O Bosque Branco cap 3 : A Longa Noite

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A luta persistiu com Lavínia mantendo o máximo de cautela possível, com Dingo a sua frente rosnando furioso, a garota começou a olhar ao seus arredores tentando encontrar algum jeito de fugir dali mas, parecia inútil pois todos aqueles seres estranhos estavam a sua volta e da cabana.

Lavínia rapidamente teve e usando do seu gancho a garota mirou na cabeça de uma daquelas criaturas e ao acertar perfurando a cabeça do mesmo, Lavínia apertou novamente o gatilho deixando ser levada até o gancho e fazendo jogo de corpo com o monstro, o derrubando no chão e conseguindo recuperar o gancho, feito isso a menina se levantou do chão e com Dingo partiu para o meio das árvores do bosque correndo sem direção, não demorou muito, as criaturas começaram a correr atrás da mesma de forma ligeira, Lavínia se virou para trás e notou a velocidade daquelas coisas, assustada ela guardou o arpão e o gancho na mochila e se jogou sobre chão de quatro patas e deu início a uma corrida naquela postura, Dingo a acompanhou pelo caminho que sua dona fazia.

Depois de minutos correndo, Lavínia começou a se cansar e decidiu enfrentar aquelas coisas novamente, a menina bravamente parou a corrida e se levantou segurando seu arpão nas mãos e assim que uma das criaturas chegou perto pulando em direção dela com a boca arreganhada. Lavínia sem pensar duas vezes enfiou a ponta do arpão na boca aberta do ser, o perfurando da boca a nuca o rasgando, os demais que vinham atrás, também pularam, Lavínia se esquivou do primeiro que pulou e no segundo que veio seguido, a garota o golpeou com um chute que o fez rodopiar para longe, a primeira criatura que havia pulado em Lavínia já estava bem próximo da menina e tentou ataca-la com suas garras mas, Dingo pulou no mesmo mordendo em sua mão, e a chacoalhando para os lados com a intenção de feri-lo mais, Lavínia se aproveitou da oportunidade que seu cachorro havia a dado e o atacou com o arpão rasgando o pescoço da criatura, fazendo jorrar sangue por todas as árvores e assim caindo sobre o chão mas, a menina ainda não podia abaixar a guarda pois em sua frente haviam muito mais daquelas criaturas. Lavínia deu as costas para eles com a intenção de voltar a fugir mas, ao fazer isso se deparou com aquela sombra que havia visto minutos atrás, era uma silhueta enorme com olhos distorcidos vermelhos e ao seu ver a silhueta tinha dois chifres enormes, a menina ficou sem reação, o que fez as criaturas atrás ganharem uma abertura e correram na direção da mesma sedentos por sangue.

Uma voz que ecou pelo bosque dizendo alto, o timbre da voz era meiga mas, ao mesmo tempo rígida dizendo em uma língua estranha.

??? : - ⨅⨋⨄⨂⨇⨀ ⨀⨃⨉⨀⨂⨄⨍⨓⨄ ⨃⨄ ⨋⨔⨙ !

Ao terminar de dizer tais palavras estranha, um clarão em direção a Lavínia veio, a menina assustada se virou de costas rapidamente com Dingo em seus braços. Era uma flecha de luz que iluminou aquela parte do bosque, aquela flecha transpassou a silhueta negra a desfazendo em pleno ar, e antes que acertasse Lavínia, a flecha se desfez em vários pequenos fragmentos pequenos, desviando de Lavínia, e assim que desviou e passou da frente da mesma, os fragmentos se uniu novamente e com apenas aquela flecha matou todas aquelas criaturas que estavam na frente de Lavínia as evaporando de uma só vez.

Lavínia estava com a respiração ofegante e caiu sobre o chão sentada, tentando localizar de onde veio aquela voz mas, não achou ninguém por perto, ela se levantou e limpou suas vestes e caminhou até em direção a cabana novamente. Antes que pudesse dar o primeiro passo, sem querer a menina pisa em uma armadilha de corda que a prende pelo pé e a sobe para o alto da árvore, ficando de ponta cabeça, ao cair na armadilha a menina apenas fez uma cara de triste e gritou com ódio.

Lavínia : - MALDIÇÃOOOOOOOO!

Minutos depois ao longe saia de dentro de um arbusto um jovem rapaz de orelhas pontudas e cabelo cacheado castanho e cheio da sardas e dentuço com vestido com trapos e uma capa preta, segurando um arco com algumas flechas sendo levadas em suas costas, o mesmo chegou perto de Lavínia comemorando e dizendo.

??? : - UHUUUL, peguei uma caça das grandes, teremos comida de sobra amanhã !

Lavínia se virou e gritou. Dingo rosnava para o garoto estranho. E a garota aos berros dizia.

Lavínia : - Como é ?! Acha só porque me salvou agora a pouco tem o direito de me levar como refeição ?! Eu vou quebrar sua cara orelhudo !

??? : - Quê ?! Uma lebre falante ?! Essa é nova aqui. Salvou ?! Salvei de quê ? Acabei de chegar, eu vi o clarão de agora e quis ver o que era...

Lavínia : - Ué... mas você é o único de arco e flecha na mão. Enfim, me tira DAQUI !

O garoto ficou pensativo sobre Lavínia mas, vendo que poderia ter proveito da menina o garoto lhe fez uma proposta.

??? : - Faremos o seguinte... você vai me ajudar a me levar até minha tribo. Hoje cedo acabei me perdendo, digamos que não sou o melhor em senso de direção, e como estou vendo, você tem um cachorro, que pode ajudar a farejar o lugar de onde venho, com isso te solto daí, caso o contrário te deixarei aí para virar comida de Wendigo.

Lavínia fechou a cara mas, qual opção ela tinha, a não ser aceitar a proposta do mesmo. Com isso Lavínia disse.

Lavínia : - Certo... aceito quem sabe com sua tribo, não consigo achar meu pai.

O garoto cortou a corda que Lavínia estava pendurada a derrubando sobre o chão, a menina assim que foi solta caiu de cabeça no chão.

??? : - EITA, PERDÃO.
Ah, verdade que grosseria a minha, me chamo, Astolfo, o elfo flecheiro haha.

Astolfo deu a mão a Lavínia para a cumprimenta-la.
Astolfo : - Mais uma coisa... você não seria um demônio, seria ?

Lavínia se levantou de cara fechada e apertou a mão do mesmo e disse.

Lavínia : - Me chamo Lavínia e o cachorro se chama Dingo, e não, eu não sou um demônio. Meu pai disse que demônio são seres bizarro e surreais e assustadores também, e eu não me acho assim.

A menina se olhou enquanto falava.
Com as apresentações feitas, Astolfo deu a Dingo o arco para que o mesmo o cheirasse, Lavínia então o comandou para que seguisse o cheiro, e ambos seguiram Dingo em meio ao bosque com a esperanças de achar a tal tribo de Astolfo o mais rápido possível.

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