Assim que a rocha acertou Lavínia, uma nuvem de poeira e terra se levantou, Torn deu um grito de agonia. Kayan estava com suas púpilas trêmulas sem acreditar naquilo, ao lado Astolfo que se manteve parado perplexo com o que acabou de acontecer. Todos da tribo olharam para a direção que a pedra caiu.
A nuvem de poeira foi se abaixando lentamente e todos da tribo ouviram o som de um gemido ao meio a poeira, como se estivesse fazendo força, e quando a mesma nuvem se dissipou, Torn foi o primeiro a abrir a boca impressionado com o que viu. Era Lavínia, ela estava viva ! mas não apenas isso que Torn viu, mas sim a menina segurando aquela pedra enorme com suas duas mãos e as unhas fincadas nela, a força era tanta que as unhas de Lavínia sangravam e escorriam sangue por sua pelagem, pingando no gramado branco, seus pelos estavam arrepiados, e com uma expressão de fúria.
Dingo que estava ao lado, ficou de orelhas abaixadas e com seu rabo entre as patas demonstrando medo, a menina com um grito de força lançou a pedra sobre o chão se livrando do peso. Lavínia respirou ofegante e de olhos semiabertos.
Torn caminhou lentamente até ela, enquanto andava ele levou seu olhar para a enorme pedra que ela havia se livrado, sem acreditar naquilo o mesmo disse para Lavínia.
Torn : - Menina... De onde tirou essa força ?! Ou você sempre a teve e nunca soube ?
Lavínia estava zonza e com uma tremenda dor em seus braços a mesma caiu de frente sobre o chão, desmaiada. Dingo foi até seu rosto e o lambeu devagar. Olav correu para a direção em que estavam e a virou de barriga pra cima, aonde checou seus batimentos cardíacos para ver se ela estava bem e apenas gritou chamando Kayan. A mulher sorriu e chacoalhou a cabeça respondendo seu chamado, indo até o homem que lhe disse.
Olav : - Arrume as coisas na sua cabana, RÁPIDO ! Ela precisa repousar !
Kayan adentrou rapidamente sua cabana sorrindo novamente, e sem pensar duas vezes arrumou as coisas, unindo seu leito com o leito improvisado de Lavínia, esticou o cobertor da mesma sobre a cama e foi para fora chamar Olav. O homem ergueu Lavínia em seus braços e correu se enfiando para dentro junto de Torn e Marilda que correram rapidamente, Astolfo estava próximo e adentrou junto do resto da tribo para dentro da cabana.
Olav a deitou sobre o leito calmamente e notou a boca dela trêmula, Torn se ajoelhou e verificou os braços da menina, confirmando que não estavam quebrados, apenas com lesões possíveis nos tendões. Torn pediu a Anastácia buscasse algum balde com água limpa e assim a pequena fez, correu pela tribo atrás de um balde com água, Marilda preocupada foi até sua cabana e buscou alguns panos limpos e uma pasta amarela que guardava dentro de uma folha de árvore e correu voltar para a cabana de Kayan junto da pequena Anastácia.
Marilda fez um gesto pedindo a Torn para que a deixassem sozinha com Lavínia. Torn se levantou e mandou todos saírem, ficando apenas Marilda, Kayan e Torn. Marilda rapidamente limpou o sangue que havia nos braços da felpuda e passou a pasta amarela em volta aos tendões da mesma.
Havia se passado horas, e já estava escuro desde o incidente. Astolfo estava inquieto andando de um lado pro outro suando frio e mordendo seu dedo indicador, Olav vendo aquilo se aproximou do rapaz e lhe disse.
Olav : - Tenha calma, homem !
O elfo demonstrou um enorme desespero quando puxou Olav por suas roupas com os olhos cobertos em lágrimas; E gritando lhe respondeu.
Astolfo : - FOI MINHA CULPA, EU NÃO FALEI PRA ELA TUDO, eu me esqueci, como pude me esquecer disso ?!
Olav : - Ela vai ficar bem ! Pare de se culpar.
Assim que terminou de falar, Torn saiu de dentro da cabana, passando a mão em sua careca enquanto segurava seu elmo nas mãos, e olhou para Astolfo, aonde foi até ele e lhe disse.
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O Bosque Branco
FantasyLavínia era uma doce criatura, com a aparência felpuda acinzentada e orelhas e focinho como de uma lebre mas com características humanas, a mesma tinha como seu hobbie favorito a pesca, que seu pai havia ensinado a ela quando mais nova, antes de des...