Lavínia manteve o ritmo de sua corrida até que tivesse completamente afastada de onde vivia, sem rumo aparente, Lavínia junto de Dingo, parou e começou a observar em sua volta enquanto respirava fundo, a garota olhou para seu cachorro e com um sorriso meigo disse.
Lavínia : - Bom... é uma viagem sem volta Dingo, só iremos sair daqui quando descobrirmos o paradeiro de meu pai e o que era aquilo de ontem.
Dingo latiu para a sua dona balançando seu rabo. Lavínia tirou a mochila de suas costas tirou o arpão e a vara de pesca das laterais e as deixou no chão ao lado, a garota se ajoelhou junto de sua bagagem, a colocando em sua frente, abriu o zíper e tirou alguns peixes de dentro, e com um sorriso novamente olhou para seu mascote.
Lavínia : - Vamos comer ?
Lavínia andou pela redondeza e pegou alguns galhos secos que tinha pelo vasto gramado branco da região, e algumas folhas, a garota iniciou o preparo de uma fogueira, pegando duas pedras de sílex de dentro da sua mochila, começou esfrega-las e bate-las para que conseguisse fogo. Dingo inesperadamente começou a rosnar e latir para um arbusto. Lavínia se levantou de onde estava e pegou o seu arpão que estava amarrado na lateral da mochila, com ele em mãos a garota foi até o arbusto, e ao chegar lá notou a presença de apenas um pequeno roedor, a mesma abaixou a lança e olhou para Dingo com uma expressão de pouco caso mas, deu um riso para o mesmo, o cachorro apenas abaixou as orelhas e olhou de volta.
Naquele dia Lavínia e Dingo após terminarem sua refeição voltaram a anda pelo bosque a procura de um abrigo para que pudesse passar a noite. Ao cair da tarde a menina avistou uma velha cabana. A cabana estava bem velha e completamente destroçada nas laterais e teto mas, sem muitas opções ambos os dois entraram dentro dela para que pudessem passar a noite em um local seguro.
Lavínia ajeitou as coisas, improvisando uma cama com um cobertor que havia pego em sua casa, e usou sua mochila como travesseiro, tirando de dentro o gancho e mais algumas coisas que poderiam incomoda-la de se deitar.
Ao anoitecer, Lavínia já estava deitada em seu leito improvisado, olhando para o teto esburacado da velha cabana ela se perdia em seus pensamentos, se perguntando por onde seu pai estava dentro daquele imenso bosque, a garota ficou refletindo naquilo até que pegasse no sono. A menina adormeceu abraçada junto de seu mascote.Pela madrugada ouviu um barulho de algo andando fora da cabana, seguido do ranger das escadas de madeira do local em que estava, Dingo saiu dos braços de sua dona e começou a latir e rosnar.
Lavínia se levantou rapidamente e pegou seu gancho que estava ao lado do seu leito e o arpão mas, antes que pudesse ir para fora, a mesma se deparou com um daqueles seres de madeira já na porta da cabana e ao olhar pelos buracos do local avistou do lado de fora mais três criaturas semelhantes ao outro que estava dentro do local, no meio da escuridão da vegetação morta do bosque, Lavínia também viu uma silhueta macabra de olhos avermelhados a olhando de volta, a menina sentiu uma forte dor de cabeça e colocou sua mão na testa abaixando a cabeça, quando a ergueu novamente não viu mais aquela silhueta ao longe, e voltou sua atenção as criaturas que estavam entrando dentro da cabana apontando o arpão para eles com a intenção de ataca-los.
Ao ver que eram mais de três, Lavínia olhou aos arredores da cabana e teve uma ideia, usando do seu gancho a mesma mirou na parede com mais buracos e começou a atirar com o mesmo para que quebrasse um pouco mais as partes com buracos, assim abrindo uma fresta para que pudesse passar junto de Dingo.
Lavínia rapidamente pegou sua mochila e vara e as jogou pela fresta e em seguida se jogou pela a abertura feita, uma daquelas criaturas correu em direção a ela e a segurou pelo pé a impedindo de prosseguir com sua fuga, com um grito de raiva a garota usou do seu outro pé para chutar a criatura para longe, assim conseguiu se livrar do mesmo mas, quando levantou a cabeça para ver a sua frente, e notou a presença de mais daquelas criaturas, as mesma já haviam a rodeado por completo, sem opções Lavínia colocou a vara de pesca na lateral da sua mochila rapidamente, em seguida colocou a bolsa nas costas, e com um grito mandou Dingo atacar aquelas criaturas.
A garota foi por trás dele correndo com o arpão em sua mão direita e o gancho na esquerda ao se aproximar de um daqueles seres ela desferiu golpes nos mesmo, ao enfiar o arpão no corpo da criatura, sangue era jorrando para fora, manchando a grama branca em vermelho. Lavínia percebeu que mesmo com a proteção de madeira em seus corpos eles eram fáceis de ser perfurados, a menina aproveitou daquilo e continuou a perfura-los um atrás do outro, mesmo levando arranhões e cortes daqueles seres, Lavínia se manteve determinada a sair dali com vida lutando bravamente ao lado de Dingo.
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O Bosque Branco
FantastikLavínia era uma doce criatura, com a aparência felpuda acinzentada e orelhas e focinho como de uma lebre mas com características humanas, a mesma tinha como seu hobbie favorito a pesca, que seu pai havia ensinado a ela quando mais nova, antes de des...