SLANCARDIAL
Karayan estava descansando em uma pousada no reino de Slancardial, assim que o som raiou alguém de fora do quarto batia na porta, acordando a mulher, ela estava com seus cabelos completamente bagunçados e com os olhos semiabertos, ela se enrolou sobre o lençol que a cobria e foi até a porta resmungando. Ao abrir a porta se deparou com uma jovem de pele parda, olhos castanhos e um longo cabelo branco vestida com um manto azul e dourado com um enorme crucifixo estampado em sua batina.
Karayan : - Você ? O quê está fazendo aqui caralho ???? : - A quanto tempo senhorita Karayan, eu vi a senhorita chegando ontem a tarde, por quê não foi falar com o rei ?
Karayan : - Você é só uma freira, não recebo ordens suas, e nem devia estar aqui. Então...
Quando Karayan foi fechar a porta, a jovem a segurou firme a impedindo e disse novamente.
??? : - Agradeço por tudo que fez por mim, mas ainda assim, por quê não foi falar direto com o rei ontem ? E eu não sou mais um freira, sou a líder dos velhos anciões, a sumo sacerdote.
Karayan : - Mandou bem... Hannah. Enfim, estava cansada, e atrapalhar o rei aquela hora da tarde não seria a melhor coisa vindo de mim. Entra, vai ! Não quero ficar nua aqui no corredor.
Ela abriu a porta, nisso Hannah pegou seu cetro que estava encostado no batente da porta e adentrou o quarto de Karayan, aonde puxou um cadeira e se sentou de forma delicada, deixando o cetro em cima de suas pernas. Karayan fechou a porta e tirou o lençol que a cobria, nesse momento Hannah corou e tampou seus olhos. Karayan a olhou e logo foi para a cama aonde pegou uma blusa e a usou tampando seus seios, nisso a mulher se sentou na cama e alertou Hannah para que tirasse a mãos de seu próprio rosto.
Karayan : - Vamos, quero que me diga o quê aconteceu nesse tempo. Como conseguiu subir em apenas 5 anos ?
Hannah : - Sei que tenho apenas 14 anos, mas isso tudo é graças a você, você me ensinou a conquistar o que quer, então sugeri ao rei, uma proposta, dá qual o agradou e também a agradará.
Karayan : - Qual ?
Hannah : - Acabar com a igreja e suas leis sobre o povo, e deixar as leis a mando da mão do rei, ou seja, você. Como demonstrei a fraqueza do lugar e os seus altos gastos desnecessários, o rei aceitou a proposta, matando todos os velhos que comandavam as catedrais, e deixando nós jovens no lugar. Enquanto as finanças não ficam mais sobre o controle do antigos líderes, mas sim comigo, e como demonstrei tamanha lealdade, estou sob o comando de todo o dinheiro do reino também. E podemos influenciar a todos de nossa maneira agora, sem precisar seguir regras escritas pelos velhos falecidos. Abaixo do rei, a cidade obedece a você e os demais comandantes.
Karayan ficou de olhos arregalados e sorriu, dando uma risada, ela se levantou e acariciou os cabelos da jovem, encostando a cabeça da mesma sobre seu seio.
Karayan : - Meus parabéns, como recompensa, deixarei sobre seus cuidados as leis do lugar, creio que o rei havia deixado até que eu chegasse, você se demonstrou de enorme confiança, fiz certo em escolher você.
Hannah : - Obrigado senhorita Karayan, falando nisso, aonde está a tal Lavínia ? Achei que estaria contigo.
Karayan : - Não, ainda não, ela não está pronta, deixei com Zephyr, ela vai se aperfeiçoar com o trio monstro, e se tudo der certo, assim que ela estiver no auge, coloco a segunda etapa do meu plano em ação. O continente oriental, sabe se já estão perto de chegar ?
Hannah : - Creio que mais uns dois dias por ai, estão em viagem a um bom tempo. Não tem uma previsão certa.
Karayan deu as costas e começou a vestir sua armadura calmamente enquanto mantinha sua conversa com Hannah.
Ao terminar de se vestir, ambas saíram do quarto e desceu as escadas indo embora direto, sem pagar o dono da pousada que apenas abaixou a cabeça sem falar nada. Todos do lado de fora demonstrava um enorme respeito por Karayan, abaixando suas cabeças em sinal de respeito. Aquilo fazia a mulher sorrir e caminhar de maneira esnobe pela cidade, ela estava acompanhada de Hannah, e juntas foram até o castelo.
