Day POV
O quarto estava escuro, mas silencioso. No meio dele, Dreicon secava os cabelos com uma toalha, e vestia apenas uma cueca box.
Ele me olhou por cima do ombro, e disfarcadamente vaguei os olhos pelo quarto. Sozinho.
Dreicon: - vomitaram em mim. Eu tava sem camisa. Precisei urgente tomar um banho. Chega aí... - ele fez sinal para eu me aproximar.
Encostei a porta atrás de mim e fui até seu lado. Ele havia se aproximado da janela, e lá embaixo todo mundo se divertia.
Dreicon: - todo mundo se divertindo...
Day: - é. Você sabe dar uma festa...
Dreicon: - Então por que eu não estou me divertindo?
Day: - não está? - eu o fitei, e o susto foi enorme. Ele tentou me beijar, me puxando contra ele, mas me transformei e retransformei logo atrás dele.
Ele se virou confuso.
Dreicon: - esse truque...?!
Day: - Dreicon, pirou? Você está bebado.
Dreicon: - qual é, Day. Somos amigos. Sem compromisso... só se divertir.
Day: - Dreicon. Você não está são. E quanto Carol?
Ele suspirou e sentou na cama.
Dreicon: - Carol não me quer. Caralho! Eu faço de tudo. De tudo, Day.
Day: - Vai ver ela gosta de outra pessoa.
Dreicon: - E eu esgano o filho da puta que for. - ele suspirou.
Coloquei a mão em seu ombro.
Day: - Dreicon, a vida não é assim.
Dreicon: - você gosta de mim?
Day: - Claro. Você é meu amigo. Você é um cara bacana.
Dreicon: - eu sou um cara Bacana. Mas caras bonzinhos não conseguem o que querem.
Day: - conseguem sim.
Dreicon: - Prova.
Suspirei, tentando responder, mas não conseguia pensar em nada.
Dreicon: - eu só queria beijar alguém.
Day: - alguém ou ela?
Dreicon: - Poderia ser você.
Congelei.
Dreicon: - você é bonita. E é legal pra caralho. Poderia me ajudar a esquecer Carol. - ele passou a mão na minha cintura.
Day: - Eu não posso fazer isso. Você está bebado e vai se arrepender de fazer algo assim. Não dá. Desculpa, Dreicon.
Tentei sair, e ele me puxou de volta.
Dreicon: - Fica.
Day: - eu preciso ir.
Dreicon: - Dayane.
Day: - vou pedir pro arthur te trazer agua. - me soltei e saí rapidamente dali. Corri pela casa, como uma condenada, até encontrar o moreno de cabelo cacheado. - Arthur. DREICON. Bêbado. Quarto.
Ele me olhou assustado.
Arthur: - e Carol?
Day: - sumiu. Vou tentar achar ela e ir embora antes do surto.
Arthur: - eu seguro ele.Eu havia saído no meio da semana com os rapazes, um final de noite. Dreicon fazia isso quando bebia. Ficava mal, e depois tinha um surto de agressividade. Eu tinha que tirar Carol de lá.
Encontrei Bruno e mandei ele esperar no carro.
Continuei correndo atrás de Carol, sem sucesso.
Apelei para a transformação. Virei o labrador, tentando fareja-la. Seu cheiro saía da casa. Segui o caminho, que dava para um parque na esquina da casa de Dreicon.
Ela estava sentada no banco, abraçada a si.Carol POV
- você sabia que é perigoso garotas ficarem sozinhas no parque essa hora da noite? - olhei por cima do ombro, e Day se aproximava.
Carol: - Ah. Não mais perigoso que aquela casa. - esfreguei os braços, que estavam arrepiados de frio.
Day: - poderia ter me procurado. Pedido para ir pra casa. Sabe o susto que você deu na gente saindo de lá?
Ainda dava para ouvir as batidas da musica dali. Day sentou ao meu lado, em silêncio.
Carol: - me desculpe. - consegui falar. - eu perdi a cabeça.
Day: - aconteceu alguma coisa?
Carol: - uma hora a gente estava se divertindo, na outra eu estava sozinha com Dreicon...
Percebi os músculos de Day enrijecerem. Me encolhi. Será que Day gostava dele? Engoli seco.
Day: - ele fez alguma coisa? Ele te encostou?
Carol: - eu não sei se quero falar disso.
Day: - Carol... - falou de forma macia, e tentei lhe olhar, mas o medo tomou conta de mim.
Carol: - você... gosta dele?
Day abriu a boca para responder, e depois agitou a cabeça em confusão.
Day: - Não me diga que você... o que? Não. Nossa. Dreicon é meu amigo e só.
Baixei o olhar. Talvez Dayane não ficasse braba comigo se eu contasse.
Carol: - Dreicon... comecou a dançar comigo. Até aí eu não liguei, mas... Ele começou a colar mais em mim e... tentou me agarrar. No desespero eu virei o hamster e corri. Desculpa ter vindo parar aqui. Eu só... - Não consegui dizer.
Day me olhou com preocupação.
