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A Julia quase me infartou nessa madrugada

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A Julia quase me infartou nessa madrugada.



Mas dessa vez foi de verdade.



Ela me acordou dizendo que tava passando muito mal, tentamos de tudo pra parar e quando nada resolveu, ligamos pra médica dela, que mandou irmos pro hospital.



Ela fez alguns exames, deram remédios pra ela e agora estamos no quarto esperando os resultados.



Ela tá deitada na cama com uma feição tão tranquila que quem vê diz que está em casa e não em uma cama de hospital. Calmíssima, mexendo no celular como se nada tivesse acontecido.



E eu não paro de mexer na barba, bater os pés no chão, balançar as pernas, estalar os dedos... Tô tendo. Nervoso pra esse resultado sair logo.




–Gabriel, se acalma, cara.– Ela me olha e solta uma risadinha.



–Como que eu vou ter calma? Eu não sei como que você tá conseguindo ficar tranquila assim.– Falo indignado.– E esse exames que não chegam nunca? Hospital lerdo do caralho.– Me levanto nervoso.




–Eu nem tô mais com dor, preto. Deve ter sido só um susto. Além do mais, se fosse sério mesmo já teriam vindo falar com a gente.– Ela tenta me tranquilizar.




–Você não tá com dor porque te deram remédio pra isso. E incompetência médica existe, sabia? Sabe lá o que pode estar acontecendo do lado de fora desse quarto.– Desabafo.




–Ele não se mexeu desde que você começou a passar mal, né?– Coloco a mão na barriga dela.– Fala com o papai, filho.– Cutuco ali. Ela ri.




–Ele deve estar dormindo tranquilamente, ou acordado e rindo da sua cara. Relaxa um pouco.– Ela diz.



Nesse momento o médico entra no quarto.



–Bom, Julia, a dor que você sentiu foi causada porque você teve algumas contrações. Quando os sete meses de gestação chegam, é normal que contrações de treinamento aconteçam, mas as suas não foram de treinamento. Seu corpo ensaiou entrar em trabalho de parto, e é muito cedo pra isso.– O médico explica.– Por esse motivo vamos precisar que você fique aqui em observação durante o dia inteiro, é provável que só tenha alta amanhã de manhã.– Ele conclui.




–Mas isso afetou o bebê?– Ela parece não entender muito bem o que aconteceu. Eu também não entendi.



–Não. Pode ficar tranquila. O bebê tá muito bem. O problema é que está muito cedo pra ele nascer. Por isso vamos precisar que você fique em observação pra sabermos como vamos prosseguir e conseguir encontrar a melhor forma de segurar esse apressadinho aí por mais um tempo.– Ele diz.




𝐃𝐔𝐀𝐒 𝐌𝐄𝐓𝐀𝐃𝐄𝐒 - 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋.Onde histórias criam vida. Descubra agora