Gabriel Barbosa, o camisa 10 do Flamengo, acaba encontrando Júlia Santos, sua versão feminina. E pela primeira vez na vida, o atacante fica completamente maluco ao entrar no jogo da morena, que, ao contrário das outras, não caiu no papinho dele.
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O Gabriel viaja hoje e só volta depois de amanhã.
E eu posso parir a qualquer momento.
Ele passou a noite inteira ontem conversando com o Bernardo e pedindo pra ele esperar o papai voltar.
Agora ele tá arrumando a mala dele e eu tô entrando em desespero. O Gabriel é literalmente a minha pessoa de conforto. Me expliquem que caralhos eu vou fazer se o Bernardo decidir nascer e ele não estiver aqui? Não dá. Não tem como. Ele não pode perder isso.
Resultado? Comecei a chorar.
Quando ele saiu do closet, me viu chorando na cama.
–Ei, o que houve?– Pergunta preocupado e se aproxima. Se senta na minha frente e limpa as lágrimas que estavam caindo pelo meu rosto.
–Não vai. Por favor. E se ele nascer, Gabriel? Você precisa estar aqui.– Peço chorando e ele suspira.
–Eu preciso ir, amor. Você sabe que se eu tivesse o mínimo poder de escolha, eu com certeza ficaria. Mas não dá.– Ele faz carinho na minha perna.
–Inventa que tá doente, sei lá, qualquer coisa. Eu não vou conseguir sem você. Você precisa estar lá.– Choro mais ainda.
–Eu vou estar lá. Ele não vai nascer até eu voltar. Pensa assim.– Ele tenta me acalmar.
–E quem garante? Você não tá entendendo. Sem você não vai dar. Fica, por favor.– Choro mais ainda.
–Se você sentir qualquer dorzinha eu peço liberação e volto correndo. Eu prometo. Mas eu preciso ir. Você sabe disso.– Ele limpa as minhas lágrimas.– Vai dar tudo certo, amor. Eu vou estar aqui.– Ele parece profetizar. E a bendita campainha toca.
–Vou com o Gerson e com o Léo pro CT.– Ele diz.
–Então vai. Vai com Deus.– Falo. Tento parar de chorar, mas simplesmente não consigo.
–Não. Não vou conseguir ir e te deixar aqui chorando. Preciso que você melhore.– Ele diz.– Vou lá abrir a porta e pegar uma água pra você.– Ele se levanta e sai do quarto.
Pouco tempo depois, volta com um copo de água nas mãos, Léo e Gerson entram logo atrás dele.
–Qual foi, pirralha? Tá chorando por que?– Gerson me olha preocupado.
–Nenhum de vocês consegue fazer a função de centroavante? Por favor.– Choramingo e o Gabriel me abraça.
