training wheels - Tom Kaulitz

31.

1 dia antes

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—Não queremos fazer nada muito luxuoso... — Bill sussurra para Georg.

Os dois estão sentados nas poltronas da frente, e o falatório está dificultando minha tentativa em dormir.

Me viro de lado e fecho os olhos mais uma vez.

—Mas quero que vocês estejam lá. Acho que vamos naquele bar de sempre. — Ainda consigo ouvir a conversa. — E pode chamar aquela loirinha que você está afim.

•••

Droga, eu esqueci completamente do aniversário. Estou me sentindo uma idiota.

Talvez o sono tenha atrapalhado meu subconsciente em tentar gravar essa informação. Mas poxa, é o aniversário dos gêmeos, eu não DEVIA ter esquecido.

Sinceramente, minha mente está perdida em meio aos dias e semanas... não que isso seja desculpa. PORRA.

Neste exato momento estou ainda mais perdida. Acabei de tomar o banho mais rápido de todos, minha pele está toda molhada e estou apenas de toalha, enquanto rodopio pelo quarto em busca de roupas e sapatos.

—Pode pegar aquela bolsa para mim, por favor? — Chamo Paolla enquanto a mesma digita algo em seu telefone. — Ai merda, onde está minha calça?

Murmuro enquanto passo os olhos rapidamente pela bagunça que está meu quarto.

Ela ergue a cabeça confusa.

—Não acha melhor secar seu corpo primeiro?

Olho para as gotas de água escorrendo por minhas pernas e molhando todo o piso.

—Tem razão... — Digo convicta mas então me lembro que talvez já estejamos ainda mais atrasadas do que o esperado.

Olho para o relógio digital encima da mesa de cabeceira e solto uma respiração longa e agoniada.

—Estamos atrasadas para caralho. — Corro em direção da penteadeira e agarro o puxador da gaveta. — Droga, eu não tenho calcinhas bonitas?

Só sinto que devo parar com a agitação quando ouço a risada estrondosa de Paolla. Me viro para ela e arqueio as sobrancelhas.

—O que foi? — Pergunto segurando uma calcinha com flores desenhadas no tecido.

—Relaxa, garota. — Ela se recompõe e então acena desajeitada para mim. — Você está parecendo um furacão, eles não vão sair correndo. E além do mais, tenho certeza de que vamos praticamente madrugar naquele bar, não importa se estamos umas horinhas atrasadas. Respire.

Assinto lentamente e volto a olhar para a calcinha ridícula que estou segurando.

—Certo, vamos nos arrumar com calma.

Ela sorri em aprovação.

—Mas você não vai usar isso. — Ela aponta para a peça em minhas mãos com um olhar desdenhoso.

Acompanho seu desdém.

Não vou usar mesmo.

Volto minha atenção para ela quando a mesma bate uma palma e esfrega uma mão na outra.

—Certo. Vamos lá. — A garota diz de forma tão animada que chego a sentir a energia irradiar por um momento.

•••

Depois de uma hora inteira para que enfim estivéssemos prontas, chegamos ao bar. É um dos bares mais famosos da Alemanha. E como qualquer outra nightclub, eles proíbem a entrada de menores, a não ser que você faça parte da banda de rock mais aclamada do país... sendo assim é fichinha.