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Pela primeira vez desde que descobri a gravidez eu tô me sentindo tão... feliz. Tô confortável. Arrisco dizer que eu tô gostando disso tudo. Tô gostando a ideia de construir uma família e fazer diferente do que foi feito comigo.Tô gostando da sensação de sentir que eu realmente pertenço a algum lugar.
Durante a minha vida toda eu nunca senti isso. Depois que meus pais se divorciaram e a minha mãe casou com o meu padrasto, eles tiveram meus irmãos e era como se eu não fosse parte daquilo, sabe?
Eu considero meu padrasto mais pai do que o meu próprio pai. Ele e minha mãe nunca me deram motivo pra eu me sentir excluída, acho que foi algo que eu mesma criei. Era como se eu visse a minha mãe refazendo a vida, criando a família dos sonhos dela e eu fosse aquilo que sobrou do passado sombrio dela.
E eu me culpo por sentir isso, justamente porque eles nunca me deram motivos. Mas foi desse jeito que eu me senti.
E agora a sensação é outra. Claro que dá muito medo. Ser mãe é assustador. Mas pensar na ideia de ver o Gabriel jogando bola com o nosso filho em uma tarde de domingo me traz uma sensação gostosa. Na real, é estranhamente boa.
Quando anoiteceu nós saímos da praia. Tomamos um banho e pedimos hambúrguer. Agora estamos comendo e daqui a pouco vamos jogar FIFA.
Se nosso relacionamento sobreviver a isso... A gente vai morrer juntos mesmo.
–Gabriel, da pra parar de roubar a minha batata?– Me irrito quando percebo ele pegando as batatas do meu pote.
–No seu veio mais do que no meu, cara.– Ele argumenta rindo.
–Eu tô grávida. E se veio menos no seu, que pena. Cada um com os seus problemas.– Dou de ombros e ele me olha indignado.
–Eu vou casar com uma mulher que não divide comida comigo? Que parceria é essa?– Ele me perturba.
–Casar?– Dou risada.
–Ué, claro. Achar o amor da sua vida, ter filhos, casar... É a ordem natural da vida.– Ele me olha com um sorrisinho no rosto.
–Eu não me lembro de ter recebido nenhum pedido de casamento.– Falo.
–E se eu pedir você aceita?– Ele aperta os olhos na minha direção. Eu fico vermelha.
–Não quero casar agora.– Digo.
–Por que não?– Ele insiste.
–Ah, nunca foi um sonho pra mim. Casar, ter filho... Sempre quis manter distância disso.– Solto uma risadinha.– Mas a vida tomou outro rumo, vamos ter um filho... Só não vejo a gente casando agora.– Dou de ombros.
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𝐃𝐔𝐀𝐒 𝐌𝐄𝐓𝐀𝐃𝐄𝐒 - 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋.
FanficGabriel Barbosa, o camisa 10 do Flamengo, acaba encontrando Júlia Santos, sua versão feminina. E pela primeira vez na vida, o atacante fica completamente maluco ao entrar no jogo da morena, que, ao contrário das outras, não caiu no papinho dele.