Gabriel Barbosa, o camisa 10 do Flamengo, acaba encontrando Júlia Santos, sua versão feminina. E pela primeira vez na vida, o atacante fica completamente maluco ao entrar no jogo da morena, que, ao contrário das outras, não caiu no papinho dele.
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A carne é fraca e o inimigo é ardiloso.
As palavras dele mexeram TANTO comigo. E agora eu tô me sentindo uma boboca. Bati tanto na tecla de não acreditar nas coisas que ele falava, mas eu juro que senti muita verdade.
UMA LÁGRIMA DESCEU PELOS OLHOS DELE.
Isso vindo do Gabriel é uma coisa GIGANTESCA. Ele não chora por nada, nunca.
E aí agora tô aqui, sendo otária, querendo acreditar em tudo que ele disse.
Mas eu posso tanto estar cega, não estar enxergando o tanto que tô sendo feita de boba, posso estar caindo feito um patinho nas mentiras dele.
Mas, nossa, é tão conveniente acreditar em tudo isso. Tão conveniente acreditar e voltar pra ele.
Mas não dá. Não posso. Olha o que ele fez. Em todo momento eu pensei nos sentimentos dele, e ele não ligou para o que aquela atitude dele causaria em mim.
Que saco.
Hoje todo mundo vai jantar junto porque amanhã os jogadores vão ficar concentrados o dia todo pro jogo do dia seguinte, ou seja, não vão poder ficar com a gente.
E eu dou graças a Deus por isso. Serão só mais algumas horas precisando resistir ao cafajeste do Gabriel.
–Tá, ele falou todas essas coisas... E aí? O que você vai fazer?– Priscila pergunta curiosa.
–Não sei. Pensei em ignorar, pensei em voltar, pensei em chamar ele pra conversar... Mil opções passaram pela minha cabeça mas eu não consigo escolher uma delas.– Falo.
–Eu acho válido você conversar com ele. Você ama ele, e se você sentiu verdade no que ele falou... Acho que vale a pena confiar na sua intuição.– Karol fala.
–Eu concordo. Mas acho que você tem que ficar esperta. Se ele disse o que disse sobre ela, a postura dele com ela tem que mudar também, né? Se se arrependeu de chamar ela, que diga agora que não quer nada com a garota.– Priscila diz.
–Será que eu vou ter que falar disso com ele? Tipo assim, eu queria que ele fizesse sem eu precisar pedir, sabe? Mas e se ele fizer e não me contar? Eu vou ter que tocar no assunto?– Falo.
–Eu acredito que se você realmente optar por conversar com ele, vocês tem que ter tempo, privacidade... E tem que estar dispostos a botar tudo na mesa, tem que ter sinceridade na conversa. Daí pra frente vocês decidem o que fazer.– Karol diz e a Priscila concorda.
