Day POV
Acordei no susto. Minha cabeça doía, os ouvidos zuniam e a boca estava seca. Pisquei várias vezes até conseguir me acostumar com a luz e entender onde eu estava. Era um dos quartos brancos que usavamos de enfermaria em um dos prédios que usavamos de QG pelo mundo. Respirei fundo, vendo descer pelos meus braços tanto uma transfusão de sangue quanto um soro. Era espantoso pensar que para precisar dos dois eu provavelmente estava mal para um ****.
Levei a mão ao cateter. Eu nao queria ficar ali e a vontade era sair correndo. Odiava hospitais, enfermarias e toda essa coisa de ficar internado.
- nem pense. - era Carol.
Olhei para o lado e ela estava séria, sentada, um livro no colo. Larguei os cânulos. Não pude evitar um sorriso de vê-la ali.
Carol: - você sabe o susto que nos deu?
Day: - o que aconteceu? Como viemos parar no QG?
Carol: - soma de fatores... você perdeu muito sangue, e de alguma forma dreicon inoculou algum tipo de peçonha em você. Você poderia ter morrido, Dayane.
Day: - eu estou bem. Como viemos parar no QG?
Insisti em perguntar sobre o quartel general. Carol cruzou os braços.
Carol: - sério que é essa a sua preocupação? Você quase morre. As crianças estão todas em observação. Meu filho está aqui, para ficar em segurança. E você se preocupa em como que chegou aqui?
Day: - eu preciso achar Dreicon.
Carol: - você tem que descansar.
Day: -ele é perigoso.
Carol: - Dayane, para! Você está tão maníaca por isso quanto ele!
Parei. Aquelas palavras me atingiram em cheio. Suspirei.
Day: - como estão as crianças?
Carol: - todos fisicamente bem. Preocupados com você.
Day: - eu preciso sair daqui Carol.
Carol: - voce tem que melhorar.
Day: - eles vão vir atrás de novo. A gente... e se eles invadirem o quartel general?
Carol: - eu sei. E vamos sair. Pegar eles de surpresa. Você vai ver. Mas você tem que se recuperar. Faça suas poções sei la. Day... é sério.
A fitei. Ela me olhou, profunda.
Carol: - eu estou com você nessa. Me ajude a te ajudar.
Suspirei. Não tinha como dizer não para aquela carinha, ainda mais vindo da mulher que tanto amei.
Day: - tudo bem. Para me recuperar o quanto antes.
Carol: - ótimo.
Bruno: - podemos entrar? Bernardo estava perguntando da mamãe.
Carol sorriu e seu filho correu até seus braços, subindo em seu colo.
Ber: - dodói? - apontou para mim. Carol assentiu e acariciou seus cabelinhos louros e ele, o rosto dela com suas mãozinhas gordinhas. Eu podia ver o amor que eles tinham e por um momento me doeu pensar que eu podia fazer parte disso... mas desperdicei minha chance.
Bruno: - querem que eu chame o medico?
Assenti. Queria sair logo dali. Sair dali e talvez ter a chance de poder criar uma vida decente. Sem fugir. Sem correr. Poder ficar. Talvez... só talvez... Ter Carol outra vez.***
Carol POV
Era dificil ver Dayane ter ficado frustrada pelos tres dias seguintes: que não a deixaram sair do internamento. A segurança do qg aumentava e fiquei feliz ao ver que todos os hibridos aceitavam eu, Arthur e Bruno, não-hibridos, como pertencentes ao seu grupo.
O quartel general dos hibridos tinha muita coisa. Enfermaria, dormitorios, salas de aula, ginasios de treino. Era uma organização imensa.
Algum superior mandou uma equipe até meu apartamento, e, a casa de Bruno (com ele) pegar coisas necessárias para que ficassemos os proximos dias no QG, longe o bastante de Dreicon.
Quando Dayane foi liberada do internamento, ela sumiu por todo o QG. Ninguém a encontrava. Meu medo era que ela tivesse fugido para encarar o exército sem nós, mas meu coração sabia que não.
Seis horas depois de seu sumiço, vi o gato preto se aproximar de meu filho. Eles brincavam um com o outro: Bernardo, em sua forma de gatinho, tentava caçar a cauda de Day, que fingia estar sofrendo com os ataques do poderoso felino.
Me transformei em cão e me aproximei deles, latindo. Dayane deu um salto de susto, voltando a forma humana, enquanto Bernardo chiou para mim. Me destransformei e explodi em gargalhadas:
Carol: - Bernardo, você é o menino mais corajoso que eu já conheci. - sentei no chão do playground interno com eles e o peguei no colo. Ele brincava com um aviãozinho, e eu admirava o fato de que ele se sentia extremamente à vontade perto da morena.
Olhei para Dayane. Ela sentou a minha frente, e seus olhos pesaram nos meus. Dayane estava ainda um tanto pálida, magra, e parecia exausta. Mas seu sorriso de quem estava livre daquela cama de hospital iluminou seu rosto de uma forma que meu coração errou uma batida.
Bernarno me olhou confuso. Ele ouvia. Depois voltou a mexer com seu brinquedo.
Carol: - te assustei, hm?
Day: - eu estava fingindo.
Carol: - uhum, gatinho assustado.
Dayane riu. Pegou um brinquedo de helicoptero e entregou para Bernardo, que comecou a brincar de guerrinha com seus veículos aéreos, fazendo barulhos de explosões. Ah meu filho, se voce soubesse!
Day sorria para ele. Percebeu que eu a olhava, e entao se ajeitou novamente em uma posição desconfortável: ela estava com vergonha à minha frente.
Carol: - o que foi?
Day: - ahm. Nada. Eu só... pensei bastante.
Carol: - criou algum plano?
Ela sorriu sem graça.
Day: - não foi muito sobre isso que pensei. Mas... Não. Nenhuma ideia não suicida o bastante.
Suspirei. Ao menos ela estava considerando o que eu havia pedido.Uma voz então soou atras de mim, e, com ela, o rosto de Day um misto de surpresa e alegria:
- então eu finalmente encontrei você parada em um QG.
Virei para ver quem era. Um rapaz de cabelos compridos, cacheados, sorriu encantador.
Dayane levantou em um salto, sorridente, correndo até ele para abracá-lo.
Day: - VITÃO!------
E aí amores? Eu sei, sumi por uns dez dias MAS AQUI ESTOUAtualizando cap pra vocês.
Minha vida está bem corrida. Eu amo vocês tá? Não esqueçam. Eu volto logo.Beijos da vó.
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metamorphosis - dayrol
FanfictionCarol levava uma vida comum no colegial. Gostava de sair com seu melhor amigo, Bruno, e não entendia os motivos de o garoto mais bonito do colégio, Dreicon, ter interesse nela. Mantendo sua rotina, Carol vê seu amado cotidiano em jogo com o aparecim...