Carol Pov
Cheguei no colégio e havia algo errado.
Day não havia ido conosco e nem me respondia minhas mensagens.
Procurei ela pelos corredores, quando finalmente a vi, a cabeça baixa e... o que era aquilo? Os dois pulsos enfaixados.
Cheguei perto dela.
Carol: - O que aconteceu?
Seu susto foi notável. Day deu um mini pulinho, e logo escondeu os braços no bolso do moletom.
Carol: - seus pulsos. Estão enfaixados.
Day: - Nada. Eu torci.
Carol: - os dois, Dayane? Ao mesmo tempo?
Day: - caí indo para casa.
Olhei em seus olhos. Day tinha olheiras profundas, que denunciavam que não havia dormido.
Carol: - você não dormiu. O que aconteceu? Seu pai? Alguém está doente?
Dayane suspirou, olhando para os lados.
Day: - precisamos conversar. É importante. Você... poderia faltar uma aula comigo?
Meu coração disparou. Era algo sério. Tentei não pensar duas vezes, mas olhei em torno.
Carol: - ok... para onde vamos?***
Bruno POV
Estranhei Carol não entrar na sala. Pedi ao professor para ir ao banheiro, e saí em disparada pelo Colégio. Onde ela poderia estar?
Não conseguia fazer com que Caroline atendesse ao telefone, e algo parecia estar errado. Passei pelo ginásio, e fui procurar ela pelos vestiários, último local do colégio que ela poderia estar, mas eu não tinha a encontrado em lugar algum.
Quando senti um braço pesar em meu pescoço.
Olhei para cima, e Dreicon havia enlaçado meus ombros, andando comigo.
Dreicon: - E aí Brunão. Cadê Carol?
Bruno: - Não sei se é da sua conta.
Dreicon: - Não é da minha conta ou você também não sabe? - Ele tomou o meu celular da minha mão e me encarou. Notei que estávamos na porta da piscina do colégio.
Bruno: - Me devolve o celular. - o encarei. Dreicon me mediu com o olhar e sorriu.
Dreicon: - Se acalme, eu estou só brincando. - ele olhou para a tela. - Olha só. Você realmente não sabe onde ela está. - ele riu - sabe, eu tentei ser bem legal com vocês. Mas vocês me deixaram para trás, diminuiram e pisotearam. Dizem tanto que o bullying é feito pelos populares, mas por culpa de vocês eu estou tendo que ir no psicólogo. - suspirou e sorriu em deboche. - acho que podemos ficar quites, né?
Dreicon se virou e passou pela porta do ginásio, lançando meu celular na piscina. Gritei para que não o fizesse, mas ele deu de ombros e saiu.
Dreicon: - não me leva a mal não. Agora podemos voltar a ser amigos.
Bruno: - você é louco! - sai correndo e me joguei na piscina, procurando meu celular. Saí com o aparelho, que, graças a Deus era a prova d'água. Dreicon havia sumido. Respirei fundo e fui para o vestiário, procurar algo para me secar.Depois que encontrei toalhas e fui buscar meu material depois da aula, tentei ligar para Carol mais uma vez.
O telefone chamou. Chamou. Até enfim atender a ligação.
Bruno: - Alô? CAROL! Cadê você?!***
Dayane POVCarol: - onde vamos?
Day: - aqui. - Sorri sem graça tentando confortá-la. Estavamos na beira do rio, perto do campo de treinamento.
Caroline parou olhando para a água limpa que corria pelas pedras, então me olhou, daquele jeito que olhava primeiro para os próprios pés e depois para mim. Um nó começou a se formar em minha garganta. Pigarreei, segurando o choro. Era para o bem dela, afinal... não? Sequei as mãos suadas de nervoso na calça e a encarei.
Carol: - você está bem? Sobre o que quer falar?
Day: - Eu... ahm. A gente... não pode mais ficar juntas. - soltei.
Carol empalideceu e sua expressão mudou para um misto de espanto e incredulidade. Ela abriu a boca, fechou outra vez, e depois falou, a voz mudada pelo nervoso.
Carol: - o que? Como assim?
Day: - Carol, não dificulta. - respirei fundo. - é um término. Fim. Eu não posso ficar com você.
Carol: - Como não pode? O que está acontecendo? Day você não estava com uma cara boa. Você quer me contar? Os pulsos machucados e agora isso...
Day: - quero. Eu não QUERO ficar com você. Eu não tenho o que te contar. Meudeus Caroline. Minha vida é perigosa demais para você parte dela.
Ela me olhou no fundo dos olhos, e parecia que havia me esfaqueado o peito. Carol não estava acreditando naquela conversa fiada.
Carol: - Day... por favor. Me explica o que está acontecendo... - seus olhos marejaram. - Eu... eu amo você. Me explica por quê está me chutando...
Cerrei os punhos. Ver Carol segurar o choro daquele jeito era uma tortura. Apertei os olhos, para não vê-la, e engoli seco.
Carol: - Day... - senti seu toque em meu ombro, com amor. Era isso. Eu entendi que para protegê-la... eu teria que fazer ela me odiar.
Me afastei com força, e ainda sem abrir os olhos, falei com toda raiva que havia em meu âmago. Não dela, mas de Dreicon, de tudo e de todos, de mim, do agouro que vivia em mim.
Day: - Pois EU não te amo! Eu só queria te comer, essa é a verdade. Foi a porra de uma aposta que eu fiz com os rapazes. Era só pra te pegar. Eu não quero ficar com você porque eu não sinto nada por você, Caroline. NADA. Nada além de PENA. É isso. Conviva que você nunca passou de um troféu.
Ouvi ela soluçar. Abri os olhos devagarinho, e Carol me olhava de uma forma indecifrável. Seu rosto vermelho, as lágrimas escorriam e ela lutava para não chorar. Mas Carol tinha coragem. Muito mais coragem que eu mesma. Ela me olhou nos olhos, e eu me senti estremecer na base. Um tremor terrível para o espírito.
Carol: - É mentira.
Juntei todas minhas forças.
Day: - é verdade. - Falei a encarando, torcendo para a voz não ter mudado o tom.
Carol me deu o tapa mais ardido da minha breve vida. Continuei olhando para o chão, na direção que o tapa virara meu rosto, e mordi meu lábio, parte por causa do ardor, parte para não chorar.
Carol sussurrou entredentes, a voz embargada.
Carol: - é mentira.
Levantei os olhos para ela, mas ela já estava na beira do rio. A vi se transformar em uma pequena lontra e se jogar na água.
Day: - CAROL! ESPERA! VOLTA! DROGA!
meus pés se moviam sem controle nem direção. Parte de mim queria correr para o rio, outra parte ficar.
Quando então um barulho me chamou atenção.
Era o vibra de um aparelho celular. Olhei para o chão, e Carol havia deixado sua mochila com a minha.
Me abaixei e peguei o celular, que brilhava "monkie" na tela. Atendi.
Bruno: - Alô? CAROL? Cadê você?!
Day: - Bruno. Sou eu. Olha eu fui uma tremenda filha da puta, você não precisa me perdoar e eu não tenho tempo para explicar. Mas eu... Preciso sua ajuda. De verdade.
Bruno: - O que houve?
Day: - A Carol.------
Gente eu to tensa até agora
Jesus cristinhoFui
Beijos da vó
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metamorphosis - dayrol
FanfictionCarol levava uma vida comum no colegial. Gostava de sair com seu melhor amigo, Bruno, e não entendia os motivos de o garoto mais bonito do colégio, Dreicon, ter interesse nela. Mantendo sua rotina, Carol vê seu amado cotidiano em jogo com o aparecim...