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Nicole
14 de Fevereiro de 2024 Irajá Zona Norte, Rio de Janeiro.
Thiago: Que cara é essa?
A primeira coisa que ouvi assim que desci as escadas foi a voz do Thiago. Depois de tudo que rolou com o Gabriel na noite passada, voltei pra casa e não sai do meu quarto, mesmo que não conseguisse pregar os olhos durante a madrugada. Não podia correr o risco de sair e dar de cara com ele.
Por isso, quando ouvi a voz do Thiago, levei um belo susto, pulando o último degrau da escada.
Soltei o ar dos pulmões quando notei ser ele... e não outra pessoa.
Nicole: Não dormi direito - confessei. Ainda estava cedo, e ele não costumava acordar tão cedo assim - E você? Nunca te vejo por aqui nessa hora.
O Thiago estava na mesa da cozinha, com uma xícara de café nas mãos. Me aproximei sem medo, tinha dado uma olhada ao redor e não vi nenhum sinal do meu quase-assassino.
Thiago: A Dhiô não ficou bem essa noite - falou, enquanto me olhava servindo o café em outra xícara.
Nicole: Precisam de ajuda?
Thiago: Não, ela vai ficar bem... - ele torceu o nariz - Eu espero que fique.
Eu me sentei na cadeira vazia em sua frente, começando a tomar o café.
Queria perguntar o motivo por ela não estar bem, mas no fundo, eu já imaginava qual fosse, e não estava muito afim de tocar naquele nome.
Thiago: Vamos amanhã pegar tuas coisas?
Nicole: Quando for melhor pra você.
Ele concordou com a cabeça e se levantou, indo até a pia pra lavar a xícara. Eu notei o quanto ele parecia impaciente, querendo falar algo, e eu só queria ficar em silêncio.
O Thiago terminou de lavar a sua louça, e depois secou as mãos na calça de moletom, virando de frente pra mim.
Thiago: Viu o Gabriel ontem, por acaso? - tentei não engasgar com o café, mas foi difícil - Ele sumiu de novo, não atende a Dhiô e ela tá preocupada porque ele disse que iria voltar.
Encarei o vidro da mesa, não querendo olhar para o Thiago. Na verdade, tentei acalmar meu coração e a minha respiração, porque já tinha tomado a decisão de contar.