capitulo 38

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Rio on.

Eu estava voltando pra casa.

Quando cheguei, sai do carro e abri a porta de casa, tava tudo em silêncio até a luz da sala se acendida e eu olha e ve o sampa no sofá com os braços cruzados.

-que bonito, um homem com familia chegando tarde em casa- o sampa falou com a cara fechada.

-o que eu fiz dessa vez- falei colocando a chave no chaveiro.

-você não tem vergonha não rio, eu aqui te esperando em casa, e você na casa de outro homem casado- o sampa falou se levantando bravo.

-o que você tá querendo dizer- falei confuso.

-que você fez de novo rio- o sampa falou com raiva.

-fiz o que.

-você me traiu de novo- o sampa falou- de novo rio, você foi pra casa do Paraná.

-eu não te trai sampa, eu fui pra casa dele pra....

-você não tem amor no coração rio, você tem uma filha, e um marido que está esperando seu segundo filho, e você faz uma palhaçada dessas- o sampa falou com raiva.

-o sampa eu....

-você ainda tem coragem de olhar na minha cara, sendo que eu vi e sei a história disso tudo- o sampa começou a chorar de raiva.

-O PAULO ME ESCUTA- gritei bravo.

-VOU TE ESCUTAR PRA QUE, E VOCÊ AINDA TEM CORAGEM DE GRITAR COMIGO, SEU SAFADO, SEM VERGONHA, FILHO DA PUTA, CAFAJESTE- o sampa começou a me bater, e ele não parou de chorar.

Segurei os pulsos dele e o olhei nos olhos.

-sampa escuta eu nunca faria isso de novo, eu fui na casa dele pra falar com o sul, só que ele não tava em casa e o Paraná me recebeu e conversamos um pouco foi só isso- falei ainda segurando os pulsos dele.

-isso ainda não explica o fato de eu está ainda bravo, você me magoou demais hoje rio como pretende resolver essa situação- o sampa soltou os pulso e limpou um pouco as lágrimas.

-simples, eu não posso negar o meu papel de pai, se eu fui um ótimo pai pra Ipanema então eu vou ser um ótimo pai pra esse filho- falei sério.

O sampa olhou pra mim surpreso.

-você mudou de ideia- sampa falou.

-uma pessoa me aconselhou e eu percebi que eu faço de tudo pra ter minha família feliz, então não vou mudar isso de forma alguma- falei dando um pequeno sorriso.

O sampa nada falou ele virou de costas pra mim com os braços cruzados.

-é agora você caiu na real né rio- ele falou seco.

Olhei pra ele por um momento, dei um suspiro e me aproximei e o abracei na barriga.

-não encoste em mim- sampa virou a cara.

-posso pelo menos sentir meu filho- falei passando a mão na barriga dele.

Eu passava a mão de leve na barriga dele que depois o sampa começou a sentir cosquinha, ele não conseguiu segurar a risada.

-tá bom, tá bom me desculpa por ter te acusado sem entender- ele se virou pra mim e colocou as mãos no meu ombro.

-te perdou, e desculpa eu por ter falado daquele jeito, eu tava tão surpreso que nem percebi que te machuquei- falei pegando na cintura dele.

-o que você acha da gente ir dormi, e amanhã contar pra Ipanema a novidade- o sampa falou com um pequeno sorriso.

-acho uma boa- falei

Depois dessa discussão, nós dois fomos dormi.

No outro dia.

-Ipanema- gritei da sala.

Escutei passos correndo até aparecer na porta a Ipanema.

-diz paizão- Ipanema falou curiosa.

-senta aqui do lado do seu pai- falei apontando pro lado do sampa.

Ele foi e se sentou.

-olha nós temos uma notícia pra você, e acho que você vai gostar- falei dando um sorriso.

-o que?

-o que você tava nos pedido esses dias- falei.

Ela olhou pra cima como se tivesse pensando em algo até olhar pra mim de novo.

-não lembro.

-não lembra, mais eu e seu pai lembra, você pediu um irmão pra gente né- falei abrindo mais o sorriso.

-aah é eu pedi, to muito sozinha- Ipanema falou afirmativa.

-então o que você acha que tem na barriga do seu pai- falei apontando pra barriga do sampa.

Ipanema ficou surpresa, e olhou pro pai com um sorriso de orelha a orelha.

-não vai me dizer pai...

-sim Ipanema, você vai ter um irmão- falei completando a frase.

Ela deu um pulo de alegria, e deu um abraço no seu pai.

-que noticia boa pai, vou contar pro Guarapuava- Ipanema falou saindo do sofá e indo pra fora.

-contar pro Guarapuava, que saco tem que contar tudo pra esse moleque agora- falei bravo.

-iiih ela gosta dele- o sampa falou dando risada.

-aah mais isso não pode acontecer- falei cruzando os braços.

-é o destino rio, quem sabe daqui a alguns anos não vamos ter um genro aqui nessa sala- o sampa falou levantando do sofá.

-SÓ POR CIMA DO MEU CADÁVER, se ele entrar nessa sala, vai sair furado de bala- falei me levantando com raiva.

-aff, depois eu sou o exagerado- sampa revirou os olhos e foi pra cozinha.

-você sabe que to certo- falei seguindo ele.

-se você furar de bala o filho querido do sul e do Paraná, eles que vão te encher de furos de bala- o sampa falou.

-aah você acha que tenho medo deles, eles são de boa- falei.

-é que você não viu quando o Guarapuava foi sequestrado junto com a Ipanema, quando fomos buscar eles, o Paraná deu uma cabaçada com um pedaço de ferro na cabeça do lisboa- o sampa fez um gesto imitando a cena.

-ele fez isso mesmo- falei surpreso, ele não me contou essa parte da história não.

-sim, e depois eu fui lá e dei um murro na cara dele que foi lindo- o sampa fechou a mão no punho.

-olha minha princesa e corajosa- falei rindo.

-deixa de ser besta, e vai lavar a louça- o sampa apontou pra pia que tava até o topo de louça.

-aah mais...

-sem mais nem menos, quero essa louça limpa quando eu voltar pra essa cozinha, não quero ver uma pontinha de sujeira nesses pratos- o sampa falou me entregando a esponja e o detergente e saiu.

Fiquei ali parado, mais fui lavar a louça que saco.

~~continua~~

Tchauzinho👋

Garotinha de Ipanema. Onde histórias criam vida. Descubra agora