Day: - Se te alivia, ele tentou me agarrar também. Dreicon está bêbado. Me perdoe por isso. Eu não devia ter descuidado de você.
Carol: - Você não tem culpa. - desviei o olhar para a praça e estremeci.
Day: - Caralho Carol você vai resfriar desse jeito. Não está com frio? - ela tirou o sobretudo e colocou em minhas costas, mesmo eu negando.
Carol: - Você vai ficar com frio...
Day: - Não vou. Mesmo sem a blusa eu estou muito mais agasalhada que você.
A olhei devagar, soltando um "obrigada" baixinho. Seu casaco era quentinho e aconchegante, e tinha... seu cheiro. Aquele perfume que parecia um pós banho com um toque amadeirado. Me enrosquei melhor em seu casaco, tentando disfarçar que ficara corada outra vez.
Day: - quer ir pra casa? Bruno está esperando no carro... ou eu posso te levar...
Carol: - será que... você não pede para ele ir a frente?
Ela assentiu pegando o celular e digitando algo. Me encostei em seu ombro, e ela deixou. Fiquei quietinha alguns minutos, até criar coragem.
Carol: - Day?
Day: - hm?
Carol: - eu queria sim ter beijado hoje. Mas não Dreicon.
Dayane riu, franca.
Day: - Ah é? Viu seu crush?
Engoli seco. Mas a bebida queria me fazer dizer.
Carol: - estava o tempo todo comigo.
Day franziu o cenho com estranheza, como se pensasse.
Day: - Você está bêbada.
Carol: - Você quem está lenta. - levantei de seu ombro.
Ela levantou as sobrancelhas, arregalando os olhos, e eu pude ouvir a ficha caindo em sua cabeça.
Nesse momento, o arrependimento subiu pela minha garganta. Levantei as pressas, mas Day era rápida e eu me vi em seus braços, ambas de pé, eu de frente para ela.
Day: - Carol!
Meu coração disparou e eu não ousei levantar o olhar para Dayane. Deixei os olhos pousarem em seu tórax, que se movia mais rápido que uma respiração normal.
Carol: - nós podemos esquecer isso amanhã...
Senti sua mão acariciar meu rosto, e com cuidado erguer meu olhar. Eu estava tão próxima a ela, que meus músculos haviam congelado.
Ela me olhou com carinho.
Day: - Eu não quero esquecer isso amanhã.
Senti seus dedos acariciarem minha nuca, e um arrepio me subiu a coluna. Sua outra mão pousou delicadamente em minha cintura, como se me desse liberdade para sair dali a qualquer momento, mas me pedisse para ficar, sem pressa de ir embora.
Continuamos nos olhando, olhar no olhar, e senti o meu coração diminuir o ritmo, mas bater mais forte.
Carol: - Day... - sussurrei, sem voz.
Ela se aproximou, bem devagarinho, mas não uniu nossos lábios. Então eu entendi. Ela estava me convidando a deixar rolar, sem arriscar me assustar.
Senti meu sangue se agitar, chegando mais perto. Estavamos quase coladas, e então senti seus lábios tocarem os meus, cuidadosos.
Um choque percorreu meu corpo, e sua mão em minha cintura me segurou melhor. Sua língua pediu passagem, e eu cedi, sentindo o beijo se transformar.
E eu não tinha mais preocupação, ou medo. Me entreguei ao melhor beijo da minha vida (Não que eu tenha experimentado muitos, mas eu tinha certeza que aquele seria o melhor beijo), passando os braços por seus ombros.
Day me envolveu mais, e senti ela aprofundar o beijo, ainda em um ritmo calmo, que me arrepiava por inteira.
Partimos o beijo, devagarinho, e eu não queria abrir os olhos. Senti a mão da nuca descer para minha cintura, e ela encostou a testa na minha.
Day: - eu acho que eu poderia te beijar a noite inteira. - sussurrou, e eu abri os olhos. Day permanecia me olhando, um sorriso nos lábios. Aquele olhar me prendia.
Carol: - Então beija... - sussurrei.
Day: - tem certeza?
Carol: - eu tava só esperando por isso. Não entendeu ainda?
Day: - o quê.
Carol: - que eu sou a fim de você.
Day: - hm, acho que você vai ter que me dizer. Sabe, não quero que se arrependa.
Ela riu brincalhona e eu ri junto.
Carol: - Caramba Dayane, eu estou na sua mão e você acha que vou me arrepender?
Day: - Não entendi ainda, acho que eu entendo se você me beijar de novo.
Acabei por sorrir, e a beijei outra vez, deixando toda aquela energia fluir entre nós, deixando os beijos rolarem.--------
Ae suas viada
Taí PORRAAA
To rindoAcontece
Quem pegou a referencia?
ADEUS
EU VOLTO DEPOISBEIJOS DA VÓ

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metamorphosis - dayrol
FanfictionCarol levava uma vida comum no colegial. Gostava de sair com seu melhor amigo, Bruno, e não entendia os motivos de o garoto mais bonito do colégio, Dreicon, ter interesse nela. Mantendo sua rotina, Carol vê seu amado cotidiano em jogo com o aparecim...