a volta

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Day POV

Eu poderia passar a noite toda beijando Carol, sem pensar duas vezes. Seu gosto doce era viciante, seu perfume me envolvia e seu toque me deixava arrepiada. Ela partiu o beijo e se afastou devagarinho. Me olhou, aqueles olhos que pareciam duas constelações, e sorriu sem jeito.
Carol: - acho que temos que encontrar o Bruno.
Concordei, a tomando pela cintura para andar, mas ela se afastou devagarinho e parou me olhando. Tinha o rosto vermelho, e mordeu o lábio.
Carol: - Day... é que... isso é novo para mim.
Day: - não quer que saibam. - coloquei as mãos nos bolsos e encolhi os ombros. - por mim tudo bem.
Carol: - mesmo? Você... me entende?
Day: - se você arranjar tempo para nós...
Carol: - isso é um...
Day: - eu quero continuar ficando com você. - falei com convicção, e ela abriu um sorriso incrivelmente fofo. Não pude deixar de sorrir.
Carol: - certo. Claro. Eu sei onde você trabalha. - brincou, e seguimos pela rua até a casa de Dreicon. Fomos até o carro de Bruno, e ele estava desmaiado no banco de trás.
Day: - droga, é serio isso? - dei tapinhas em seu rosto. - Bruno. BRUNO.
Carol o olhou e começou a gargalhar.
Eu ri de nervoso. Procurei em seus bolsos a chave do carro, entrei no banco do motorista e dei a partida. Carol entrou ao lado.
Carol: - você sabe dirigir?
Day: - sei fazer mais coisas do que você imagina. - mostrei a língua, por comédia, e a ruiva ficou inteira vermelha. Demorei a entender, e comecei a gaguejar - Não, pera, não é isso, é...
Carol sorriu. Explodimos em gargalhadas.
Dei partida no carro e arranquei o veículo. O motor era potente e tive que tomar cuidado dobrado, o que deixou o caminho de algumas quadras mais demorado que devia.
Enquanto dirigia, senti Carol pousar a mão em minha perna. Um arrepio me subiu e acelerei sem querer, dando uma alavancada no carro, antes de diminuir outra vez.
Ela me olhou com espanto:
Carol: - o que foi isso? - riu.
Day: - talvez eu seja um pouco sensivel - sorri sem graça. Eu sabia que estava ficando com vergonha. Ela riu e acariciou minha nuca. Parecia se divertir em me provocar.
Respirei fundo tentando manter a calma.
Day: - Carol.
Carol: - o que? -me olhou com inocência. Inocência essa que não existia.
Day - chegamos. - estacionei o carro, dando graças a Deus.
Carol me beijou o rosto, e, de súbito, cheirou meu pescoço. Arrepiei por inteira, e então, Bruno acorda em um salto, a camisa amassada e o cabelo desalinhado.
Bruno: - Carol! Day! Céus. O que houve?
Carol ja havia se afastado mais rapida que um guepardo. Rimos.
Carol: - Day te mandou para o carro e foi me procurar. Voce apagou.
Bruno: - e onde estamos?
Day: - casa. - entreguei a chave do carro para ele e descemos.
Bruno saiu do carro atordoado, antes de travar o veículo, e seguiu para a porta.
Apontou para Carol.
Bruno: - esse não é o casaco da Day? - Carol corou, abrindo a boca para responder, mas não saiu nenhum som.
Day: - ele mesmo. - respondi de bate pronto, com a maior naturalidade do mundo. Carol disfarçou para entrar na casa.
Nos ajeitamos para dormir. Bruno resolveu dormir no sofá e deixou a cama para nós. Deitei, desconfortável, sem saber como me portar ao lado de Carol. E não vi a hora que peguei no sono, em alguma das poses desconfortáveis.

Acordei o sol mal nascia. Senti o cheiro de Carol e percebi que ela estava agarrada a mim, dormindo tranquilamente.
Espiei Bruno quase desmaiado no sofá e sorri. Eu ia dar o troco em Carol.
Cheguei em seu pescoço e comecei a beijar devagarinho, queria lhe arrepiar e deixar do modo que me deixara na noite anterior.
Carol acordou suavemente, mas sua reação foi diferente da que eu imaginava. Ela se agarrou as minhas costas e soltou um gemido trêmulo.
Corei, com diversos pensamentos invadindo minha mente, aquela voz rouca ao meu ouvido.
Day: - bom dia. - sussurrei, e só então Carol se deu conta e acordou de verdade. Ela me deu um leve empurrão, o bastante apenas para olharmos uma a outra, mas ainda ficarmos enroscadas.
Carol: -bom dia... - ela respondeu e me deu um selinho. - não faz isso...
A olhei com curiosidade.
Carol: - talvez eu seja um pouco sensível - ela repetiu minha frase da noite anterior e riu. Ri baixinho e a beijei de novo.
Carol passou a mão em minha nuca e agarrou minha camiseta na cintura, me puxando devagarinho, a medida que nos juntava, aprofundava o beijo.
Entrei em imersão em seus beijos de tal forma, que não percebia mais nada em torno.
Bruno: - Ahem.
Dei um salto a ponto de me transformar em guaxinim, me revirei na cama e caí em pé do lado da cama, humana, tentando parecer plena e planejado.
Bruno estava na beira da cama, um sorriso maroto, os braços cruzados e a sobrancelha levantada, como quem já soubesse.
Carol sentou na cama, abraçando um travesseiro, rindo, completamente vermelha, tentando se esconder.
Bruno: - olha, eu já esperava, mas vocês foram bem rápidas. - ele riu, e eu sorri sem graça, mas os dois pareciam se divertir tanto com o ocorrido que eu ri.
Day: - o que está acontecendo?
Bruno: - Ah pronto, a madame acha que eu não sabia que a Carol era doidinha por voce?
Carol: - BRUNO! - Ela jogou o travesseiro nele. Ele virou o macaco e se jogou nela, ela virou o cão e os dois começaram a correr brincando pelo quarto. Ri e virei o guaxinim, brincando com eles.
Quando os animos baixaram, Bruno foi ao banheiro e desceu falando sobre pedir para a empregada o cafe da manhã.
Eu e Carol revezamos o banheiro antes de descer.
Carol: - espero que não se importe do Bruno saber.
Day: - quem não quer que os outros não saibam não sou eu – a envolvi e beijei seu rosto.
Ela torceu a boca. Talvez eu tivesse sido grossa, mas eu não sabia outra forma de dizer aquilo. Carol pareceu relevar.
Bruno nos encontrou na sala e nos levou para o jardim. Uma mesa estava pronta a beira da piscina, e o clima estava incrivel.
Curtimos o dia, inclusive na piscina, como bons amigos. Era bom ter momentos com Carol, ela parecia segura ali apenas conosco, e era por esses  momentos com ela que eu seria capaz de esconder nosso romance do mundo.

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Iti malia que fofo
Será que as duas conseguem esconder por muito tempo?

Postando para atualizar. Se preparem que as coisas vão ficar malucas.

Beijos da vó

metamorphosis - dayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora