Gabriel Barbosa, o camisa 10 do Flamengo, acaba encontrando Júlia Santos, sua versão feminina. E pela primeira vez na vida, o atacante fica completamente maluco ao entrar no jogo da morena, que, ao contrário das outras, não caiu no papinho dele.
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Ok, a vida tá uma loucura.
Acho que tô pirando, tô criando teorias de doido.
Tem uma pequena parte de mim que agora tá achando que o Gerson é meu irmão.
"Ah, Julia, você tá louca!"
Sim. Provavelmente estou sim.
Ontem na casa do Léo quando eu tava indo embora, ele me abraçou e a minha pulseira agarrou no bolso do casaco dele. A carteira dele caiu, e caiu aberta. Deu pra ver de forma muito rápida a foto de um homem, e eu posso sim estar doida, eu tava morrendo de tanta ressaca, mas eu JURO que aquele homem tem algumas semelhanças com o MEU pai.
E no dia que conversamos aqui na minha sala, ele disse que tudo que ele tinha do pai dele era uma foto.
Então, tipo... Será?
Fui afastada dos meus pensamentos quando escutei três batidas na porta, a porta se abriu e era o Gabigol.
–Falaram que você tava me chamando aqui.– Ele entra.
–Aham, temos três vídeos pra gravar hoje, lembra?– Falo ainda envergonhada pelo que rolou ontem na cozinha.
–Lembro.– Ele entra e fecha a porta.
–E aí? Que que eu faço?– Ele pergunta se jogando no sofá e eu olho incrédula pra ele.
–Não era esse o lance? Você manda, eu obedeço... Tô jogando o teu jogo, pô.– Ele passa a língua pelos lábios enquanto me olha com aquela carinha de sonso.
–Você tá livre pra gravar agora? Tava esperando a comissão técnica te liberar.– Falo arrumando a minha mesa.
–Uhum. Cheguei mais cedo pra fazer uns exames, tenho umas horinhas até o horário do treino.– Ele fala sugestivo.
–Profissionalismo, Gabigol.– Relembro ele, que solta uma risadinha.
–Preciso ir ver se a Bruna aprovou o roteiro, pera aí rapidinho.– Ajeito a minha roupa no corpo.
Eu saí da minha sala pra ir até a sala da Bruna e o querido ficou lá, jogado no sofá, como se estivesse em casa.
