Os dias foram se passando, com Evadne cuidando e zelando de Lavínia, a mulher era meio desajeitada pois não tinha muita prática como cuidar de um bebê, mas mesmo assim ela se esforçou ao máximo para manter Lavínia confortável e limpa.
Todas as manhãs Evadne a enrolava em seu cobertorzinho e saia da caverna atrás de vacas para pegar leite. Porém certo dia em que ela foi fazer sua rotina, ela avistou a maioria das vacas em meio a um cercado, e olhando de cima ela avistou pessoas ali, eram os mesmos que ela havia deixado vivo. Sabendo que não poderia descer para pegar leite das vacas dali, a mulher decidiu caçar alguns animais pelo bosque.
Evadne voava em meio às árvores do bosque e ia acertando os animais que via com seus punhos, os matando em um só golpe. No final da caça ela pegava os animais mortos e carregava todos até a montanha.
Chegando lá Evadne depositava o animais mortos no chão e entrava para dentro da caverna para espiar como estava Lavínia, e também pegar o caldeirão que já estava vazio do leite que tinha. E mais uma vez Evadne saia das montanhas voando indo buscar água e alguns temperos que havia na parte verde fora do bosque.
Com tudo em mãos Evadne começou a cozinhar, fazendo uma sopa com tudo que havia encontrado, e pegando uma tigela, ela colocava o grosso caldo nela e levava até Lavínia, aonde a pegava em seus braços e dava de comer a ela.
Evadne : - Não vai ter leite bebê, vai ter que comer sopinha.
Ela alimentava Lavínia com tremenda alegria, e mesmo Lavínia sendo extremamente nova, ela bebia aquele caldo sujando os pelos de sua boca. Ao terminar de alimenta-la, Lavínia começou a soluçar, Evadne então a abraçou e deu alguns tapinhas de leve em suas costas, até que a garotinha arrotou, assim parando o soluço, aquilo tirava risadas de Evadne, e não só dela, como de Lavínia.
Pela tarde, Evadne se sentava na beirada da montanha, com Lavínia em suas pernas enrolada no cobertor. E a mesma dizia para Lavínia com um sorriso.
Evadne : - Sei que você é nova, e não entende ainda, mas eu estou muito feliz em ter lhe encontrado. Minha irmã partiu desde aquele dia e não voltou mais... achei que ficaria sozinha, mas não, estou aqui com você pequena.
Lavínia estava ali quietinha e bocejos, fechando os seus olhinhos, adormecendo nos braços de Evadne. A mulher a viu fazendo aquilo e levou sua mão para a cabeça da pequena, aonde a acariciou de maneira delicada. Evadne ficou ali sentada junto de Lavínia até o sol terminar de se pôr.
Meses se passaram com Evadne cuidando de Lavínia, a garotinha com o passar dos meses estava ficando mais esperto Nha e engatinhando dentro da caverna. Evadne vendo aquilo, começou a perceber que era perigoso deixa-la sozinha na montanha para ir caçar, e então levava Lavínia junto dela, amarrada em panos a deixando bem presa, rente no corpo da mulher. Lavínia se divertia quando Evadne voava pelo bosque, e enquanto ela caçava, a garotinha sempre ria, sentindo o vento bater em suas longas orelhas. Evadne tomava o máximo de cuidado para não espirrar sangue e cobria a visão de Lavínia para ela não ver os ataques dados nos animais.
Ambas foram seguindo essa rotina, até que certo dia, pela manhã, Evadne despertou com um bater de asas, ela se levantou e pegou Lavínia nos braços a amarrando a mesma em sua frente e assim saiu da caverna, e ao olhar para o topo da montanha, acima da caverna se deparou com Karayan.
Evadne : - Irmã ?! A quanto tempo.
Karayan : - Precisei de um tempo para refletir em tudo. E também senti saudades.
Evadne rapidamente voou para cima e abraçou sua irmã, com cuidado para não esmagar ou machucar Lavínia. Enquanto ambas se abraçavam, Karayan viu as orelhas enormes de Lavínia e perguntou.
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O Bosque Branco
FantasyLavínia era uma doce criatura, com a aparência felpuda acinzentada e orelhas e focinho como de uma lebre mas com características humanas, a mesma tinha como seu hobbie favorito a pesca, que seu pai havia ensinado a ela quando mais nova, antes de des...