dor inevitável

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Day Pov

Carol olhava para o além. Parecia que o ser que habitava seu corpo havia morrido.
Nao falava ou movia. Mal piscava ou respirava. Olhava para a parte demolida do prédio, de pé, há horas, os olhos presos ao além.
Me aproximei devagarinho e coloquei uma manta em seus ombros. Ela não se moveu.
Day: - Carol?
Sem resposta.
Day: - Carol... - passei a sua frente e a olhei. Seus olhos ainda estavam no além. - Bruno já está estável. Com sorte melhora logo. Eu... Ahn... Os líderes já estão planejando o resgate das crianças. Acreditam que é possivel resgatá-las com vida, porque o exercito parece quere-los vivos.
Caroline não parecia me ouvir.
Seus olhos haviam perdido o brilho, e vagarosamente se direcionaram e pesaram sobre mim.
Seu olhar ferveu em raiva e os pelos da minha nuca se arrepiaram em alerta. Eu devia correr.
Carol: - A CULPA É SUA! - Caroline cresceu sobre mim e senti minhas costas baterem contra o que restava do chão do predio na parte demolida. Ela estava sobre meu corpo, suas mãos ardiam meus ombros, e Caroline usava uma força desumana para tentar me empurrar da beirada do prédio. - MEU FILHO PODE ESTAR MORTO E A CULPA É TODA SUA DAYANE!
eu tentava me segurar a seus pulsos, meu estômago revirou gelado e senti suar de nervoso, sem saber como me defender sem machucar Carol. Tentei me estabilizar no chão e olhava para ela, o desespero amargando minha boca, sentindo as lágrimas salinas da ruiva atingindo meu epitélio quente.
Day: - CAROL! - Chamei com a voz falhando.
Carol: - A culpa disso tudo é SUA! Sabe o que acontece? Eu poderia ter levado uma vida normal. PERFEITAMENTE NORMAL. Mas não! Você tem que arruinar tudo!
Day: - minha culpa??!
Carol: - Se você não tivesse saído do comando essa guerra nunca surgiria. Ou melhor! Se você não tivesse aparecido, se eu não te amasse da forma que me fez te amar, eu não estaria nesse universo de mestiços!
Day: - Carol você está ouvindo o que está falando?! Está me culpando como se nunca quisesse o Bernardo! Não importa o momento que entrei na sua vida ou meus erros, talvez sim eu tenha culpa de tudo isso mas o Ber? Ele entraria na sua vida de um jeito ou de outro e você o amaria e protegeria da mesma forma!
Seus olhos reavivaram e ela começou a chorar, sentando no chão a meu lado, abraçada as próprias pernas.
Carol: - E se não resgatarem as crianças? E se não houver tempo? E se... e se o Ber não estiver mais vivo?
Day: - Carol, você é a mãe dele. Você sentiria. Sabe disso.
Carol: - Day... Eu não suportaria perder o meu filho. É o MEU filho...
Sentei ao seu lado devagarinho, a reenvolvi com o cobertor e a abracei com cuidado. A ruiva se deixou abraçar. Falei baixinho:
Day: - Me perdoa... Por tudo o que for minha culpa.
Carol: - Não... Nada disso é sua culpa. Eu só...
Day: - Esta nervosa. Eu entendo. Caroline... Confia em mim. Nós vamos recuperar as crianças.
Carol: - Dayane... Você conhece o comando. Até eles realmente tomarem uma atitude... Vai ser tarde demais.
Levantei. Meu coração batia forte.
Day: - Eu sei. E é por isso que nós vamos nos arrumar agora mesmo.
Carol me olhou confusa.
Carol: - O que?
Day: - Foda-se o comando. Nós vamos recuperar as crianças.
Carol: - Ficou louca? Ir contra as regras... Você quer se matar?
Day: - Eu já fugi demais. E errei demais. Errei com você. Já passou da hora de enfrentar e fazer a coisa certa. E eu vou morrer tentando. - estendi a mão para Carol levantar, e ela aceitou. Me sorriu e roubou um beijo.
Carol: - Você é louca.
Day: - Você gosta. - sorri.
Carol: - Amo. Como vai fazer isso?
Day: - Isso o que?
Carol: - Essa loucura. Como vamos invadir o quartel general do exército só eu e você?
Sorri largamente. Carol as vezes parecia boba. Pisquei em direção a ela:
Day: - Mas quem disse que será só eu e você?

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Aaaaa
Eu to malucooo

E aí meus amores o cap é curto mas é pra dar um gostinho de quero mais

E aí? Qual o plano?

Beijos da

metamorphosis - dayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora