família

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Carol POV

Day abriu a porta da casa e entrou, e eu a segui. A entrada da casa era uma espécie de salinha. Para a esquerda, a sala de estar. Para frente, a escada do segundo andar e um corredor que, futuramente, eu descobriria que dava para escritório, garagem, armário de vassouras e quintal. A direita, a sala de jantar que passava para a cozinha.
Day: - Mãe. Cheguei. - anunciou.
Mulher: - Oi filha. Dani avisou. Você voltou cedo. - ela esticou o pescoço pela porta que dava para a sala de jantar. Era uma mulher com aparência meia idade, um sorriso bonito e coque.
Duas crianças e um filhote de veado passaram correndo entre mim e Dayane, e eu sorri surpresa, aquele som maravilhoso que eram as gargalhadas das crianças.
Day: - Henrico! Quantas vezes a gente tem que dizer para não se transformar dentro de casa?
O filhote de cervo veio até ela, e day coçou sua cabeça, sorrindo.
Henrico: - Desculpa mana.
Day: - olha para você, seus chifres estão nascendo.
O menino se destransformou em um garotinho com dentinhos afiados, sardas e orelhas suavemente pontudas. Ele sorriu maravilhado e saiu saltitante.
Percebi duas crianças me espiarem do topo da escada, e saírem correndo quando eu os vi.
Um barulho veio da sala, seguido de um grito.
- MANHÊ!
Mulher: - Dayane você faz o favor? Eu estou um pouco ocupada aqui. DANIEL! DESCE DO LUSTRE, MACAQUINHO!
Day riu sem jeito, me olhando, e foi para a sala. A segui.
Na sala haviam em torno de cinco ou seis crianças de idades diferentes. Duas rolavam no chão, brigando, e havia uma menina loura de cabelos compridos em cima do sofá. Seria ok se ela não tivesse flutuando, de ponta cabeça, enquanto lia um livro.
Day revirou os olhos e se aproximou dos gêmeos que brigavam, separando os dois pelas camisetas. Deu um mini esporro e voltou até mim.
Day: - Desculpa, eu...
???: - Tia.
Olhei para baixo. Um pequeno ser, acho que uns cinco anos, deu um puxaozinho em minha saia, para me chamar a atenção. Olhei melhor para o menino. Ele tinha a pele acizentada com marcas azuis, os olhos brm escuros e um dentinho para fora da boca.
???: - Tia, meu dente de leite caiu - ele me disse entusiasmado, me mostrando na mãozinha uma presa do tamanho do meu polegar.
Carol: - Uau... nossa eu... que legal! Já já nasce um novo...
???: - to ficando mocinho! - ele riu e saiu correndo atras de outra criança, dando rugidinhos.
Olhei para Day.
Carol: - o que ele...?
Day: -Dylan é um orc.
Carol: - ORC?
Day: - é, um orc, você sabe o que é um orc?
Carol: - Der, eu sei o que é um orc. Mas eles não estavam... extintos? Como vocês tem um orc?
Ela cruzou os braços.
Day: - Eu não TENHO um orc. Ele é meu irmão.
Carol: - desculpa não foi o que eu quis dizer... é que...
Day: - não, eles não foram extintos. - dayane riu. - É. É uma longa história.
Carol: - Como seus pais tiveram um orc?
Day me olhou com deboche:
Day: - adotado, Carol. Eu tenho duas irmãs de sangue, mais velhas. As outras crianças meus pais adotaram. Por causa de mim. - ela sorriu para uma menina que se aproximou de mim e me deu uma flor.
???: - tó. - e saiu assim que eu agradeci.
Day a fitou sair. Depois olhou para mim. Tinha um sorriso moleque nos lábios, daque tipo orgulhoso.
Carol: - por causa de você?
Day: - é, porque...
Mulher: - Dayane que modos são esses? Como não me diz que tinha trago visita? - ela se aproximou de mim e me deu um beijo no rosto. - você deve ser a Caroline, Dayane fala muito de você.
Olhei questionando Day, ela corou e riu sem jeito. Sorri para a mulher.
Mulher: - Eu sou a Selma, mãe da Dayane. Me apelidaram de Joana, caso queira. Você já jantou? Quer jantar conosco? DAVI AJUDA O DANIEL A ARRUMAR A MESA, PÕE MAIS UM PRATO. Voce vai jantar com a gente.
Day: - Mãe!
Carol: - tudo bem - ri baixinho, e dona Selma sorriu. - seria uma honra.
Day me olhou agitando a cabeça negativamente, como em desespero, mas eu sorri e fui atrás de Dona Selma.
Carol: - Por que Joana?
Selma: - Casa. Da. Mãe. Joana. DAVI! olha aqui moleque!
Ela agitou uma colher de pau na direção de um sagui super ágil.
Day parou sob as escadas e chamou por outros irmãos. Quantos será que eles eram?
Ela entrou na sala de jantar, ao meu lado. Era uma mesa comprida, com muitas cadeiras de todos os tipos. Ela foi até uma ponta e sentou, me chamando para sentar ao seu lado. Em poucos minutos, aquela mesa estava rodeada de criancas de diferentes idades, agitadas.
Day apontou um a um.
Day: - Lara e Sophia. - eram duas morenas mais velhas. Lara parecia uma fada, enquanto Sophia uma rockeira. - Eduardo - apontou um menino de óculos que brincava com um sapo. - Daniel e Davi. - eram dois gêmeos, ruivos, um de cabelo espetado e outro de cabelo tigela.  - aquele é o Henrico, e ele veio com o Francisco. - apontou os dois meninos de orelhas pontudas. - Maju - a menina loura que voava. - Caio e Felipe - os gemeos que lutavam na sala. - Rafaela e o Douglas - as duas crianças morenas que corriam com Henrico mais cedo. - Milena, Simon, Dylan. - eram tres mais novos, mais na ponta, conversavam entre si tranquilamente. Milena, a menina da flor, e Dylan, o orc. - e por ultimo, Brian e Beatriz. - os dois que me espiaram da escada, cabelos castanhos, sardas e olhos verdes.
17 irmãos, mais Day e as supostas irmãs mais velhas... 20 filhos. Não era a toa que eles tinham uma chacara e uma casa enorme.
Dona Selma sentou-se na ponta, conosco, e pediu silêncio à mesa.
Selma: - queridos, temos visita hoje. Vocês sabem se portar. Essa é a Carol, amiga da Dayane. Sejam educados.
Douglas: - quando eu vou poder trazer meus amigos?
Eduardo: - é.
Rafaela: - Edu você nem amigos tem!
Beatriz: - Rafa!
Brian: - Eu também quero!
Francisco: - vocês namoram?
Henrico: - vocês se beijam? - deu um beijo no ar.
Corei.
As crianças falavam todas ao mesmo tempo, e vi Dayane deslizar na cadeira como se quisesse se esconder sob a mesa.
Lara: - SILENCIO TODO MUNDO!
Todos pararam e olharam na direção dela.
Selma: - Obrigada filha.
Sophia: - Eu posso?
Selma: - Toda.
Sophia, a punk, agitou as mãos no ar. Da cozinha, os pratos de comida vieram flutuando, e pousaram distribuídos sobre a mesa. A comida parecia realmente apetitosa.
Maju: - por que é sempre a Sophia?
Douglas: - Porque você derrubou o peru no dia de ação de graças ano passado!
Maju: - Foi culpa do Bryan!
Bryan: - Ei!
Eu comecei a rir. Aquele agito todo me fez lembrar de quando eu era menor e meus irmãos moravam comigo. Aquele ambiente era um Lar.
Dona Selma deixou que as crianças conversassem e se servissem, e puxou assunto comigo. Sobre escola, sobre minha família, nada fora do comum.
Terminamos de jantar, e as crianças sairam pela casa. Lara e Sophia tiraram a louça e saíram da cozinha, e dona Selma foi para lá. Levantei e a segui, com Day atras de mim.
Carol: - eu ajudo.
Selma: - Ah não, não precisa.
Carol: - Eu faço questão. - Sorri ao vê-la sorrir para mim.
Selma: - Dayane sempre soube escolher bem as pessoas. - ela começou a lavar um prato, e me entregou com o pano. Fui secando e deixando as louças no armário. Day se juntou a nós e guardava a louça.
Day: - Mãe, eu trouxe Carol para conversar e tal. Se importa se ela passar a noite?
Selma: - Mas é claro que n... MENINOS EU ESTOU OUVINDO ESSAS RISADINHAS SE VOCÊS CONTINUAREM A ESPIAR NOSSAS CONVERSAS VOCÊS VÃO LEVAR UMA CHINELADA!
Alguem gritou algo como "não me pega!"
Day olhou pra Selma.
Selma: - Pode.
Não entendi o que aconteceu, mas quando me virei para ver, Day estava de braços cruzados olhando para a porta.
Davi e Daniel estavam no chão.
Davi: - Ai mana, assim não vale!
Daniel: - É, é injusto.
Day gargalhou: - Parem de ser enxeridos e vão se arrumar para dormir.
Os dois reclamaram mas sairam da sala de jantar.
Selma: - como eu dizia, tudo bem. - Ela me sorriu. - Sinta-se da família, Carol.
Não pude conter minha paz ao ouvir aquilo, e agradeci.

Day POV

Terminamos de ajudar minha mãe e puxei Carol pelas escadas. O agito na casa continuava, crianças correndo pelo assoalho.
Respirei fundo e abri meu quarto. Ela entrou e fechei a porta atrás de mim.
Carol olhou meu quarto com atenção. Meu quarto não era grande coisa. Uma cama, um pufe onde eu deixava o violão -alias, eu havia esquecido ele na entrada da casa e estava torcendo para que os meninos não o pegassem- minha mesa de estudos, as prateleiras de livros, ao lado de um painel de fotos, e o guarda-roupa com espelho na porta. Mas, havia uma coisa especial nele. Pelas paredes e teto eu havia respingado tinta que brilha no escuro, transformando meu quarto em um pequeno universo. Sorri, sem jeito, acendendo a luz.
Day: - desculpe acabar com seu clima.
Carol: - é lindo. - sorriu, aquele sorriso lindo, virando para mim. Ela se apoiou na escrivaninha, e eu sentei na cama, de frente para ela. - então... tem algumas coisas para me contar. Eu adorei sua família, mas... me explica. Como assim são adotados por sua causa?
Respirei fundo, pensando por onde começar.

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Yaaay esse cap nao ficou como eu queria mas ficou fofo.
O que acharam da família da Day?
Espero que tenham se apaixonado como eu.

Enfim
Até o proximo capitulo

Beijos da vó

metamorphosis - dayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora