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Quando a gente começa a se adaptar as coisas, tudo muda de uma hora pra outra

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Quando a gente começa a se adaptar as coisas, tudo muda de uma hora pra outra.



O Bê completa dois meses hoje. A Dhiovanna organizou um mêsversário pra ele aqui em casa, eu preciso ir tomar banho pra me arrumar, mas tô na luta de conseguir dar mama pra ele.



Isso é o caos da vez. Eu não tô mais conseguindo amamentar. Tô parando de produzir leite e isso tá me chateando demais. Ele faz um mega esforço mas chega uma hora que simplesmente não tem mais leite. Eu sinto dor, mas sempre deixo ele tentar até onde ele aguenta.



O problema é que isso tá fazendo ele perder peso, e por isso o pediatra quer que a gente comece a dar fórmula pra ele. Mas se eu parar de tentar amamentar, é aí que não vou produzir mais leite mesmo. E eu tava amando tanto amamentar. Sinto uma conexão tão forte com ele nesse momento. Não queria ter que parar.



Mas talvez seja realmente necessário. Agora por exemplo, algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto pela dor que tô sentindo. Choro também porque não consigo nem alimentar meu filho.




–Amor, isso não tá legal, mano. Ele não consegue se alimentar e você sente dor. O pediatra não teria indicado a fórmula se não fosse a melhor opção pra ele.– Gabriel insiste mais uma vez. Limpa as lágrimas que haviam caído pelo meu rosto.




–Deixa que a gente dá a fórmula agora e vai tomar um banho. Respira um pouquinho. O Bê precisa de você bem.– A Priscila dá a ideia e a Karol concorda com a cabeça. Eu hesito.



Penso um pouco por alguns segundos e me dou por vencida. Entrego o Bê no colo da Priscila e vou pro meu quarto tomar banho.



Entro no banheiro, fecho a porta e começo a chorar. Essa sensação de insuficiência é terrível. A única função indispensável de uma mãe é amamentar. E só porque eu estava gostando, não posso mais fazer.




–Ei, você sabe que não é culpa sua, né?– Gabriel abre a porta e entra no banheiro. Eu limpo as lágrimas que haviam caído pelo meu rosto e ele se aproxima.




–Não quero falar sobre isso.– Tento segurar o choro mas acaba não funcionando. Ele apenas se aproxima de mim e me puxa pra um abraço.



–Tudo bem. Não precisa falar sobre isso. Você só precisa saber que não é sua culpa. Isso acontece. Eu sei que você gostava, mas já não estava mais sendo bom pra nenhum de vocês. E isso não é um problema. Ele não vai te amar menos por isso.– Gabriel tenta me consolar. Faz carinho em mim enquanto eu choro no seu abraço. Eu afirmo com a cabeça e respiro fundo pra conseguir parar de chorar. Ele leva os polegares até a minha bochecha e limpa as lágrimas que caíram por ali.




𝐃𝐔𝐀𝐒 𝐌𝐄𝐓𝐀𝐃𝐄𝐒 - 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋.Onde histórias criam vida. Descubra agora