o reencontro

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Carol POV

Instintos serão sempre instintos. Siga-os e jamais estará errado.

Sentei em um banco no parque naquela manhã de sábado, observando a movimentação sob a brisa suave que embalava o dia. Sabado era um dia sagrado. Eu reservava ele todo para Bernardo, tentando compensar a semana que eu o deixava quase sozinho. Não era facil trabalhar numa empresa grande, internacional, mas ao menos me rendia o bastante para a criação do meu menino. Por mais que fosse sabado, olhei para mim mesma. Vestia uma roupa elegante, eu não saía mais de casa sem maquiagem, e me senti ter me tornado uma mulher muito madura em pouco tempo. As circunstancias me fizeram assim, certo?
   Bruno estava brincando com Bernardo, correndo pela grama, e aa memórias passavam em minha cabeça.
Respirei fundo tomando um gole do meu café, quando senti então meu corpo inteiro arrepiar. Era um arrepio diferente. Não era medo, mas não era bom. Era uma sensação de alerta.
Olhei em torno. Nada.
Tentei farejar o ar.
O perfume familiar me fez o coração disparar. Imediatamente levantei do banco, de súbito, e a voz irrompeu o ar.
...: - te encontrei. eu voltei.
Me virei nos calcanhares rapidamente, me deparando com a pessoa que abalava tudo o que havia em mim. Ela se moveu como a me abraçar ou beijar, mas dei um passo atrás.
Dayane estava linda. Havia se tornado uma mulher maravilhosa, eu não podia negar. Ela possuía uma postura confiante, estava séria, e usava uma camisa solta, calça alta de risca e sapatos. Suas mãos nos bolsos, os cabelos em um coque alto.
Seus olhos despencaram em mim, e ela continuava séria. Tirou as mãos dos bolsos e esfregou uma na outra.
Day: - me perdoe. Eu sei que eu demorei um pouquinho.
Dei mais um passo atrás, negando com a cabeça. Meu coração estava disparado, mas eu tinha que manter a racionalidade. Eu a amava, eu sabia disso, mas eu me sentia abandonada.
Carol: - Um pouquinho, Dayane? Foram cinco anos. CINCO! Cinco anos que eu fiquei a te esperar, igual uma idiota. Você não me procurou. Não me mandou uma mensagem sequer. Nada! Você só desapareceu da minha vida e espera que eu te receba de braços abertos?
Day: - Me perdoe. As coisas estavam difíceis.
Carol: - Dificeis, Day? Claro, porque a minha vida tem sido fichinha, não é mesmo? Você tem muito o que me explicar e eu espero que as desculpas sejam muito boas.
Day abriu a boca para contestar. Fechou outra vez.
Uma vozinha então cortou o ar.
Ber: - Mamãe, Mamãe!
Meu pequeno veio correndo em seus passinhos desastrados. Segurava algo na mão, e o vento jogava seus fios de cabelo finos lisos e quase cristalinos de tão louros para trás. Já estavam compridos e eu tinha de cortar. Seus olhinhos azuis de centro dourados estavam fixados em mim, e ele sorria gostoso, orgulhoso de algo.
Bernardo agarrou a minha perna e me mostrou um inseto que havia capturado. Acariciei seu cabelo parabenizando, quando então ergui o olhar para Day, e senti meu sorriso sumir. Day me olhava desconcertada, olhava para Bernardo e entao para mim.
Day: - mãe?
Ok. Talvez ela não fosse a única que devia boas explicações.
Suspirei, enquanto Bruno se aproximava. Ele olhou em choque para Dayane, e nós três ficamos nos encarando, enquanto Bernarno brincava com seu besouro.
Respirei fundo. Eramos adultos, afinal.
Olhei para meu filho.
Carol: - Bernardo, modos. Dê oi para a tia.
Meu loirinho olhou para Day, soltando um curto e tímido oi. Ele lhe deu o besouro, e Day se abaixou para falar com ele.
A morena ergueu o olhar para mim:
Day: - Carol, esta criança...
Olhei para Bruno. Ele continuava chocado. Respirei fundo.
Carol: - o que acham de ir ao Dinner? Temos muito o que conversar.
Peguei Bernardo no colo e comecei a andar, virando para trás:
Carol: - vocês vem?

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Ta confuso. não ficou como eu queria e o wattpad ta um lixo depois da att.

É isto.
Beijos da vó.

metamorphosis - dayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora