O Bosque Branco Cap 9 : A Besta do Subsolo, O General do Massacre, Yuruem

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Lavínia ficou inquieta com o sono que teve durante a madrugada, e desde o mesmo não conseguiu pregar mais o olhos, a menina ficou refletindo naquilo durante horas e horas, se perdendo completamente em seus pensamentos, fazia pouco tempo que ela havia adentrado o bosque, mas já havia feito tantas descobertas, infelizmente algumas desagradáveis.

O sol já estava entrando pelas frestas da cabana, pegando no rosto de Lavínia, a menina aproveitou para se levantar, vestiu-se e foi para fora, ela não encontrou ninguém ali, então resolveu ir para aonde Dingo estava, chegando lá a menina se deparou com Astolfo, que estava dormindo apoiando-se sobre uma ovelha deitada e Dingo estava ao lado já acordado, olhando o jovem elfo. Lavínia apenas fez um sinal para o cachorro, e o mesmo a entendendo foi até Astolfo e se apoio sobre o mesmo e lambeu sua boca, o fazendo acordar assustado. Lavínia riu com aquilo e disse.

Lavínia : - Bom dia, Astolfo ! Por quê está dormindo aqui ?

Astolfo limpou sua boca, e olhou para Dingo de cara feia, e se levantou, limpando suas roupas foi até Lavínia e a respondeu.

Astolfo : - Aproveitei a madrugada para organizar os animais aqui e peguei no sono, os castigos do Torn é muito pesado, vai por mim, não vai querer ficar em um.

Astolfo abriu a pequena porteira e saiu de dentro do curral dos animais junto do cachorro.

Lavínia e Astolfo andaram pela tribo, até que se depararam com Torn, o mesmo já estava de pé atrás de sua cabana, cuidando de uma pequena plantação que havia naquela região, os pés de alface eram pequenos e murchos mesmo estando plantados na terra. Lavínia se aproximou o cumprimentando e logo se agachou para ver mais de perto. Torn notando a curiosidade da garota a mostrou como cuidar das plantações, a menina se lembrou de seu pai que também tinha costume de ensina-la sobre as hortas além da pesca, abriu um sorriso, fazendo exatamente como Torn a orientava. Astolfo apenas ficou de longe vendo os dois trabalhar encostado sobre a cabana e com Dingo sentado ao seu lado.

Minutos se passaram e logo o sol já estava em pé, deixando o bosque totalmente claro. Todos se levantaram e saíram de suas cabanas para se alimentarem, exceto Kayan que se manteve dentro de sua cabana. Marilda com ajuda das outras mulheres e crianças preparou tigelas com leite e levou alguns pães pequenos e secos para os homens da tribo que estavam ajeitando a fogueira para assar um pouco mais da carne do javali escuro que Lavínia havia caçado dia passado.

Lavínia, Torn, Astolfo e Dingo se uniram a todos, e se sentaram próximo a fogueira aonde Lavínia foi servida pelo próprio Torn, que oferecia uma tigela com leite e pão. A menina assim que bebeu encheu os olhos de alegria, pois era a primeira vez que ela havia bebido tal coisa, assim como pão, Lavínia comeu com muito gosto, e pediu a permissão de Torn para servir Dingo, o mesmo a autorizou, e Lavínia sem perder tempo, da mesma tigela que havia comido e bebido serviu Dingo. Torn sorriu com a empolgação da menina, e disse.

Torn : - Nunca bebeu leite e nem comeu pão ?

Lavínia falou com a boca cheia, mas a cobrindo com as mãos.

Lavínia : - Nunca ! É muito gostoso.

Olav ouviu a conversa e levou suas mãos para a carne que havia colocado para a assar e arrancou um pedaço de bife e colocou em meio ao pão e deu para a garota dizendo.

Olav : - Pois coma isso !

A garota provou da refeição que Olav a preparou, e ao morder, seus olhos brilharam, Olav e Torn, e assim como os demais sorriram vendo a reação inocente da menina, todos vendo aquilo mal puderam acreditar que tinha sido aquela pequena felpuda que havia derrubado o javali escuro.

As crianças foram até Lavínia e começaram a observa-la, mas a que mais prestou atenção em Lavínia foi uma garotinha pequena de cabelos vermelhos amarrados com dois coques na cabeça, a menina era parda de pele e com algumas sardas e sem os dentes da frente. A pequena sorriu para Lavínia e perguntou-lhe.

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