O Bosque Branco Cap 11 : Os Ideais de Kayan

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Naquela mesma noite, Lavínia sonhou com seu pai novamente, o mesmo estava sentado sobre um rochedo coberto por neve, enquanto a mesma o olhava de trás, o vento fazia os longos cabelos da menina entrarem em sua visão, a atrapalhando, e quando tirou seus cabelos da frente, a mesma não o encontrou mais sentado ali, a garota se aproximou lentamente do rochedo e percebeu estar em uma altura elevada, quando olhou o horizonte a mesma viu o céu coberto em fogo, era como se as nuvens estivessem em chamas com o céu alaranjado. Ao longe a menina viu uma floresta enorme e de cima um enorme ataque e flechas brancas, e uma das flechas veio em sua direção.

Lavínia despertou de seu sonho e se sentou sobre seu leito, a menina fez isso tão rápido que assustou Marilda que estava ali próximo. Lavínia a olhou com a respiração ofegante e sentiu uma leve pontada em sua cabeça, levando sua mão até a testa a segurando forte e fechou seus olhos.

Pela manhã, Lavínia se manteve deitada, e com ajuda de Marilda a mesma se alimentou um pouco, depois da refeição a garota quis se levantar um pouco, com isso a mulher a ajudou a se levantar e deixou a mesma ir para fora junto de Dingo. Assim que abriu a porta, Torn caiu para trás e despertou de seu sono assustado, pegando seu elmo e o colocando na cabeça, e ao ver que quem abriu a porta foi Marilda e Lavínia, o mesmo se levantou e disse.

Torn : - Oh ! Bom dia ! Como está, garota lebre ? Melhor ?

Lavínia : - Dói um pouco, mas bem menos que antes, foi de leve os machucados.

Astolfo estava dormindo novamente em cima da ovelha, mas ao ouvir a voz de Lavínia o mesmo despertou de seu sono e se levantou rapidamente, pulando a cerca e correndo até sua colega com um sorriso e gritando seu nome, a abraçou forte. Lavínia ficou sem reação e a apenas sorriu dizendo.

Lavínia : - Bom dia para você também, Astolfo !

Astolfo : - Como você se sente ?! Melhor ? Me perdoe, por favor Lavínia, eu esqueci de citar o que atraía os generais.

Assim que terminou de falar seu sorriso desapareceu, dando espaço para a culpa em seu consciente e com um semblante cabisbaixo o garoto continuou a olhar Lavínia. A garota elevou sua mão para a cabeça dele e sorriu dizendo.

Lavínia : - Fique em paz, esquecemos de muitas coisas, acontece.

Torn : - Bom, vejo que está se recuperando, mas ainda acho que seja bom repouso, depois pegue suas coisas que você ficará comigo e Marilda.

Kayan estava encostada sobre a cabana de Torn, olhando para a direção de ambos, mas logo saiu dali e foi para o curral. Anastácia ouviu a voz de Lavínia e sem pensar duas vezes se levantou e com sua empolgação acordou seus pais juntos, os mesmos abriram a porta para a menininha sair, e assim a pequena correu até Lavínia dizendo empolgada.

Anastácia : Oooh ! Como conseguiu, senhorita Lavínia ? Que força monstruosa a senhorita tem, achei que só meu pai e o senhor Olav tinham essa força.

Lavínia : - Ah, aquilo ali foi sorte acho, eu também não sabia que conseguia segurar uma pedra. (risos tímidos)

Por aquela manhã todos da tribos haviam saído de suas cabanas para ver como Lavínia se encontrava, todos da tribo ficaram felizes em ver que a garota estava bem e não havia tido sequelas.

Mais tarde naquele dia, Lavínia continuo passando a pasta misteriosa que Marilda a deu e ajeitava suas coisas dentro da cabana de Kayan, a mulher adentrou sua cabana e se deparou com Lavínia ajeitando as coisas para sair, com isto Kayan fechou a porta e pediu para ter uma conversa com Lavínia, a menina brevemente parou de mexer em sua mochila e levou sua atenção a Kayan que a disse.

Kayan : - Lavínia, me ajude !

Lavínia : - Ajudar... ? Com o quê senhorita Kayan ?

Kayan : - A derrotar os generais, você tem a força que essa tribo não tem, coragem e força é tudo para travar uma guerra, e determinação, três coisas que você tem, pelo que notei.

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