o resgate - pt 1

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Day POV

Carol voltou me ajudar com o banho, o curativo e a me vestir com roupas largas que ela tinha - incluindo um moletom antigo meu.
Carol: - procure não forçar esse ombro, ok?
Day: - eu vou tentar.
Ouvi um barulho vindo da sala.
Day: - quem está ai?
Carol: - o Bruno.
Segui para fora do banheiro, e, ao antrar na sala, dei um passo para tras ao me deparar com duas pessoas na sala, uma delas com um uniforme do exército.
Carol: - Day, calma. - Ela estava atrás de mim, e me segurou com cuidado. Olhei melhor para a sala, e percebi que a pessoa fardada era Arthur.
Arthur: - Dayane, eu estou aqui para ajudar. Eu juro.
Bruno: - sentem... vamos ao plano.

***

Carol POV

Meu coração partiu ao deixar Bernardo com Bruno, mas eu precisava estar com Day, pelo menos naquele momento, e não podia levá-lo junto.
Entramos no carro, depois que fiz Dayane engolir mais alguns remedios para dor, e deixamos Arthur dirigir. Ele dirigia de forma perigosa, mas nosso objetivo era tão grande e precisava que chegassemos rápido.

Art: - desçam. Precisamos ir a pé a partir daqui e esperar que o caminhão passe. Entrar com o carro agora e deixá-lo na estrada chamaria muito a atenção.
Estavamos em uma área deserta, beira de estrada. O carro foi deixado em uma vicinal e tivemos que subir um morro, ingrime o bastante, após uma mureta alta, para chegar até a estrada principal. O asfalto brilhava quente, e Arthur apontou o viaduto.
Art: - seguimos o plano ali.
Assenti. Day também. Ela estava mais apreensiva que o normal, e isso fazia minhas maos suarem. Arthur começou a atravessar o viaduto, e eu me escondi do outro lado da estrada, vendo Day se esconder a minha frente.

Sabíamos que o caminhão que transportava os irmaos de Day passaria por ali para ir ao lote do quartel. Se não os resgatassemos ali, seria impossivel invadir qualquer instalação do exército, por isso o plano era interceptar, soltar e correr.

Day suspirou me encarando. Era perigoso demais, mas era agora ou nunca.

O som de motor chegou a nossos ouvidos. Espiei para a ponte. Dois caminhões, três carros, seis batedores. Seriam em torno de dezesseis contra nós. Estremeci só de pensar.
Day deu um ultimo relance de olhar a mim e agitou a mão com força na direção dos caminhões. Um estrondo e o caminhão parecia bater em algo invisível, inclinando para frente, um impacto fortíssimo. Ouvi um urro e vi um rinoceronte -Arthur- se lançar sobre os veículos. Day se transformou em um gigantesco urso negro e também atacou. Vi os batedores se perderem assustados, tentando descobrir o que fazer, saltando de suas motos. Respirei fundo e me transformei em uma leoa, de pêlo mais avermelhado como meu cabelo, e avancei sobre eles.
Vi de relance Arthur desviar os batedores e com o chifre rasgar a lataria do caminhão. Day bateu com tanta força em um dos carros que o tombou de lado, e os batedores começaram a se transformar em lobos, atacando-a.
Corri em sua direção, tombando dois soldados, mas seus olhos pesaram sobre mim e foram em direção ao caminhão. Entendi o recado.
Me transformei rapidamente em um pequeno passaro e voei entre a luta, entrando pelo rombo causado por arthur.
O primeiro caminhão estava vazio, então me tornei um pequeno gerbil e saltei para fora, correndo até o outro caminhão.
Bingo.
Um soldado armado parecia nervoso, tentando se comunicar com alguém do lado de fora, e, com ele, cinco crianças/adolescentes presos em jaulas.
Respirei fundo e me transformei em uma serpente. Com a vida eu havia aprendido o truque mais maléfico da minha vida, e me sentia culpada de ter de usá-lo, mas quando vi o olhar daquelas crianças, eu não podia hesitar.
Deslizei para perto do soldado, e dei o primeiro bote em seu calcanhar. Ele deu um grito de dor e se voltou contra mim, mas me transformei em outra espécie de serpente (com todo a peçonha renovada) e dei outro bote. Ele tentou atirar em mim, e em uma terceira espécie, piquei sua mão, depois a outra. Continuei me transformando em várias espécies: crotalicas, botropicas, toda serpente peçonhenta que possa imaginar, principalmente as de bote rapido.
O truque mais maléfico que eu ja vira em minha vida: a mistura de venenos no sangue da vítima se tornava basicamente impossível um tratamento a tempo: seus órgãos iriam falir logo.
Quando o soldado caiu a minha frente, dei o ultimo bote e me transformei em um símio, saltando até a primeira jaula.
Dentro dela, um jovem menino Orc: Dylan continuava com o olhar inocente, e parecia assustado. Me transformei, o olhando.
Carol: - fica calmo... eu vim tirar voces daqui. Eu e Day.
Dylan: - t-tia Carol?
Carol: - eu mesma... - sorri, dando um jeito de abrir a jaula. Ele se levantou e consegui arrebentar suas amarras -me ajude a soltar seus irmãos. Anda, não temos muito tempo.
Dylan chegou nas gaiolas onde haviam as outras crianças: Henrico, o menino elfo, agora um adolescente incrivelmente bonito. Maju, uma jovem loura, tinha desenhos magicos pintados em seus braços. Eduardo, o menino de óculos, continuava parecendo uma criança magricela, mas tambem tinha os braços cobertos por desenhos mágicos. E Beatriz, a mais velha, cabelo castanho e olho verde, o corpo atletico.
Beatriz sequer falou comigo: vi ela se transformar em um enorme bisao e arrebentar a porta do caminhão, se lançando em direção a batalha, ajudando Arthur.
Me preparei para saltar atrás, quando uma das crianças gritou atras de mim.
Henric: - CAROL!
girei sobre os calcanhares para me deparar com Dreicon, o menino preso pelo pescoço e uma arma apontada para sua cabeça.
Dreicon: - Carol, Carol... onde pensa que vai com os meus meninos? - Falou ácido, seus olhos brilhavam maníacos em minha direção.

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Demorei
Mas apareci.
Agoniante quando termino os capítulos assim. Mas adoro vocês pirando!
Amo vocês, até o proximo capitulo.

Beijos da vó.

metamorphosis - dayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora