O Bosque Branco Cap 8 : O Livro de Gastor

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Torn olhou fixadamente para os belos e grandes olhos amarelados de Lavínia, a menina ficou brevemente sentindo-se pressionada e segurou suas mãos. Torn notando que a menina estava com receio de estar ali com eles, disse com um sorriso.

Torn : - Fique em paz, minha cara menina lebre, não lhe farei mal, apenas quero saber como conseguia viver fora do bosque. Pode me dizer ?

Lavínia olhou para os lados novamente, olhando para Marilda que estava com um sorriso meigo em seu rosto e Olav, o homem fez um gesto com a cabeça a incentivando a falar. Com isso Lavínia abriu sua boca e disse.

Lavínia : - Bom, eu vivia junto de meu pai, chamado Gastor, sempre foi normal fora do bosque, nunca vi nada de surreal. Meu pai dizia para jamais entrar nesse bosque, mas quando vi aquele bicho estranho que vocês chamando de Wendigo, eu fiquei curiosa...

Torn : - Viu um Wendigo ? Ele a atacou fora do bosque ? Ele são perigosos, acredite.

Lavínia : - Não, assim que pisou para fora se desmanchou completamente, é como se eles estivessem ligados a este lugar. Os vi novamente na noite passada, vários me atacaram, e também tinha uma sombra negra de olhos avermelhados que me olhava atentamente. Achei que fosse morrer.

Torn : - Sombra negra de olhos vermelhos ? Poderia ser o próprio demônio de asas negras, como conseguiu ficar inteira menina ?!

Lavínia : - Uma flecha de luz, acertou todos com apenas um tiro, ouvi uma voz que falava em uma língua estranha. Em um piscar de olhos todos sumiram diante de mim.

Torn ficou de olhos arregalados olhando para a garota, totalmente surpreso com aquilo, pois o mesmo nunca havia escutado ou visto tal coisa. Olav se aproximou e perguntou. Fazendo todos levar a atenção ao mesmo.

Olav : - Desculpa me intrometer nesse assunto, grande Torn. Mas ainda sobre seu pai, Lavínia, o mesmo dizia para não entrar aqui, né ? Ele sabia dos perigos do lugar ?

Lavínia : - Sim, ao menos foi o que deu para entender, ele me contava uma história em um livro, que dizia os perigos do bosque, e que aqui um dia habitou uma bela vida, e animais bonitos e sem perigo, mas uma enorme tormenta caiu sobre os vastos campos do bosque que o levou a ser o que é agora, mas não citava os generais, se bem... Que ele falava de monstros, creio que os generais poderiam estar inclusos nisso... Inclusive eu e Astolfo vimos o vulto desse tal Demônio de asas negras.

Torn : - Misericórdia, só de imaginar esse ser... me dá calafrios. Ninguém nunca viu seu rosto.

Torn ficou alguns segundo calado após sua fala, e voltou a ficar pensativo sobre o pai de Lavínia, parecia um homem repleto de segredos e conhecimento, com isso Torn voltou a questionar de Gastor para Lavínia.

Torn : - O Castor aí, seu pai, ele você disse que quer encontrar né, isso significa que ele adentrou o bosque certo ? Mas por qual razão ? Se ele mesmo citava os perigos daqui.

Lavínia : - É Gastor ! senhor Torn...
Enfim eu até hoje não sei, esperei ele por um longo tempo me segurando para não ir atrás dele... até que vi o Wendigo que mencionei.

Torn : - Como é fora das montanhas, já estiveram lá, antes do sumiço repentino de seu pai ?

Lavínia : - Não, nunca nem chegamos perto de lá. E meu pai me proibia também, senhor.
Ah ! Verdade, me lembrei, como pude ser tão tonta e esquecer isso. Eu peguei o livro que meu pai me contava as histórias do bosque.

Torn arregalou os olhos e olhou para Olav e Marilda, e se aproximou da menina.

Torn : - Seja rápida e pegue esse livro, quem sabe não cita algo a mais daqui que não sabemos. Uma maneira de sair, ou derrotar os generais.

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