Day pov
Day: - como assim eles debandaram? - corri para onde estava Vitão. No campo de batalha, nossos soldados socorriam feridos e "limpavam" o campo.
Vitão: - Oi mano, como você está? Se machucou?
Day: - Vitor.
Vitão suspirou e me olhou.
Vitão: - eu não sei. Estava uma bagunça. Mas Dreicon deu voz de retirada. O importante é que ganhamos tempo.
Carol: - Não podemos só ganhar tempo. Precisamos acabar com isso. Eles não poderiam ter escapatória.
Day: - Carol, relaxa.
Carol: - Já discutimos sobre isso, Dayane. - ajudou Vitão a levantar e cruzou os braços, me encarando. Respirei fundo, apoiando as mãos em minha cintura, e chutei uma pequena pedra. Decidi me afastar e ir ajudar os soldados. Mas algo parecia errado. Só não sabia o que era.***
Carol pov
Os dias estavam passando muito rápido. Por incrivel que pareça, houve uma trégua e recuperação de muitos. Vitão me chamava para as reuniões do comando, e eu acabava trabalhando mais do que esperava, mas sempre tirava tempo para meu filho. Bernardo estava forte e saudável, e aprendia rápido na escola dentro do centro: por mais novo que ele fosse, coisas como transformação, magia e controle, eles já ensinavam desde pequenos, com brincadeiras fofas como "quem se transforma em tal bicho primeiro".
Acordei com uma sensação de enjoo. Dayane dormia ao meu lado, seu semblante tranquilo, parecia não ter pesadelos. Bernardo na caminha dele, fui pé ante pé ao banheiro. Meu estômago revirou e as pernas amoleceram, acabei fechando a porta do banheiro e me sentando no chão até o mal estar passar.
Algo estava errado. Meu instinto me dizia que algo estava errado.
Tomei um banho frio e vesti meu uniforme de comando: uma bela blusa militar verde de gola alta, pingentes e botões. Prendi meu cabelo ao alto, me olhando no espelho.
Eu havia envelhecido cinco anos em cinco semanas. Respirei fundo, meu instinto ainda batia com força meu peito.
Saí do quarto, dando um beijo na testa de Bernardo. Olhei para Day. Pensei em acordá-la, pedir para que ficasse com meu filho hoje, que ele não fosse a aula. Mas não havia problema. Bruno sempre vinha buscá-lo para levá-lo aos estudos. Dayane precisava descansar. E eu precisava encontrar Vitão.
Saí do quarto, ainda em silêncio, e me transformei para cruzar os corredores.
Cheguei ao quarto de Vitão, batendo em sua porta.
A porta logo se abriu, e um rapaz de olhar cansado, cabelos soltos,escova de dentes na boca e toalha na cintura se apresentou por trás dela.
Ao perceber que era eu, Vitão arregalou os olhos:
Vitão: - Carol, são cinco da manhã. Você...
Carol: - Senti algo errado e precisava falar com você.
Ele me deixou entrar.
Vitão: - Que algo errado?
Carol: - Como um instinto. - Sentei a cama, e ele foi ao banheiro, deixando uma fresta da porta, para me ouvir. - Acho que... precisamos de uma reunião. Dobrar as defesas.
Vitão: - Carol, eu até acredito nos seus instintos, mas você sabe os custos de dobrar a segurança? Ainda mais que, nossa segurança nunca foi rompida.
Carol: - Vitor...
Ele suspirou, saindo uniformizado do banheiro. Me olhou. Senti que ele pôde ver a agonia em meus olhos. Agitou a cabeça negativamente, e então pegou o comunicador.***
Corri pelos corredores até a sala de reuniões. Cada tique taque no relógio daquela sala, enquanto eu esperava todos os integrantes do comando chegarem me fazia suar frio. Eu estava inquieta, e nunca havia me sentido dessa forma. Quero dizer, o instinto sempre avisa, mas era como se eu estivesse em um estresse capaz de arrancar meus cabelos, ou atravessar a parede.
O presidente dos híbridos chegou seguido do vice e de Vitão. Logo os outros integrantes foram chegando e, agora ali estava eu, perante todos, pronta para implorar para que dobrassem a defesa do prédio... Onde meu único argumento era um instinto que estava mais sensivel que o normal.***
Day pov
Acordei perdida. Não encontrei ninguém. Provavelmente Bruno já havia buscado Bernardo, então já deviam ser depois das 9 da manhã. Decidi me levantar, me arrumar e ir tomar o café da manhã. Mas algo estava diferente. O cheiro de Carol parecia mais forte naquele quarto.
Depois de comer, saí pelo centro. Fui até o jardim, e sentei sob o sol.
Eu deveria pedir Carol em namoro. Outra vez. Com alguma atitude fantástica. Mas como? Fiquei ali, pensando, imaginando. Um jantar? Um encontro a sós? Onde?
Não sei por quanto tempo eu estava ali.
Vitão se aproximou de mim vagarosamente, de mãos nos bolsos.
Vitão: - Day. - me cumprimentou apreensivo.
Day: - Vitão. - o cumprimentei de volta. Ele sentou no banco de pedra, ao meu lado, e me olhou, me causando estranhamento. - Desembucha.
Vitão: - O quanto o instinto de Carol é confiável?
O olhei assustada. Se o cheiro de Carol pelo quarto era por estresse, algo muito ruim estava por vir:
Day: - Pela genética dela, o mais puro possível. O que aconteceu?
Vitão: - Carol acordou pedindo reunião para duplicar a segurança do prédio. O pedido foi negado. - ele se encolheu.
O sol desapareceu, como coberto por uma nuvem, e um vento frio soprou as árvores, e um barulho ensurdecedor me atingiu, como um bater de asas de inseto, mas dentro de meu ouvido. Olhei para cima.
Eu queria que fosse um inseto.
E eu queria que fosse uma nuvem.
Mas ao olhar para cima, avistei um helicóptero militar.
Day: - Essa não...!***
Carol pov
Um estrondo soou pelo predio do quartel general, e o alarme de alerta soou. Mais estrondos soavam, como... bombas? Hibridos começaram a correr, ordenadamente, como nos treinamentos, mas algo estava errado.
Me transformei em passaro e voei rapidamente atrás de alguém que eu pudesse me unir. Voei em busca de Day.
O prédio começara a ser destruído, e vi o exercito começar a invadir os corredores.
Meu coração desesperado batia com força, enquanto eu via paredes desmoronando em danos irreparáveis.
Droga. Eu sabia!----------
Voltei e é isto
Amo vocês
Beijos da vó
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metamorphosis - dayrol
FanficCarol levava uma vida comum no colegial. Gostava de sair com seu melhor amigo, Bruno, e não entendia os motivos de o garoto mais bonito do colégio, Dreicon, ter interesse nela. Mantendo sua rotina, Carol vê seu amado cotidiano em jogo com o aparecim...