capitulo 3

498 24 2
                                        

Sampa on

O que ele quiz dizer com aquilo, ele tava mo feliz a poucos minutos atrás, será que ele mudou de idéia.

Chegamos em casa e eu sentei no sofá e ele foi tomar banho.

Fiquei um tempo olhando pro teto pensativo, até eu senti mais uma pessoa sentar no sofá.

-então sampa preciso te falar algo sério- rio falou olhando pra baixo.

-então fala- falei

-acho que não vou conseguir ser pai.

Aquilo foi um tapa na cara, como assim não vai conseguir ser pai?

-como assim? Agora pouco no escritório você faltou gritar pelos corredores que ia ter um filho e agora você dunada decide que não vai conseguir ser pai- falei indignado.

-aquilo foi no impulso, ai eu comecei a pensar direito.

-então você não vai assumir seu filho.

-mas é claro que vou assumir.

-então porque você diz que não vai conseguir ser pai?

-porque eu tenho medo de ser que nem meu pai com meu filho.

Olhei pra ele surpreso.

O pai do rio foi um cara sério e frio, quando o rio nasceu o pai dele mudou de personalidade de um dia pro outro, não cuidava do rio sempre deixava a responsabilidade do bebê com a mãe, ficava dias fora quando voltava sempre era bêbado ou todo machucado por se meter em briga na rua.
O pai do rio nunca dava carinho de pai pra ele, era sempre um "sai pra lá moleque" ou "se quiser carinho vai pra sua mãe", o rio tinha até esquecido que tinha um pai.
Até o grande dia chegar, o pai dele resolveu querem ir embora largar a família pra curtir a vida, o rio não se importou com a saida dele, o rio sabia que não iria receber nem um adeus filho.

Cheguei perto dele e o abracei.

-você não é seu pai rio, eu te conheço muito bem você não faria uma coisa dessas com seu próprio filho.

-eu sei...mais eu tenho muito mais medo e de eu não ser um bom pai e meu filho não me considera uma pessoa importante na vida dele, como eu fiz com meu pai- ele continuou olhando pro chão.

Segurei a mão dele e o fiz me encarar.

-rio...olha pra mim...você vai ser um ótimo pai, tenho certeza disso você é engraçado, bondoso, zueiro, poxa se nosso filho puxar você, nem com muito café e cigarro pode me dar paz um dia- falei abrindo um sorriso.

Ele começou a rir.

-também você tem razão eu vou ser um ótimo pai, só vou dizendo quando descobrimos o sexo dele, eu vou escolher o nome- falou abrindo um sorriso de orelha a orelha, enquanto apontava o polegar pro próprio peito.

Abri um sorriso também, agora eu tava muito feliz.

Ficamos um pouco na sala falando um monte de coisas de bebê, até que bateu o sono e fomos pra cama.

~no dia seguinte~

Acordei só o pó, minha nossa eu acordei parecendo que tinha sido atropelado por um caminhão.

Olhei pro lado e não vi ninguém ali, levantei e fui pro banheiro.

Sai de lá e fui pra cozinha tinha um cheiro de café pelo ar, ao chegar lá vi uma garrafa e uns pães encima da mesa e um bilhete.

Peguei o bilhete e li.

"Sampa, eu tive que sair mais
cedo porque tenho um compromisso
Mais deixei café e pão pra você,
é melhor comer pra deixar
Nosso filho bem forte e você também
quero ver comendo bem.
Te amo.

                                   ~rio"

Dei um risada, e peguei um pão e mordi, ele tá certo tenho que comer bem, ultimamente tudo que eu vou comer eu sempre acabo vomitando, mais hoje eu tava bem.

Terminei meu café e fui me arrumar, tô até vendo quando eu chegar alguns já vão tar fofocando de mim, conhecendo o Paraná e a Catarina esquece que é segredo, mais é melhor assim todo mundo ficar sabendo ai ninguém fica surpreso depois da criança nascer.

Terminei de me arrumar, e sai pra trabalhar, cheguei no escritório já dei de cara com a Bahia.

-oi Bahia tudo certo- falei.

-oi sampinha tudo sim, fique sabendo que tu tá buchudo parabéns viu- Bahia falou indo me dar um abraço.

-te contaram né- falei.

-eh bixin, não fui eu que fiquei sabendo o prédio inteiro tá falando só disso- falou indo comigo pra dentro do prédio.

Entrei e fui pro elevador pra ir ao mei setor, andei pelo corredor e esbarrei em alguem.

-opa, desculpa ai piá- falou o Paraná.

-não foi nada, então você contou pro prédio inteiro né- falei

-naoooo foi pro prédio inteiro, foi só pra uma ou duas pessoas, depois foi o resto que se espalhou- falou coçando a cabeça.

-então tá, agente se ver depois tá bom- falei andando pro meu setor.

-até piá- falou indo pro seu setor também.

Entrei na sala e tava o minas e a santinha ali, cadê o rio?

-oi Paulinho- o minas falou parando de olhar o computador.

-oi minas o santinha, cadê o rio ele não veio cedo- falei.

-não ele nem apareceu no prédio ainda- a santinha falou pegando uns papeis.

-entendi- falei indo pra minha mesa a ligando meu computador.

Passou um tempo e o rio não tinha chegado, será que ele perdeu o caminho do trabalho esse fudido.

Até a porta ser aberta e o rio está lá.

-eae rapaziada, atrasei mais foi por boa causa- o rio falou dando um sorriso largo.

-ixi e que causa é essa pra você tá a quase uma hora atrasado- a ES falou olhando pra ele.

-essa daqui- ele levantou a mão mostrando uma sacola pequena- pode abrir sampa- ele entregou a sacola na minha mão.

Eu sem entender nada, abri a sacola, lá dentro tinha um pequeno macacão roxo com um monte de caveiras, cara aquilo me quebrou.

-eu não sabia que cor levar, então peguei a roxa que é a sua favorita.

-nossa que lindo rio.

-o que é sampa- o minas falou levantando da mesa igual a ES.

Levantei a blusinha pro alto e os dois fizeram "aaaaah".

-que coisa fofa sampa- o minas falou.

-é uma gracinha, vai ficar tão linda no bebê - ES falou pegando a blusinha.

Dei um pequeno sorriso, aqui aqueceu meu coração.

~~continua~~

Tchau gente até o próximo capítulo👋

Garotinha de Ipanema. Onde histórias criam vida. Descubra agora