Pisquei algumas vezes antes de olhar para quem estava sobre mim.
A pantera se destransformou em Day. Meu coração diminuiu a batida, e eu sabia que minhas pupilas dilataram procurando algum ferimento nela.
Tirando uma contusão na face e algumas pelo corpo, day parecia bem. Seu cabelo desarrumado e os lábios entreabertos, seus olhos negros me redesenharam: estava procurando sinais de que eu também estava bem.
Após olhar para a mata densa acima de nós, Day foi a primeira a falar assim que me olhou novamente:
Day: - você está bem?
Me limitei a assentir com a cabeça e perguntar:
Carol: - você?
Day: - inteira. A copa daquelas árvores amorteceram nossa queda.
Nossas respirações ainda estavam em ritmo acelerado. Por pouco tempo. Quando nossos olhares se reencontraram, senti um choque percorrer meu corpo, como se os corações sintonizassem, e logo as respirações se acalmaram em uníssono.
Day sorriu. Um sorriso franco, com uma lufada de riso, e eu fiquei confusa.
Day: - Caralho. Foi uma queda e tanto. Quase maior que a que eu tinha por você no colegial.
Carol: - você é idiota?? - comecei a rir, lhe dando alguns tapas. - você ainda lembra do que sentia no colegial?
Dessa vez Dayane me olhou confusa.
Day: - Claro, ué. Não só lembro. Eu sinto. Todo dia. Todo santo dia eu sinto esse amor incontrolável, esse desejo de estar perto e de te proteger. Todo dia eu sinto medo de te perder e de... com todo esse perigo das guerras, de talvez nunca mais ter a oportunidade de fazer...
Carol: - de fazer o que?
Day: -... isso. - senti seus lábios virem de encontro aos meus, e meu corpo imediatamente amornou. O gosto de Day era o mesmo: envolvente e viciante. Não consegui não lhe ceder passagem, e logo sua língua castigava a minha em um beijo saudoso e cheio de sentimento. Meu coração pulava no peito, e no momento que ela hesitou o beijo e tentou se afastar, meu instinto foi de segurar sua nuca e cintura e intensificar mais o beijo.
Eu podia sentir sua paixão na forma que me beijava. E eu também podia sentir... a minha. A saudade que eu tinha daquele sabor, daquele toque, do calor de Day.
Eu a amava. Apesar de tudo, eu ainda a amava.
Partimos o beijo quando já não tínhamos mais fôlego, e nossos sorrisos se encontraram.
Day: - Uau.
Carol: - U-au. - suspirei. Nossos olhares ainda um contra o outro, os olhos de Dayane passaram a um olhar felino, a pupila em fenda que logo dilatou. Ela apertou os olhos e agitou a cabeça.
Day: - Aqui não, Dayane. - Murmurou a si mesma.
Carol: - Não o quê, Dayane? - perguntei curiosa. Seu corpo pesou sobre o meu, e ela mordeu o lábio me olhando. Imediatamente corei.
Já disse como os sentidos de um metamorfo melhoram a medida que este fica experiente, ou que são ativados/reavivados em situações de instinto.
Um ímpeto me tomou, e a puxei para outro beijo. Arranhei sua nuca, e senti Day intensificar o beijo, me acariciando o corpo, um toque selvagem arrepiando cada milimetro de minha pele. Eu a queria, ali, como ela me queria. Eu não me importaria com nada além dela, a saudade me batendo o peito, o desejo me fervendo o sangue, a sensação de perigo impedindo a consciencia racional: se não agora, talvez nunca haveria outra chance. O medo da guerra, da morte, da perda, alimentava o desejo de ter, de ser, de entregar-se naquele momento.
Dayane me mordeu o lábio, puxando-o com força. O ardor me fez fechar os olhos, arranhei suas costas com mais força, seu corpo colado ao meu.
Senti um calor externo, e abri os olhos. As mãos de Day emanavam um brilho, e ela tocou o chão. Uma lufada de ar varreu o nosso entorno, minhas roupas incendiaram e se consumiram sem queimar minha pele, em um fogo mágico, e meu corpo se viu de encontro com um mármore in natura, texturizado e gélido, gerado pela magia da híbrida.
Arrepiei por inteiro, sentindo meus músculos pulsarem, o beijo novamente de Day, do meu agouro, seu corpo nu sobre o meu, pele a pele.
Day: - eu preciso de você - sussurrou a meu ouvido, e meu corpo correspondeu como se eu não o controlasse. Minha respiração falhou e senti brotar-lhe um sorriso. Escondi meu rosto em seu pescoço, inalando aquele cheiro que me enlouquecia, perdendo o controle de mim a cada toque de Dayane em minha pele, selvagem, cheia de desejo.
Ainda de encontro com a pedra fria, senti sua boca descer com beijos e mordidas por meu torso, beijar meus seios como se precisasse disso para viver, me fazendo arquear e arfar a cada beijo, cada carícia, cada traço que ela me percorria com a língua.
Day desceu por meu ventre, arranhou minhas pernas, deixando linhas vermelhas bem marcadas. Eu não me importava, eu a queria lá embaixo, a desejava onde pulsava, a necessitava para meu prazer. Segurei seu cabelo e fechei os olhos.
No escuro de minha mente eu podia ouvir o rio, o sopro da brisa nas arvores, o respirar descompassado de Dayane, sentia a sensação de seu toque se espalhar pelo meu corpo, e então se concentrar-se lá, em meu sexo, em meu desejo. Dayane me chupava como eu nunca havia sentido antes, eu era capaz de enxergá-la em meus pensamentos, apenas eu, ela e o prazer selvagem que estremecia meu corpo a cada toque de sua boca quente em meu íntimo.
Eu tremia, me entregava, colapsava meu corpo entregue à sensação de orgasmo que Day me fazia sentir, eu gemia sem tentar controlar, eu a queria como há tanto tempo não sentia.
Meu corpo amorteceu e o coração quase pulava do peito quando ela escalou meu corpo com os lábios. Eu tentava recuperar o ar, sentindo meu íntimo a ainda ter espasmos do prazer da entrega, e ouvi seu riso franco e baixo próximo a meu rosto.
Carol: - Você é uma filha da puta.
Day: - voce gosta.
Carol: - Eu amo. - abri os olhos e seu olhar surpreso pesou em meu olhar.
Mas era genuíno. Eu a amava como nunca havia amado alguém, e não havia motivos a esconder. -eu TE amo. - sussurro sem voz, e vejo Dayane travar sem reação sobre mim.
Day: - e-e-e-eu...
Sorri, sentindo uma plenitude inexplicável. Meu corpo parecia ter ido ao céu e não pesava um grão de areia.
Day sorriu a meu encontro.
Day: - e eu amo você. Sempre amei. Você me perdoa?
Carol: - hmmm... daqui a pouco! - ri e passei por cima, um joelho de cada lado de sua cintura. Day me olhou assustada, sentindo eu segurar seus pulsos, mas levantou o quadril contra o meu, fazendo o espasmo intensificar e eu soltar outro gemido.
Ela riu satisfeita, maliciosa, e por vingança passei minhas pernas entre as dela, pressionando meu corpo contra seu íntimo. Day gemeu em minha boca, se entregando a um beijo agitado, intenso, saboroso, enquanto eu soltava uma de suas mãos e descia por sua pele. Agarrei seu seio, massageando-o e ouvindo seu gemer, me deixando em puro deleite. Brincava com o bico de seu seio, minha mulher sensível estremecia sob meu corpo.
Um barulho diferente tomou o ambiente, e a sensação fresca de chuva tropical bateu às costas. Era uma pancada de chuva de estação, em contra nossos corpos quentes, e eu parti o beijo, admirando aquela morena sob mim, linda, nua, tão natural, seus olhos negros me convidando a lhe dar prazer, me fazendo descer o dedilhar por sua cintura. Nossos lábios se encontraram em um beijo molhado de chuva, e desci a mão até sua coxa, tornando a seu intimo, assistindo seu corpo contrair contra minha pele, a água da chuva intensa escorria por nós.
Day gemia a cada toque,me fazendo querer mais, eu queria vê-la se entregar. Parti o beijo e sorri com maldade, vendo ela me questionar, entre suspiros de prazer, o que acontecera.
Apenas movi a cabeça, a assistindo com mais controle, e Day corou, tentando me puxar pela nuca,procurando onde se esconder, mas eu não podia deixar, eu não queria perder de assisti-la gozar em minha mão.
O corpo dela estremecia, sua respiração acelerara, os gemidos mais altos, meu organismo correspondeu, eu iria gozar de assisti-la se entregar a mim. Fechamos os olhos, as respirações descompassadas, as testas coladas, os corpos se entregando ao orgasmo, seu gemido ao meu.
Senti meu corpo desfalecer.
Day ainda estremecia abaixo de mim, e ela sorriu, riu baixinho, me fazendo reagir da mesma forma, aconchegada em seu peito.
Day: -Caralho Carol... a gente...
Carol: - É. Eu acho que sim...
Nos entreolhamos, sentindo o amor, a chuva, a natureza ao redor.
Eramos nós, nuas, suas, uma só.---------
Ok demorei maaaaaaas eu espero ter compensadoHahaha gente eu to de cara com esse capitulo!
NADA A DECLARAR KKKKKK
Beijos da vó e até o próximo capitulo!!!

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metamorphosis - dayrol
FanfictionCarol levava uma vida comum no colegial. Gostava de sair com seu melhor amigo, Bruno, e não entendia os motivos de o garoto mais bonito do colégio, Dreicon, ter interesse nela. Mantendo sua rotina, Carol vê seu amado cotidiano em jogo com o aparecim...