Carol POV
Carol: - você pirou?! - gritei com Dreicon, lhe dando um empurrão. Quando ele percebeu eu estar ali, parecia ter levado um choque de realidade. Sua feição mudou para espanto e confusão, e ele empalideceu, encolhendo a postura.
Dreicon: - Carol?
Carol: - Eu não consigo acreditar que você fez isso! Você tentou matar a Day!
Ele arregalou os olhos.
Dreicon: - eu o que? Não! Eu... - ele olhou para baixo do parapeito, depois para mim. - Carol eu juro que...
Carol: - Cala a boca! - coloquei a mão na testa. Então vi um vulto se mover: Agouro... ou Dayane... passou a correr, mancando.
Não hesitei. Me afastei rapidamente de Dreicon, coloquei o violão de Day nas costas e saltei do telhado, virando o pássaro vermelho, me lançando em vôo o mais rápido que eu conseguia, atrás do gato preto que corria claudicante.
Carol: - Day!
Day: - Vai embora! - ela se colocou a correr por entre as arvores do bosque, mas eu não deixei de segui-la.
Carol: - eu quero conversar!
Day: - Não tem o que a gente conversar!
Carol: - Ah tem sim! - decidi fazer um movimento arriscado. Assim que Day saiu de entre as árvores para um campo aberto, me joguei contra o gato me transformando no jack russel.
Atingi Day e ela se desequilibrou na descida do campo aberto. Começamos a rolar pela grama e eu senti que ela estava sr transformando em forma humana, Então eu fiz o mesmo, usando toda a força que eu tinha.
Senti o impacto de pararmos de rolar, nas mãos e nos joelhos. Apenas torci para que o violão as minhas costas estivesse inteiro. Abri os olhos, e eu estava sobre Day, sentada em seu quadril, as maos apoiadas no chão ao lado de seu rosto e de seu ombro.
Dayane era mais forte que eu, e tentou levantar. Mas eu cresci brigando com meus irmãos. Atravessei o braço na frente de suas claviculas e a empurrei de volta ao chão, e deslizei meu quadril para cima de seu diafragma, tirando totalmente seus pontos de equilíbrio para levantar.
Ela bufou frustrada, sem conseguir levantar.
A encarei.
Carol: - se você ousar se transformar para fugir, eu vou te caçar até a morte. - rosnei.
Day parou de se debater e me olhou em silêncio. Suspirou.
Day: - eu to ficando sem ar. - falou baixo.
Carol: - prometa que não vai fugir.
Day: - eu prometo... - suplicou.
Respirei fundo e voltei o quadril sobre o seu, mas mantive as mãos em suas costelas, caso precisasse a prender mais fortr outra vez.
Ela pousou a cabeça para tras, no chão, se dando por vencida.
Day: - Carol, nessa posição eu não consigo te explicar nada.
Carol: -por quê? - perguntei em real inocência. Ela me olhou, a boca aberta para dizer, mas não conseguiu. Apenas extendeu as mãos para mim, aí então entendi o recado. Meu rosto ferveu, mas eu não ia deixar ela me desarmar desse jeito.
Carol: - pare de me distrair. Você tem muito o que explicar e eu não estou confiando em soltar você.
Ela suspirou.
Day: - Me dá o voto de confiança que eu explico tudo. Juro. Mas nessa posição... não vai rolar eu explicar nada.
Me dei por vencida e levantei, arrumando minha saia. Dayane desviou o olhar, toda respeitosa, e eu ajudei ela a levantar.
Carol: - você está bem?
Day: - to ótima, só caí de uma altura de quatro andares. - ela falou sarcástica.
Carol: - gatos caem de pé...
Day: - você sabia que eu ainda estou com marcas do dia que vocês me atropelaram?
Carol: - me desculpa por isso mas foi o Bruno. A gente não viu você. - tirei o violão das costas, que graças a Deus estava inteiro, e lhe entreguei. Ela enroscou o violão e olhou em torno. Perguntei: - o que foi?
Day: - vendo se Dreicon não nos seguiu. - ela falou baixo. Depois me olhou e sorriu sem graça. - olha, eu juro pra você que eu não sou maníaca, eu não te seguia por maldade.
Carol: - então você me seguia?! Day eu não acredito que você me trouxe tanto azar. Toda vez que você aparecia de gato algo dava errado.
Day: - isso não é verdade.
Carol: - ah não? Por exemplo... eu quase fui atropelada e daí te vi!
Day: - aquela noite eu te tirei do caminho do carro.
Carol: - o que? Por que?
Day: - como que você pergunta pra alguém por que ela salvou sua vida?
Carol: - desculpa... aliás... obrigada. Eu...
Day sorriu.
Day: - Me apaixonei por você desde que te vi. A maioria das vezes que nos encontramos foi coincidência de estarmos no mesmo lugar. Eu juro que não te trago má sorte. - ela mordeu o labio. - Ou talvez eu traga porque eu revirei sua vida. Eu sinto muito por isso.
Balancei a cabeça e lhe roubei um selinho.
Carol: - o jeito que você bagunçou tudo... eu gosto dele. Eu gosto disso. Eu gosto de você. Mesmo sendo o gato preto da minha vida. - ri.
Day sorriu e percebi ela corar suavemente, mesmo sob a luz da lua.
Ela era linda.
Carol: - agora... sério. Me explica o que está acontecendo. Por que me escondeu ser o agouro?
Day: - vai continuar me chamando assim, real?
Sorri.
Carol: - ah, é meu apelido carinhoso para o gato preto que ronda minha vida.
Ela sorriu.
Day: - acho mais fácil eu te mostrar. Vem comigo. Tenho... muita coisa para te explicar.Day POV
Eu havia sido descoberta por Carol. E mesmo assim ela ficou ao meu lado. Eu não podia mais esconder meus segredos dela. Não havia porquê. Respirei fundo, minhas articulações ainda doíam do tombo, mas em casa eu resolveria isto. Segui o resto do campo em direção a casa dentro daquela pequena chácara, onde estávamos. Minha casa.
Carol me seguiu em silêncio.
Day: - olha... O que você vai descobrir sobre mim, eu... por favor. Não se espante. - mordi o lábio, nervosa.
Carol negou com a cabeça e enroscou no meu braço, e senti o corpo acalmar da ansiedade.
Carol: - Confio em você.
Olhei para o céu e sorri. Vi Carol se admirar com o tamanho da casa a medida que nos aproximávamos.
A casa tinha dois andares, mas era enorme. Tudo vai se explicar. A questão é, era noite, as luzes espalhadas pelas janelas e o som de conversas e agito dava para se perceber de fora.
Um vulto se moveu pela janela, e eu apenas apertei os olhos quando ouvi uma voz infantil gritar, seguido do som de passos agitados e muitos, mas MUITOS objetos batendo.
- MÃÃÃEEEEE... A DAYANE TROUXE ALGUÉM.---------
E ai gente? Como é que cês tão?Segue aí um capitulo. Quais será que são os segredos da Day?
Fiquem ligados
Beijos da vó
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metamorphosis - dayrol
FanfictionCarol levava uma vida comum no colegial. Gostava de sair com seu melhor amigo, Bruno, e não entendia os motivos de o garoto mais bonito do colégio, Dreicon, ter interesse nela. Mantendo sua rotina, Carol vê seu amado cotidiano em jogo com o aparecim...