copos vermelhos

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Carol POV

Estava distraida, quando Dayane colocou um copo de café preto a minha frente. Agradeci.
Carol: - quanto?
Day: - minha conta.
Carol: - vou ficar mal acostumada assim...
Day: - eu não ligo.
Carol: - ei!
Day me sorriu. Era o meu fim. Cada sorriso que ela dava meu coração errava uma batida. Como eu podia estar tão encantada com alguém que eu conhecia há 5 dias?
Dayane sentou atrás de mim, e eu fiquei de lado na carteira, para continuar a conversa.
Day: - ansiosa para amanhã?
Carol: - Mais nervosa. Eu não... frequento essas festas.
Day: - SEI. As quietinhas são as piores. Aposto que você dançaria em cima do balcão.
Carol: - pra você, decerto. - soltei, ficando completamente vermelha ao dizer. Dayane gargalhou.
Day: - ta mais para... comigo. - piscou. - vai ser legal. Prometo. Hey. Eu estava conversando com o Bruno.
Conversando com o Bruno? Os dois conversam sem mim é?
Day: - ele falou de dormirmos lá depois da festa. Disse que vocês sempre passam a noite um na casa do outro.
Ok. Bruno estava aprontando comigo.
Carol: - ahm, é. A gente dorme... Mas a gente...
Day: - eu sei. - ela riu. Sorri de volta.
Carol: - então podemos deixar combinado.
Day: - certo.
Sr. Shange: - meninas poderiam virar para frente, por favor?
- sim senhor - respondemos em unissono, rindo baixinho.

Dayane foi almoçar com Dreicon. Eu me encontrei com  Bruno e escolhemos uma mesa, onde alguns amigos que estudavam com ele sentaram junto. Conversamos, e a aula a tarde foi tranquila.
No final da aula, Dreicon me encontrou, perguntando se eu iria mesmo em sua festa. Assenti e ele saiu faceiro, dizendo que eu não iria me arrepender.
Não liguei para isso, e encontrei Bruno para irmos ao Dinner. Dayane já estava lá, e tirava os intervalos para fazer piada e conversar conosco.

O fim do dia passou rápido, e eu fui dormir, ansiosa pelo sábado, sabado esse que eu não vi passar.

Era final do dia eu comecei a me arrumar. Eu não sabia muito o que vestir, então coloquei um tubinho preto e tênis, deixei meu cabelo solto pois meus cachos estavam cooperando comigo e por fim me maquiei, como há tempo não fazia. Demorei tanto tentando fazer o delineado perfeito que quase me atrasei, mas meu pai me levou com todo carinho para a casa do Bruno. Desci com a mochila para o pouso e lhe dei um beijo no rosto.
Pai: - se cuidem. Cuidado com as drogas. Se precisar me chame eu vou buscar. Amo você.
Carol: - também te amo pai! - segui para a porta e acenei para ele, antes de entrar na mansão após o mordomo me cumprimentar.
Bruno veio até mim de braços abertos. Ele usava uma camisa estampada e calca cáqui, com tênis.
Bruno: - Jackie! Você está linda! Dá cá sua mala. Vem, vamos subir para irmos.
Carol: - e a Day?
Bruno: - está lá em cima.

Subi logo atrás dele, e Bruno entrou no quarto dele antes de mim.
Eu lembro cada canto do quarto do Bruno como se fosse o meu. Tínhamos o costume de dormir um na casa do outro. Seu quarto sempre teve cores neutras, branco com cinza, e Bruno tem uma cama box larga, mas tem também um sofá no quarto, que dá de frente para uma TV onde assistimos filmes e jogamos video games. Ele tem um closet perto da escrivaninha, e as estantes decoradas com colecionáveis caros. Uma das estantes, sobre a escrivaninha, tinha seus livros: metade deles eu quem havia dado, e, de longe, era a estante que eu mais gostava.
Pisei para dentro do quarto e Day me olhou, levantando apressada do sofá.
Ela usava um jeans escuro justo, all star de solado preto, uma camisa formal preta, mas de tecido solto, e um sobretudo que parecia um blazer comprido. Seus olhos estavam esfumados, realçando o brilho, e ela levantou uma sobrancelha abrindo um sorriso maravilhoso enquanto vinha em minha direção:
Day: - Você está incrivelmente linda. - me deu um beijo no rosto que eu podia jurar que queria que ela errasse e me beijasse... "acidentalmente"... a boca.
Corei inteira ao pensar sobre isso.
Carol: - o-obrigada. Você também está linda.
Ela negou com a cabeça e deu outro sorriso, então se virou para Bruno.
Day: - estamos prontos?
Ele assentiu.
Bruno: - partiu.

metamorphosis - dayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora