Após dias de viagem, Astolfo e Anastácia, estavam exaustos, e resolveram descansar perto de algumas árvores que havia pela planície. Astolfo tinha um enorme desanimo dentro de si, após tudo o que havia acontecido, ele olhava para a garota se perguntando o que devia fazer, pois nunca se encontrou em tal situação. Anastácia por outro lado se mantinha calda e chorava as vezes se lembrando de sua mãe e da cena horrível que viu.
Astolfo respeitou o silencio da menina e se levantou de onde estava e se apoio no tronco de uma árvore olhando para o nada, e viu que o tempo começou a mudar e esfriar, isso dizia que o inverno estava chegando.
O rapaz foi até a menina e jogou sua capa em cima dela e pediu para que seguissem viagem, pois a qualquer momento o tempo poderia piorar mais do que já aparentava. Anastácia se levantou e se cobriu com a capa dele, e entregou sua mão para que o mesmo pudesse segura-la, e assim Astolfo fez, andou de mãos dadas com a jovem pela planície.
Astolfo : - Vou cuidar de você, precisamos apenas achar um lugar aonde poderemos nos abrigar e reerguer.
Anastácia : - Tenho medo, Astolfo. Estamos sem objetivo. Sem o Torn, sem a mamãe, sem ninguém.
Astolfo : - Sei que não sou a melhor companhia, mas juro que irei te proteger, com a minha vida, e eu vingarei sua mãe, e todos do bosque. EU JURO !
A garota o olhou e deu um sorrisinho, logo o desfazendo e olhando para o lado, ela tinha um olhar vazio e angustiante.
Atrás deles, a quilômetros de distância estavam Olav e Torn que mantinham a viagem sem descanso, eles estavam seguindo um caminho diferente de Astolfo e Anastácia, eles iam em direção as vastas floresta do local, sem um rumo aparente, ambos assim como Astolfo, acreditavam ser os últimos sobreviventes.
Torn : - Não temos objetivo nenhum mais, Olav, apenas vagar pela imensidão desse lugar.
Olav : - Ainda podemos viver e reconstruir tudo do zero.
Torn : - Não tenho mais animo e nem vontade de reconstruir nada, em anos de vida, nunca me senti tão perdido como agora. Eu não sei foi a culpada, Lavínia ou o Demônio de Asas Negras. Se realmente a Lavínia não fez aquilo por vontade própria, ela também seria uma vitima assim como nós. Estava furioso com ela, mas aos poucos... vejo a verdade.
Olav : - De certo modo sim, mas esqueça isso, sei que sente tristeza por sua esposa, mas ela iria querer que você seguisse em frente, meu amigo !
Torn parou por um instante e respirou fundo, deixando uma lágrima sair de seus olhos. Ele tentou esconder sua tristeza, mas era impossível não deixar transparecer.
Torn : - Lembro dos gritos e todo aquele sangue, crianças inocentes morrendo, por quê ? Por causa de um demônio desalmado, e ainda usou de outra pessoa para fazer isso.
Durante sua conversa um som veio de perto deles, como se tivesse mais alguém andando por perto, nisso uma mulher ruiva de cabelo de rabo de cavalo e com cicatrizes no rosto saiu de meio as árvores dizendo. Ela era alta e se vestia com pele de lobo, poucos pedaços de armadura e botas de couro velhas.
??? : - TORN ? OLAV ?
Os dois homens se viraram e olharam para a mulher, Torn colocou a mão no cabo de seu machado para se precaver.
A mulher foi até eles com um enorme sorriso de braços abertos, Olav e Torn demonstraram desconfiança e nisso o anão apontou seu machado em direção da mulher. Nesse momento a mulher parou e disse.
Liv : - Sou eu, a Liv, esqueceram de mim foi ? Pensei que vocês estavam mortos desde que o reino os levou como prisioneiros, fiquei sabendo que levaram todos os presos para lutar na guerra contra os anjos, juro que tentamos resgata-lo, Torn, mas StrellaMinnor é um lugar difícil, mas com a nova poção travaremos essa guerra.
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O Bosque Branco
FantastikLavínia era uma doce criatura, com a aparência felpuda acinzentada e orelhas e focinho como de uma lebre mas com características humanas, a mesma tinha como seu hobbie favorito a pesca, que seu pai havia ensinado a ela quando mais nova, antes de des...