O Bosque Branco Cap 18 : Novos Rumos

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Acompanhados de Olav, os homens da tribo acharam as mulheres depois de horas de caminhas pelo bosque, todas que eram comprometidas foram até seus maridos os abraçando, assim como seus filhos.

Anastácia está a próximo a sua mãe, tentando achar seu pai, e logo ouviu o som de choro de sua mãe, a garotinha levantou a cabeça olhando para a sua mãe aos prantos, assim como outra mulher que chorava distante de todos. Anastácia mesmo tendo em torno de 11 anos, já entendia o que estava acontecendo, e ela segurou firme o vestido de sua mãe não conseguindo conter as lágrimas e perguntou a sua mãe.

Anastácia: - O papai, morreu ?

Sua mãe não conseguia responder de tanto chorar, e Olav vendo aquilo, chegou perto das duas, e aproveitou para chamar a outra mulher que estava chorando ao longe, e disse para ambas.

Olav : - Sinto muito, foi uma batalha cruel e difícil, mas eles lutaram bravamente, e graças a eles, tivemos a vitória. Matamos Yuruem !

Olav deu um tapinha no ombro das duas mulheres e se abaixou, limpando as lágrimas de Anastácia, em seguida o homem se levantou e pediu para que todas voltassem para tribo. Antes de irem, Marilda correu para perto do homem com seu semblante preocupada, mas logo Olav a respondeu, afirmando que Torn estava vivo. Marilda respirou fundo aliviada e com isso todas seguiram os homens para tribo. Kayan estava com Dingo e logo os dois partiram junto dos mesmos.

Na tribo, Lavínia estava deitada no chão, coberta pela capa de Astolfo e com a mochila abaixo da cabeça, enquanto a Torn e Astolfo pegavam os restos dos homens mortos e os cobriam em panos e levavam para perto da fogueira.

Lavínia estava adormecida e sonhou. Ela sonhava com ela criança, pequenina que só, e ela estava na visão da mesma, correndo com suas mãozinhas pequenas a frente e um riso manso e fofo ela soltava, a pequena Lavínia corria para dentro de um lugar escuro e abraçava a perna de alguém, após isso a mesma sonhou com outra coisa. Novamente o céu estava em chamas com dezenas de disparos sendo dados á uma floresta. Lavínia rapidamente despertou, abrindo os olhos rapidamente e quando olhou para o lado se deparou com Dingo, que estava sentado próximo a ela, a olhando e logo o mesmo esticou o pescoço para lambe-la. A garota sorriu e passou a mão na cabeça de Dingo o abraçando com apenas um braço, mas a menina não pode evitar de olhar as mulheres ao longe abraçando seus maridos mortos, a mesma avistou Anastácia também chorando e com isso Lavínia segurou o colar que a garotinha havia lhe dado sentindo uma pequena tristeza.

Torn deixou as duas mulheres continuarem com seu luto, todos ficavam em volta da fogueira de cabeça baixa. Perto de onde Lavínia estava ouviu uma voz falando e quando a garota olhou para quem era, viu ser Kayan que estava em pé olhando para a direção de todos enquanto dizia.

Kayan : - Por isso disse para não ficarem tão esperançosas que todos sairiam vivos.

Lavínia : - Que susto senhorita Kayan.

Kayan : - Ah, Lavínia, que bom que acordou, o quê seria de mim, sem você ?

Kayan se abaixou e levou sua mão para a cabeça de Lavínia com um sorriso meigo.

Kayan : - Como está ?

Lavínia : - Bem, eu acho. Foi uma luta difícil.

Kayan : - Devemos sair daqui, todos vocês, é perigoso, Nerus pode vir a qualquer momento.

Lavínia : - Tivemos sorte dele não ouvir o sons das bombas e nem ter vindo ajudar.

Kayan : - Sim, mas a sorte não bate duas vezes no mesmo lugar, irei falar com Torn.

A mulher se levantou e foi até Torn, aonde o chamava para conversar a sós, e assim foram. Ao irem Astolfo se aproximou de Lavínia e se sentou ao lado de sua amiga dizendo.

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