O casamento

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Esses arranjos são pra ficar na mesa de centro – Ice disse para a florista – Não, não... Coloque as cadeiras por ali – Esbravejou com dois homens que ajudavam na organização.

- Assim está bom? – Um terceiro homem apareceu com mais coisas.

- Perfeito – Ela fez sinal de jóia para o terceiro.

- Dona Ice – Uma moça do buffet a chamou – Já trouxemos as bebidas e as comidas que serão servidas na festa, onde poderemos armazena-las?

- Ploy – Ice chamou – Ajude a moça do buffet, por favor.

- Pode deixar.

Desde que contamos a novidade sobre o casamento aos nossos amigos e a minha família, todos ficaram bastante animados com isso. A Ice prometeu ajudar com a festa e a recepção e a Ploy também.

Minha mãe abriu o espaço da sua casa para a festa e contratou um dos melhores serviços de buffet da cidade e a Becky levou a Yoko em uma loja sofisticada para escolher o seu vestido de noiva.

Eu ganhei da minha mãe um belo vestido branco e um colar que combinava com os detalhes do mesmo.

O casamento no cartório aconteceu dois meses depois que eu tinha retornado ao trabalho, porém foi uma cerimônia onde só foram a Freen e a Marissa como testemunhas. As outras ficaram revoltadas por não terem ido junto, então decidimos fazer uma segunda cerimônia, desta vez com todos presentes.

Escolhemos uma data não muito distante e começamos os preparativos.

Convites foram entregues, contratamos um DJ para tocar, alugamos algumas mesas e cadeiras, compramos vários buquês de lírios e rosas brancas que enfeitariam todo o caminho, até a Sunny entrou na dança, comprei um vestido rosa claro com uma bolsinha para ela carregar as alianças.

A previsão do tempo era excelente, uma dia de céu aberto e com o clima agradável.

Faltando pouco menos de uma hora para a cerimônia, fui avisada que o celebrante havia chegado e que estava lanchando na cozinha, eu agradeci pela informação enquanto terminava a maquiagem.

Tive que me segurar para não invadir o quarto em que a Yoko estava se arrumando e me concentrei em minhas próprias obrigações.

...

E lá estava eu andando entre os convidados em direção ao altar improvisado, já tinha em mente o que diria para a Yoko e cada segundo me via mais e mais ansiosa, no cartório foi muito simples, porém ali na frente de todas as pessoas que nos eram importantes eu meio que me vi emotiva e nervosa, com medo e feliz, sentindo frio e calor, sentindo o estômago revirar, controlando-me para manter uma pose mais séria.

Todos me olharam admirados, não era apenas pela minha beleza realçada com as minhas vestes e maquiagem, mas acredito que eles conseguiam enxergar o quanto o meu coração batia em júbilo, eu sorria por fora e por dentro.

Lentamente cheguei ao meu lugar, cumprimentei o celebrante e me virei para enfim recebê-la.

Cinco minutos depois ela apareceu, a luz do sol reluzindo em seu vestido branco bordado, um pequeno decote e mangas compridas, um sorriso que fazia o meu coração disparar ainda mais em meu peito.

Os cabelos presos e brincos e colar de prata, a sua maquiagem em um rosa suave, como que recriando ali a pele de um bebê... Perfeita.

Ela se aproximou de mim e eu lhe dei as mãos compartilhando só com os nossos olhares cada sentimento não dito, então ela deixou uma lágrima escorrer em sua face e eu passei o meu dedo suavemente em sua bochecha para seca-la.

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