Day POV
Levei Carol para a escada de emergência. Ela me olhou desconfiada, mas continuou comigo. A escada estava vazia, e a tomei pela mão, vendo ela sorrir e me acompanhar escada acima.
Continuei subindo, até a porta que dava para o telhado.
Abri a porta e passei ao telhado. Ninguém costumava ir lá, mas o telhado tinha bancos de concreto e vasos de diversas plantas, que o zelador cuidava.
Carol: - que lugar incrível! Como você...?
Day: - eu sou amiga do zelador, por incrivel que pareça. Descobri o telhado e ele quem cuida de tudo aqui. - sorri a levando para uma area aberta do telhado.
Lá, um telescópio.
Carol apenas me olhou, um sorriso bobo na boca.
Day: - clube de astronomia. Confesso que eu não sei nada disso mas... um dos nerds me ensinou.
Carol: - Day!
Sorri e abri o telescópio. Regulei as lentes e lhe dei espaço.
Day: - dá uma olhada. - sorri e sentei no banco. Fiquei olhando carol se maravilhar.
Carol: - quem são?
Day: - ursa maior. Da para ver a olho nu, mas pelo telescópio é mais bonito. Dizem que estas constelações sempre regeram os metamorfos. - sorri. - agora olha pra lá. - apontei e esperei ela regular o telescópio. - vê essas três estrelas alinhadas? Chamam de três marias. Elas fazem o cinturão de orion. Orion está posicionado em luta contra touro. Ele rege os feiticeiros. Touro os elfos.
Carol: - eu não imaginava que você sabia sobre isso...
Day: - por incrivel que pareça, eu sei muito esse lado místico. Por causa da família.
Carol: - os livros da sua avó? - ela se sentou ao meu lado, olhando para o céu.
Day: - ahn? É. Claro. Também. - sorri, olhando as estrelas.
Deixamos o silencio pairar, um silencio gostoso com a brisa soprando no telhado.
Day: - sabe qual a constelação que eu mais gosto?
Carol: - qual? - me olhou.
Sorri.
Day: - a dos seus olhos. - sussurrei, me aproximando de sua boca. Carol sorriu, avermelhando sob as sardas, e me puxou a um beijo, acariciando minha nuca. Me arrepiei, me colando mais a ela, nossos beijos cada vez mais apaixonados.
Carol partiu o beijo e colocou a testa na minha. Depois ergui o rosto para beijar sua testa, com carinho, e sorri a olhando.
Day: - Carol eu...
Carol: - você...?
Day: - eu acho que... acho não. Eu sinto. Eu sei. Eu... te amo. - senti as bochechas corarem, e ela me olhou com surpresa, radiante, sorridente.
Carol: - eu também amo você... - sussurrou me dando um beijinho, e depois outro beijo, mais profundo.
Partimos, sorrindo, e acariciei seu rosto.
Puxei meu violão que estava ali perto.
Carol: - você toca?
Day: - um pouco. Acho que tenho que te revelar cada segredo meu, hm?
Carol sorriu: - deve...
Ri e desviei o olhar, começando a dedilhar o violão. Comecei a tocar uma musica autoral, em uma versão acústica lenta, mas um barulho nos interrompeu.
Eu e Carol viramos para trás no susto, e eu pousei o violão de lado.
Dreicon estava na porta. Os olhos vermelhos e a respiração acelerada.
Dreicon: - Dayane! - sorriu com maldade. - consegui te farejar. Está me evitando? - ele caminhou trôpego até nós, e senti ameaça arrepiando os cabelinhos da nuca.
Levantei e me afastei de carol, alguns passos para trás.
Ele não tinha atenção nela. Continuou seguindo em minha direção, crescendo em raiva.
Day: - Surto agressivo... - Surrurrei para mim, mas percebi pela visão periferica Carol ter escutado e me olhado com espanto.- Dreicon, respira. Nada aconteceu. - ele bufou em minha direção, exalava o exagero de alcool. - você bebeu, está confuso.
Dreicon: - eu sei bem o que você fez, Dayane.
Meu coração palpitou e eu gelei. Continuei tirando ele de perto de Carol, mas senti meu quadril bater no parapeito do telhado. "Droga!" Pensei.
Day: - D-do que está falando?
Dreicon chegou bem perto de mim, o cheiro do alcool me fez desviar o rosto e tossir.
Dreicon: - Não se faça de burra, Dayane! - ele rosnou alto. - você tirou TUDO o que eu tinha. TUDO. É a nova musa popular da escola. Todo mundo gosta de você. CAROL anda com você. Eu estou há um ano e meio tentando me aproximar dela e você vira amiga dela em semanas. Os rapazes preferem você! Ou acha que eu não vi Arthur brincando com vocês lá embaixo? Meus pais preferem você. Queriam que eu fosse como você. Os professores amam você. Você não passa de uma traíra. Até minha vaga de melhor aluno de transformação você arrancou de mim.
Day: - Dreicon você esta louco?! Eu não arranquei nada de você. Todo mundo te adora! Você não é assim. Você não quer fazer isso.
Dreicon: - eu quero é arrebentar a sua cara.
Day: - Dreicon... - olhei para Carol. Eu ia evitar briga. Voltei a olhar para ele. - Dreicon... por favor... - respirei fundo - você pode ser expulso.
Ele não me deu ouvidos. Estava cegado pela bebida.
Senti suas mãos colarem em torno do meu pescoço, e eu tive a reação de segurar suas mãos. O ar começou a me faltar, e ouvi Carol gritar para que ele parasse.
Apertei os olhos e me transformei para fugir de suas mãos.
Dreicon: - esse truque de novo não! - ele gritou. Sua mão me agarrou em forma de guaxinim, pelo couro do pescoço, e eu soltei um grito de dor.
Ele me ergueu na altura de seus olhos, e eu não podia reconhecer meu amigo naqueles olhos selvagens. Ele nada disse. Apenas senti o movimento e meu corpo pairar no ar.
O telhado se afastava rapidamente.
Dreicon olhava da beira do telhado. Ouvi Carol gritar por meu nome, colando no parapeito do telhado.
Eu estava caindo rápido demais.
Se eu tentasse virar ave e planar, ia virar carne de pastel no chão.
Fechei os olhos. Era minha única chance.Caí em pé. Quero dizer, sobre minhas quatro patas. Respirei fundo, abrindo os olhos para mim mesma, o corpo esbelto coberto por pêlos negros, o animal cujo instinto era cair sempre em pé. Tremi de pavor e me encolho antes de olhar para cima:
Carol me olhava com espanto, e pude ler em seus lábios um sussurro.
Carol: - agouro?!-------
Aooo pessoal
O que estão achando?
Eu conversei com algumas leitoras e elas optaram pela história mais pesada. Então se alguém tem alguma sensibilidade com alcoolismo, agressividade, relacionamentos abusivos, abuso, ou neuroatipias, peço que tenham cuidado ao ler a fic e parem se sentirem-se sensibilizadas.Esperavam Dreicon jogar Day do telhado?
E Dayane ser o próprio Agouro?Fiquem ligadas
Beijos da vó.
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metamorphosis - dayrol
FanfictionCarol levava uma vida comum no colegial. Gostava de sair com seu melhor amigo, Bruno, e não entendia os motivos de o garoto mais bonito do colégio, Dreicon, ter interesse nela. Mantendo sua rotina, Carol vê seu amado cotidiano em jogo com o aparecim...