O castelo era enorme, e tinha um longo corredor feito de pedras polidas, e um lindo jardim rodeado por cavaleiros com armaduras de aço e elmos que tampavam suas cabeças por inteiro, todos carregavam longas espadas e escudos, Karayan e Hannah ia até a porta do castelo onde havia cavaleiros que protegiam o lugar, ambos deram passagem, abrindo a enorme porta do local.
Dentro do castelo o lugar tinha enormes colunas e um vastos tapete vermelho que levava até o trono, trono esse que era banhado a ouro e com duas espadas cravadas em seu acento e uma lança ao meio, a cadeira era enorme, e ao lado havia uma cadeira de prata com alguns brilhantes cravados a ela, e assentado ao trono de ouro estava o rei, um homem de cara fechada e de aparência envelhecida, mas de cabelos escuros e poucos fios brancos, acima do peso, e com uma barba enorme.
Karayan e Hannah caminharam até o trono e se curvaram perante o mesmo, porem diferente de Hannah que fechou seus olhos, Karayan se manteve de olhos abertos apenas de cabeça baixa, logo as duas se levantaram e foi cumprimentadas por vossa alteza.
Augusto : - Vejo que minha adorada cavaleira retorna de sua missão.
Karayan : - Sim vossa majestade, e com grande sucesso.
Augusto : - Mas não vejo o que me prometeu aqui perante meus olhos.
Karayan : - A deixei em StrellaMinnor, aos cuidados do Trio Monstro. Como sua mão e cavaleira da nobre guarda, optei por não trazê-la para cá, já que o oriente está para chegar, não achei que seria boa ideia eles vê-la e deduzir que estamos vasculhando o bosque branco.
Augusto : - Sábio de sua parte, sempre me admira que está passos a frente de tudo, mas na próxima me deixe a par da situação. Recebi mensagem do Imperador, amanhã cedo eles devem chegar.
Hannah : - Deixarei tudo preparado nas catedrais para a chegada deles se o senhor me permite, vossa majestade.
Augusto : - Deve fazer, pode ir.
Hannah se curvou mais uma vez e partiu saindo do castelo. Karayan a olhou e assim que ela foi embora voltou a seu olhar para o rei e percebeu que a rainha não estava ali, então ela perguntou.
Karayan : - Onde está vossa alteza ?
Augusto : - Misaki, ela está presa em seus aposentos a meses, e ficará lá, até seu irmão chegar, não quero arriscar ela mandar uma mensagem para eles secretamente, ter uma guerra aqui, seria o maior dos problemas...
Nos aposentos reais em meio ao escuro, se encontrava Misaki, uma linda mulher de pele clara como neve e de longos cabelos escuros seus olhos eram puxados, a mesma aparentava ter um semblante vazio e triste.
Fora do reino Astolfo e Anastácia estavam vagando despreocupados até que ouviram som de trotes de cavalo, ao olharem perceberam que aqueles cavalos estavam montados por cavaleiros e que estavam vindo na direção deles, ambos deram meia volta e correram de maneira desesperada tentando fugir, mas um dos homens mirou uma flecha na perna de Astolfo o fazendo cair já ferido no chão. Anastácia parou e tentou ajuda-lo, porem Astolfo vendo que os homens já haviam demonstrado não ser amigáveis, ele gritou com a pequena para que ela fugisse em meio a floresta que havia ali e tentasse achar um local seguro. Mas antes que ela conseguisse correr, um dos homens a parou ficando em frente do seu caminho com o cavalo.
Cavaleiro 1 : - Veja só o que achamos, um elfo. Quem diria que essa ronda nos daria diversão.
Cavaleiro 2 : - Podemos levar ele para servir de escudo para a gente, como fizemos décadas atrás e a menina podemos vender em StrellaMinnor, ela parece bem cuidada haha.
O terceiro cavaleiro pegou a menina no colo a força, enquanto ela se debatia gritando pelo Astolfo, nisso o rapaz enfurecido se levantou mesmo com dor e avançou em cima do cavaleiro, mas antes de alcança-lo, os dois que estavam atrás dele o chutaram e o derrubaram novamente, com isso os homens desceu de seus cavalos e espancaram Astolfo, o fazendo desmaiar, Anastácia começou a chorar se debatendo, e o cavaleiro que a segurava deu um tapa na cara da dela a deixando marcada na face.
Com isso os cavaleiros colocaram Astolfo amarrado nas costas do cavalo assim como Anastácia e partiram rumo a StrellaMinnor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Bosque Branco
FantasyLavínia era uma doce criatura, com a aparência felpuda acinzentada e orelhas e focinho como de uma lebre mas com características humanas, a mesma tinha como seu hobbie favorito a pesca, que seu pai havia ensinado a ela quando mais nova, antes de des...